O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
Poema da Família
Família
Saudade
Comunhão
Alegria
Saudade
Irmão
Melodia
Saudade
Perdão
Harmonia
Saudade
Paixão
Fantasia
Só a saudade
não rima.
E ainda por cima
deixa a gente pra baixo
que nem sola de sapato.
Sandra
Medina Costa
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Todo Renovo
“Toda folha vazia
Tem jeito de poesia.”
(Ana Musa
Sativa)
Todo pedaço
de céu
tem jeito de
sonho.
Todo
chão
tem
jeito de caminhada.
Toda
cor
tem
jeito de vida.
Toda árvore
me lembra
um renascer
constante,
a cada dia
um renovo.
Sonho,
Caminhada,
Vida,
Renascer...
Deus em forma
de poesia.
Sandra Medina Costa
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Que é o Futuro?
“Que é o Futuro
para que dele
te distancies?”
Futuro – medo – distância
Dor.
Passado – coragem – busca
Amor?
Presente
inexiste
na mente
ocupada
em entender
o Passado
e temer
o Futuro.
Sandra
Medina Costa
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Num domingo em Vila Velha (ou Vinícius salva Daniel)
(Notícia de domingo, 22/03/2009)
Consciencioso,
da vinha cuidadoso
Vinícius sempre foi.
No domingo, sem medo,
sem delongas ou segredos,
atirou-se à água para salvar Daniel,
que, através de sua dor,
profetizava naquele instante
o ressurgir de valores
hoje raros como diamante.
Amor à vida?
Amor ao irmão?
Defesa da Vida
na vinha cultivada
através de gestos fraternos...
(...)
Daniel perdeu uma perna.
Vinícius salvou-lhe a vida.
Daniel ganhou amizade eterna.
Vinícius cuidou da vinha.
Sandra Medina Costa
terça-feira, 26 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
O Mal de Amar
Você
veio em hora inexata,
não
sei bem precisar quando.
Só
sei que nasci de novo.
Quando
vi, já o estava amando.
Mas o “Amor vive de engano” –
disse-me, um dia, um poeta.
Doloroso foi descobrir
que essa frase era certa.
“Amar
– verbo intransitivo”,
um
outro definiria,
com
grande sabedoria,
há
algum tempo atrás.
E eu, aprendiz da vida,
porém “grande” conhecedora
das regras gramaticais,
relutaria, contestaria:
Intransitivo?! Jamais!
Pois “quem ama, ama alguém”;
e, na voz passiva, “é amado”,
com direito a um agente
e bem preposicionado.
(...)
Hoje,
ainda aprendiz da vida,
vejo,
com certa amargura,
que
o “mal de amar” tão citado
é
um bem que não tem cura.
Continuo vivendo de engano.
A intransitividade? é real.
Passei só a ficar duvidando
de qualquer regência verbal.
Sandra Medina Costa
sábado, 23 de agosto de 2014
O Bonde e a Esperança
“Perdi o
bonde e a esperança.”
O bonde
volta.
A esperança
revolta
faz volta
volta e meia
vai e volta e vai...
O sonho
perdura
meio aos
pedaços,
aos caquinhos que parecem
ter vida
própria
querendo se juntar sozinhos...
Perdi o
“bonde”.
Não queria
perder você.
Sandra Medina Costa
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Todas as contas contam...
[...] Na praça, de frente ao
hotel, instala-se uma feira de artesanato. [...] Uma feira como tantas outras. Depois
de olhar tudo, perguntei alguns preços, sento-me num banco da praça para
respirar aquele momento de tranquilidade e prazer.
