quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sagrada Família (30 dezembro)


Até na sua lembrança


Sou aquela que está sempre
onde a mão de Deus alcança.
Até na sua lembrança!
Até na sua lembrança!

Sinto a força deste amor
em minha alma de criança.
Até na sua lembrança!
Até na sua lembrança!

Arco-íris no meu céu
mostra a divina aliança.
Até na sua lembrança!
Até na sua lembrança!

Olhar de misericórdia...
e a voz doce e mansa...
Até na sua lembrança!
Até na sua lembrança!


Sandra Medina Costa

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Arco-íris duplo


Arco-íris duplo
no céu sem chuva,
só branca nuvem...
aponta ao longe
o horizonte,
onde escondeu o pote de ouro.

Vento de chuva
sopra forte
janela a dentro.

A água cai mansa.
Anoitece.
Agora no céu
a lua aparece
imponente
entre nuvens...


Sandra Medina Costa

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Chuva de verão


chuva de verão
minha rua vira parque de
diversão


(Alexandre Brito)

Foto de http://zerozenrio.com.br/

domingo, 27 de dezembro de 2015

sábado, 26 de dezembro de 2015

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Luzes de Natal


Começo de noite
Final de tardinha
Luzes de Natal
Na rua vazia

Sandra Medina Costa

Bom Natal!

Bom Natal!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Ceia


A ceia tão farta
com fé repartiam
José, português
e a brasileira Maria.

Me viram sozinha.
Convite a sentar.

Cearam comigo
na simplicidade,
no acolhimento
de um Natal de verdade.

Moravam em São Paulo.
Eram ricos, de fato,
mas isso não lhes retirou
a leveza do abraço.

Agradeci a acolhida
antes de me retirar.
A alma então saciada
pode, enfim, repousar.

Sandra Medina Costa

Neste Natal...


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Advento e chuva


Chove.
Mas o sol
Está no alto a brilhar
No afã
De ver meu sorriso.
Mais uma vez é Natal
No olhos que me olham
Aflitos,
Solícitos
Pela palavra que alivia
A alma.
No tempo da espera
A feliz chuva suaviza a terra...
E a magnólia florida
Do outro lado da rua
Exala o perfume
Que me convida
A sorrir de novo.
É Natal.


Sandra Medina Costa

domingo, 20 de dezembro de 2015

sábado, 19 de dezembro de 2015

As Mãos de Meu Pai


(Carolino – in Memorian)

As mãos de meu pai
Eram brancas
E juntaram-se um dia
Às mãos negras de Maria –
Doce Rosa que na vida
Sete filhos lhe daria.

As mãos de meu pai
Jogavam dados com maestria.
Ouvi muito minha mãe chamar-lhe “Dadinho”,
Voz dengosa, carregada de carinho.
(As mãos de minha mãe cumpriam o ritual
de servir o alimento a meu pai).

As mãos de meu pai
Traziam biscoitos pra gente
À noite e especialmente
Quando se ficava doente.

(E isso era muito bom!)

As mãos de meu pai
Eram grandes, eram fortes...
Mas, agredir? Isso não.
Dava mais medo na gente
O olhar severo e a mão no corrião.

As mãos de meu pai
Juntaram-se às minhas mãos pequeninas
Por raríssimas vezes.
(Certa feita, suas mãos me conduziram
Ao ambulatório médico para fazer um curativo
Na cabeça, devido à queda de um balanço).

(Nunca me vi em seu colo.)

As mãos de meu pai
Tocavam cavaquinho em noites de boemia.
Em casa, dedilhavam o violão como um artista,
Olhos fechados de emoção, voz vibrante
Nas cantigas de amor, pedidos de perdão,
Que calava fundo o calundu de mãe.

As mãos de meu pai
Liam jornais aos domingos
E dividiam comigo aquela sabedoria
Dando-me um dos cadernos –
A parte que me cabia:
O jornalzinho Gurilândia.

As mãos de meu pai
Faziam palavras cruzadas
E pra mim eram reservadas
As mais fáceis que havia...

(Talvez daí, jornais e revistas, tenha nascido meu amor pelas letras...)

As mãos de meu pai
Desenhavam letras lindas, especiais,
Escreviam a vida.
(Tentei anos em vão imitar.)

As mãos de meu pai
Eram espertas nos jogos de cartas.
Ensinaram-me a jogar paciência.

As mãos de meu pai
Seguravam rápido o copo de cachaça
E o líquido transparente ou amarelado
Sumia como fumaça.

As mãos de meu pai
Seguram o cigarro e o levavam à boca,
E estranha mágica acontecia.
De sua boca e narinas
Fumaça cinza saía

(Mágica de vícios que só mais tarde eu entenderia)

As mãos de meu pai
Seguravam a vara e colocavam a isca no anzol,
Pescavam peixes em rios,
Em dias de chuva ou de sol.
E as mãos de minha mãe
Preparavam com desvelo
As delícias do peixe ensopado,
No final sempre temperado
Com azeite de dendê
E leite de coco ralado.

As mãos de meu pai
Tiveram como último gesto
Balançar, pedindo socorro.
“Brincadeira”, pensaram os amigos.
E o gesto perdeu-se no ar, na água.

E as mãos de meu pai
Calaram-se para sempre.


Sandra Medina Costa

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

domingo, 13 de dezembro de 2015

Santa Luzia (Protetora dos olhos e da visão)


Santa Luzia, Virgem e Mártir, que tanto agradastes ao Senhor, preferindo sacrificar a vida a lhe ser infiel, vinde em nosso auxílio e por meio de vossa intercessão livrai-nos de toda a enfermidade dos olhos e do perigo de perdê-los. Possamos por vossa intercessão passar a vida na paz do Senhor chegando um dia a vê-lo com os olhos transfigurados na eterna pátria dos céus.

Santa Luzia, rogai por nós. Amém.

sábado, 12 de dezembro de 2015

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

SONO


No alto
As estrelas dormem
Sem sobressaltos


Sandra Medina Costa

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Amor em fase terminal


Noite.
Madrugada.
A noite tem o poder
de tornar maior
as dores
Apego-me a Deus.
Dói saber
que tudo acaba.
Amor em fase terminal...


Sandra Medina Costa

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

domingo, 6 de dezembro de 2015

Amor em Cena


Um misto de inquietude
E eminente felicidade
Que não se concretizou,
Aconteceu só nos meus sonhos
(e o meu coração ainda chora a sua ausência...)

Relembro ainda: junho –
O amor em cena,
Em vida,
Em sonho...

Amor em cena?
Amor encena?


Sandra Medina Costa

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Chuva chegando


Chuva chegando
Águas que vêm
Noite molhada
Vento espalha
Saudade, meu bem...


Sandra Medina Costa

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Eu me perdoo


A Oração de DEZEMBRO


Dezembro, bons desejos, doce aspiração...
Experimentar a misericórdia divina
transmutada em perdão.
Dezembro, doce ensejo...
Votos de desapego,
Olhar de verdade o irmão.
Dezembro, doce lampejo,
luz de Natal, de Jesus um sinal:
esperança no coração.
Oremos! Que todos experimentemos a misericórdia de Deus, que nunca se cansa de perdoar. Que as famílias, de modo particular as que sofrem, encontrem no nascimento de Jesus um sinal de esperança segura. Amém!