O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
Lita
Os olhos de
Lita
me deixam
aflita.
São negros,
são tristes,
doçura
infinita.
O corpo que
sonha
é magro e
esguio.
As mãos ela
esconde.
Coração por
um fio.
Na cabeça
as ideias
encaracoladas
por mil fios
de cabelo
pintado.
Os pés de
Lita,
quem diria,
já andaram
descalços,
um dia.
Hoje eles a
sustentam,
conduzem,
levam e
trazem-na
silenciosamente,
ensimesmados,
presos nos
sapatos.
Sandra
Medina Costa
sábado, 24 de setembro de 2016
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
domingo, 18 de setembro de 2016
Para Vó Lilita
O jardim, um bouquet de jardim...
Le jardin, un bouquet de jardin
No jardim da Vó, eu andava em silêncio. Não estava só.
Em meio às flores buscava o vestígio de sutis odores
Que me vinham de um canto qualquer da lembrança.
Cheiro bom de saudade...
Tempo bom de criança.
No jardim da Vó, eu colhia flores como quem colhe sonhos.
Capturava as cores, buscava pequenos sinais
Para eternizar o momento, a beleza de uma vida.
Cheiro bom de saudade...
Ser feliz. Nada mais.
Sandra Medina Costa
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Sentimento
sábado, 17 de setembro de 2016
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
JANELAS
Tenho
janelas
de
todas as cores,
de
vários tamanhos,
de
muitos amores.
Tenho
janelas
nos
olhos da alma,
no
meu pensamento,
que
nunca se acalma.
Tenho
janelas
abertas,
fechadas,
compridas
e curtas,
de
cortinas rendadas.
As
minhas janelas
me
mostram o infinito
de
uma vida plena
que
se cala no grito.
Tenho
janelas
que
são de madeira,
que
incham e emperram
se
a chuva é certeira.
Belas
janelas
me
enfeitam a noite,
emolduram-me
nelas,
estou
agora num quadro:
sou
linda donzela
a
olhar o céu
cheio
de estrelas.
(...)
Lá
fora
alguém
bate na porta.
TOC!
TOC! TOC! TOC! TOC!
Coincidência?
Não
há acaso.
Por
acaso ouviste
quem
bateu a porta?
(...)
Portas
não são tão belas
quanto
as janelas.
Portas
foram feitas
pra
gente entrar e sair por elas.
Janelas,
não!
Janelas
têm a magia
dos
sonhos que adentram
na
alma.
Seja
noite,
seja
dia...
alvorecer,
entardecer,
(nem
se fala!)
Janelas
conduzem ao céu.
Sandra
Medina Costa
[Imagem: Flickr]
terça-feira, 13 de setembro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
domingo, 11 de setembro de 2016
sábado, 10 de setembro de 2016
sexta-feira, 9 de setembro de 2016
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
7 de setembro
Quantos gritos ainda serão dados
até que sejam ouvidos?
Quantos ouvidos serão? poucos? moucos?
Independência.
Sandra Medina Costa
terça-feira, 6 de setembro de 2016
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Janela de Domingo
Na
janela de domingo
Fico
a olhar o presente
Pessoas
que passam aos pares
Na
rua de baixo
Para
a esquerda
Bíblia
na mão ou sob o braço
Tempo
nublado
Pregar
a Palavra de Deus?
Pessoas
que passam em grupo
Ou
sozinhas
Na
rua de baixo
Para
a direita
Sombrinha
na mão
Tempo
nublado
Missa?
No
viaduto em frente
Carros
que vêm e vão
Pessoas
num caminhar solitário
Sacolas
na mão
Um
andar cansado da vida
Ao
longe vislumbro minha infância
Na
igrejinha antiga
Na
janela de domingo
Fico
a olhar o passado
Família
que se reunia em casa
Para
o almoço que mãe fazia
Galinha
com macarronada
Afinal
era domingo
A
galinha que chegava
“Põe
água pra ferver!”
era
assustadoramente sangrada
a
faca raspava umas penugens do pescoço
a
faca deitada batia-lhe o pescoço para esquentar o sangue
a
faca e o fio de corte afiado desferia-lhe o corte fatal
e
o sangue jorrava num prato branco esmaltado
Depois
disso era escaldada
E
perdia as penas
(Parei
de comer galinha se a visse viva antes...)
Às
vezes havia o peixe
Feito
com leite de coco e azeite de dendê
E
eu ficava por perto
Enquanto
mãe ralava o coco
Para
depois lhe espremer e tirar o leite
Era
uma oportunidade de ouro
Para
eu ganhar os toquinhos de coco que sobravam
Quando
ela não conseguia mais ralar
E
eu rezava para nenhum de meus irmãos
Terem
a mesma ideia que eu
O
sabor daquele coco era muito bom!
Quando
os amigos de pai vinham
Eram
domingos barulhentos e alegres
Cantoria
Violão
Pinga
Feijão
cozido com
Pele
de porco
Pé
de porco
Orelha
de porco
Meu
Deus!
Eu
detestava esse feijão!
Limonada
para beber
O
limoeiro sempre carregado
Ora
de limões
Ora
de lagartas
Amigos
que se encontravam
Para
a “hora dançante” com vitrola lá em casa
Namorados
que se encontravam
Namoros
que começavam
Felicidade
que havia
E
eu com muito sono
Na
janela de domingo
Tento
enxergar o futuro
Tempo
nublado
Eu
escaldada
Toquinhos
de coco
Violão
guardado
Saudade
de mim
Limões
ou lagartas?
Limões
Sandra Medina Costa
domingo, 4 de setembro de 2016
Sequência
Depois
da queda
o susto
Então vinham
a dor
o medo
e o choro
Eu
experimentava
Deus
nos beijos
da minha mãe
Autor: Wilson Guanaes
[Fonte: Agenda Tribo 2014]
[Imagem retirada do Google]
[Imagem retirada do Google]
sábado, 3 de setembro de 2016
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Tempos loucos
Vivemos em tempos tão loucos,
ouvidos ávidos por alento,
corações precisando crer no outro...
Sandra
Medina Costa
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
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