Eu quis um
dia
a embriaguez
da alma
numa vida de
amor de outono,
cujo brilho
enche o ar e me acalma.
Um amor com esse
cheiro morno.
Cheiro de
outono no ar.
Brilho de
outono no ar.
Olho a
luminosidade lá fora...
O céu, o
sol...
Sinto o ar.
Está diferente, mesmo!
E não sei
porquê,
mas me deu
uma imensa vontade
de te dizer
isso.
Já reparou
que no outono
as pessoas
ficam assim
meio
encolhidas,
ensimesmadas?
Ou serei só
eu?
Perguntas
retardatárias.
Respostas que
não tenho.
Lá fora, o outono
passa
devagarzinho,
preguiçoso,
com a alma
embriagada
de sonhos
meus...
Sandra
Medina Costa
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