Diante de mim um rapaz abre
no chão um pedaço de feltro e monta ali a sua 'banca'. Anéis, colares,
pulseiras vão sendo expostos. Minha curiosidade se aguça quando o 'hippie'
começa a fazer com o que se parece um colar de miçangas. Ele pega um fio de
nylon, desses de pesca, bem grosso e um saquinho de contas coloridas. Apanha a
primeira conta, amarela. Não sei por que, sinto uma certa contrariedade. Achei
que deveria começar pelo azul. Mas ele, absorto de tudo, passa pela conta e,
num gesto rápido e automático, pega outra, verde. Há uma lógica, penso, o
hippie é patriota. A continha verde escorrega pelo fio e vai se juntar à
amarela. O artista estende a mão e pega outras contas no saquinho, sem sequer
olhar. Vem uma preta, uma vermelha e outra amarela. Enfia as três que correm
ligeiras pelo fio até se encontrarem com as outras. Na sequência contas azuis,
verdes, pretas, amarelas entram pelo fio, ou o fio entra por elas e vão
formando o que me parece ser agora um caos policromático sem nenhuma ordem ou
critério. Quase me levanto do banco e interfiro quando o rapaz pega uma conta
roxa. Mas para meu alívio, o fio não entra. É grosso demais. É grosso e o
buraco da conta é muito estreito. Pacientemente, o hippie apanha um minúsculo
prego e cuidadosamente alarga o orifício da pequena conta roxa. E logo ela
corre alegremente e repousa ao lado das outras.O rapaz continua, calmo e
distraído, a enfiar conta por conta, repetindo e alterando cores, colocando a
mais brilhante ao lado de uma esmaecida e sem graça, numa sequência que parece
seguir a absurda lógica do 'por acaso'. Enfim, ele termina o colar. Junta as
extremidades do fio, dá um nó e corta as pontas que sobravam, de tal modo que
não se sabe agora onde começa ou termina. Tudo é colar...
Ele coloca sua obra sobre o
feltro e observa. Sorri satisfeito. Eu reconheço que ficou bonito, mas não dou
o braço a torcer; teria feito diferente. Provavelmente escolheria
cuidadosamente uma sequência de cores e a repetiria harmoniosamente até o fim
do colar. Ou, quem sabe, faria um colar só de contas azuis, minha cor
preferida. Preto e roxo jamais! Nem amarelo, que acho sem graça e sem vida. Levanto-me
e vou embora, combinando cores e contas em minha imaginação.
Meses depois, participo de
um retiro espiritual em Itaici, São Paulo, orientado pelo padre jesuíta
Adroaldo Palaoro. Ele começa fazendo no quadro um desenho e colocando a
seguinte alternativa: "Tudo começa e termina em Deus. Ele dá sentido a
todas as coisas". Na curva do desenho mergulho numa viagem mágica... A
cena da praça atravessa minha memória como as contas de um colar. Neste colar colorido
vejo minha vida sendo desfiada conta a conta, dia a dia. Cada dia, uma conta.
Sem nenhuma lógica aparente. Um pequeno caos cotidiano que frequentemente foge
ao meu controle, escapa aos meus planos. Há trechos do colar que são uma
sucessão de cores que se repetem. Dias de um azul clarinho, um verde brilhante,
um vermelho escandaloso, um azul forte e vigoroso iluminando todo o colar. E
logo a seguir... volta a rotina das cores que se repetem. Olhando o colar da
minha vida compreendo que a rotina é uma ilha cercada pelo imprevisível por
todos os lados.
Mas em tudo há uma certeza:
o fio... O fio atravessa e sustenta, indiscriminadamente, todas as contas do
colar. Para o fio, todas as contas contam... a mais bela e brilhante e também a
mais sem graça, aquela que eu rejeitaria e jogaria no lixo. O Amor de Deus é o
fio que sustenta as contas da minha vida. O vazio de cada conta é preenchido
pelo fio. Quanto mais grosso o fio, mais forte o colar. O curioso é que o fio
mais fino é mais prático de usar, passa mais fácil pelas contas. O fio grosso
às vezes emperra, esbarra nos obstáculos que a conta tem. Às vezes é preciso
alargar os espaços da vida para caber o Amor de Deus. Amor...
Percebo também que as contas
ocultam o fio. Ele as sustenta, mas quase não aparece. Mas alguma coisa me diz
que ele está lá. Essa coisa de não ver e, ainda assim, crer, tem um nome: Fé. Amor
e Fé... O resultado final é um colar colorido que, tenho certeza, vou oferecer
ao Pai, de repente, quando enfim encontrá-Lo face a face. Quando, ao unir as
pontas não haja mais começo nem fim, apenas colar, apenas vida e vida em
plenitude. Esse sentimento chama-se Esperança.
Amor, Fé e Esperança, nos
dramas e nas tramas do cotidiano, o desafio é tomar, todos os dias, o fio do
Amor de Deus e deixar que ele atravesse as contas da minha vida, todas elas,
sem escolher cores e formas, nem tamanho, nem comprimento. Na liberdade da Fé,
na serenidade da Esperança.
