quarta-feira, 23 de março de 2016

A embriaguez da alma


Eu quis um dia
a embriaguez da alma
numa vida de amor de outono,
cujo brilho enche o ar e me acalma.
Um amor com esse cheiro morno.

Cheiro de outono no ar.
Brilho de outono no ar.

Olho a luminosidade lá fora...
O céu, o sol...
Sinto o ar. Está diferente, mesmo!
E não sei porquê,
mas me deu uma imensa vontade
de te dizer isso.

Já reparou que no outono
as pessoas ficam assim
meio encolhidas,
ensimesmadas?
Ou serei só eu?
Perguntas retardatárias.
Respostas que não tenho.

Lá fora, o outono
passa devagarzinho,
preguiçoso,
com a alma embriagada
de sonhos meus...


Sandra Medina Costa

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