Vi, naquela praça, e
compreendi na oração que, no Amor de Deus, até o 'por acaso' vira 'por querer'...
de Eduardo Machado - Itaici,
08/07/98 - Exercícios Espirituais - Todas as contas contam...
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014
terça-feira, 19 de agosto de 2014
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
No meio do caminho para Vila Velha...
No
meio do caminho
havia
uma neblina, Medina.
Havia
uma neblina
no
meio do caminho.
As
cerquinhas passavam
céleres,
serelepes.
As
árvores,
num
tom verde-noite,
passavam
também rápidas,
mas
numa movimentação em “3D”.
Só
as cidadezinhas dormiam
um
sono profundo,
velado
pela luz amarelada
dos
postes em prontidão.
No
começo do caminho
também
havia uma neblina, menina...
Sandra Medina Costa
Imagem Google
domingo, 17 de agosto de 2014
sábado, 16 de agosto de 2014
Faltou Coragem
Engolir os sapos,
Abortar os sonhos.
Aceitar os fatos,
Desistir dos sonhos.
Dizer cobras e lagartos,
Persistir nos sonhos.
Ouvir
cobras e lagartos...
Digerir
os sapos...
Assumir
os fatos...
... e abrir mão (de vez!) dos sonhos.
Sandra Medina Costa
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Meus Pés
Meus
pés.
Pés
que sinalizam
a
caminhada a ser cumprida
numa
busca constante de felicidade.
Olhar
em volta.
Os
pés
injustamente
feridos,
martírio
da alma –
quero
ser feliz.
A
roseira, à minha esquerda,
se
mantém firme
e
não perde suas rosas,
mesmo
enfrentando fortes ventos e tempestades.
A
mangueira, à minha frente,
me
mostra seus frutos ao alto.
Ao
longe, à minha direita,
minhas
montanhas me acenam
e
refletem o vigor do verde
que
brotou depois das queimadas.
Tudo
à
minha volta
é
vida.
A
fragrância do creme nas mãos.
O
cheiro da árvore que vez por outra me chega.
O
bicho que me assustou
(coitado,
tão pequeno, frágil e indefeso...
e
eu mais ainda).
O
medo. O choro.
A
respiração do sono.
O
barulho no apartamento de cima.
A
luz que se acende no apartamento de frente.
O
zumbido no ouvido esquerdo.
O
sono que não vem.
Os
latidos ao longe.
A
saudade do Duque – meu cachorro preferido.
O
barulho do carro na rua de trás, a freada desenfreada.
O
tic-tac do relógio.
Foguetes
pipocando ao longe.
A
oração que acalma
A
sede, a fome de viver, o amor, a paz.
O
silêncio.
Sandra
Medina Costa
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
FILHOS SÃO COMO NAVIOS
O grande ensinamento educativo é que a criança não pode fazer
simplesmente o que tem vontade, mas deve administrar essa vontade. E tem de
educar a vontade para se proteger e dar condições para que a criança cuide da
própria segurança. O lugar mais seguro para o navio ficar é no porto. Mas essa
não é a finalidade para a qual foi construído. Para um navio bem construído, o
mundo é pequeno. Os pais são um porto seguro para os filhos até que eles se
tornem independentes. Embora possam pensar que o lugar mais seguro para as
crianças é junto deles, os filhos devem ser preparados para navegar mar
adentro, enfrentando bom e mau tempo para atingir seus objetivos. A criança
deve ser educada e preparada para ser seu próprio porto seguro. Assim, o mundo
também será pequeno para ela, porque mais amplos serão seus horizontes... Nem
sempre os navios vão para o lugar que seus fabricantes imaginaram. Ninguém pode
garantir que caminho o filho vai seguir, mas, seja para onde for, deve levar
dentro dele valores como ética, humildade, humanidade, honestidade, disciplina
e gratidão, dispondo-se a aprender sempre e a transmitir o que puder com vistas
a estabelecer relacionamentos integrais com todas as pessoas, independentemente
de sua origem, cor, credo e condições socioeconômicas e culturais.
O filho nasceu dos pais, mas é um cidadão do mundo.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Marias
Maria Carolino Costa
Maria Alves Medina (houve
também a Maria dos Anjos...)
Maria Ana Rosa Medina
enquanto menina;
depois, já casada e no papel,
Maria Medina Costa –
tiraram Rosa, tiraram Ana;
mas a dona, de teimosa,
quis ser só Rosa.
Era
a Era das Marias,
das
muitas que eu viveria.
A
palma da mão já mostrava:
um
M perfeito se via.
Maria Fumaça – monstro
ameaçador, capaz de tirar a fome.
sua bocarra gritava soltando fumaça,
ao surgir na curva ao longe,
abafando os gritos agudos
do choro que explodia na forma de
pavor.
Nenhuma explicação pr’aquilo.
Nenhuma lição de amor.
Maria Capeta – lição de
medo, mesmo no doce que se come
entre lágrimas e o coração
descompassado,
junto à Maria que já era Rosa,
que se esquecera de fechar a porta
para livrar a criança do medo do
escuro.
Maria José – lição de
trabalho;
Maria Feiosa – lição de
risos;
Maria das Graças (ou Maria do William)– bênção da vida;
Maria de Nerval (ou Maria do Petrolândia) – lição de
persistência;
Maria Imaculada – lição de
mãe;
Maria das Graças Coimbra –
lição de humildade;
Irmã
Maria – lição de fé; Sandra Maria – espelho da dor;
Maria Clemência e Maria Elena – dualidade de almas,
essência do paradoxo
(e
outras Marias que estão por vir – à
lembrança ou à vida).
A
Maria que mais amo
é
a importante e sagrada
Maria de Nazaré,
que
aprendi a amar,
consagrar-me
e a meu lar,
aumentando
minha fé
na
Santíssima Trindade,
Pai,
Filho e Espírito Santo –
Caminho,
Verdade e Vida,
força,
refúgio e bondade.
Sandra Medina Costa.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Queimada na Serra do Rola Moça
Triste ver pela minha janela
A dor da serra
Que queima
Arde a terra
...
O dia amanheceu esfumaçado
Na Serra ao longe
Fogo a corroer a terra
qu’inda arde solitária
(não quero pensar nos animais
que se perderam...)
Noite passada
eu transmutada
bicho-gente
corria (Deus, como eu corria!)
por caminhos na mata
sem rumo certo.
Vez ou outra surgia alguém
a indicar “por ali! por ali!”
E eu corria.
Uma estrada enfim
Um estranho à frente
Braços erguidos
balançando tresloucadamente,
desconexos, (como loucas labaredas
em busca de mais terra e bicho)
Ao lado, alguém parado.
“Se ele vier pro nosso lado,
A gente
corre pr’aquele ponto!”
Acordo na ânsia da fuga.
E já não sei o que é de mim,
o que é da Serra.
Sandra
Medina Costa
Foto 1: arquivo pessoal
Foto 2: Jornal Est. Minas
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
domingo, 3 de agosto de 2014
sábado, 2 de agosto de 2014
A prenhez tão sonhada
Continuo prenhe de sonhos e de poesia
(e o futuro se agiganta...).
Que venham! Lindos, fortes, saudáveis!
Sandra
Medina Costa
(Foto: Elcio Ferreira)
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
A oração de AGOSTO
Senhor
Jesus Cristo, na transfiguração arrebataste teus discípulos mais íntimos.
Faze-nos aceitar o convite para subirmos nosso Monte Tabor e contigo contemplar
nossa meta e nossa vocação. Que possamos, a exemplo dos grandes santos deste mês,
responder nosso SIM ao Reino e ao Povo de Deus nos seus serviços específicos: o
ministério sacerdotal, o amor matrimonial e familiar, a consagração plena pela
vivência dos votos religiosos ou, ainda, na imensa riqueza e diversidade dos
ministérios leigos. No cuidado pastoral diário, na plenitude do amor conjugal,
no silêncio da vida de oração e contemplação, na coragem e na fidelidade do
testemunho da evangelização e da missão, cabe a nós dizer obrigado a Deus por
nossa vocação. Que ela nos leve ao serviço do irmão e à nossa santificação.
Amém!
Frei Anacleto Luiz Gapski, OFM - Folhinha
do Sagrado Coração de Jesus
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