Saí
do Barreiro e fui para Bernardo Monteiro encontrar meus irmãos, passar uns
dias. Fomos para a casa da Sônia. Só o Chiquito não apareceu. Dia muito
especial. Tocar violão. Cantar como antes. Alegria. Aniversário de Lia.
Surpresa do dia:
O
aparecimento de um esquilo no quintal, subindo nas árvores, certamente à
procura de alimento. Foi um alvoroço geral! Alegria da criançada e das
“crianças” grandes também. Havia algumas amoras, romãs e também umas poucas
mangas nas árvores. E o esquilinho saltava entre os galhos com tamanha
agilidade que encantava a todos nós da maior e da melhor idade. E o equilíbrio
nos galhinhos finos? Deve ter se assustado com tanta gente e tanto barulho... Gritos
a cada aparição, a cada salto de uma árvore a outra, risos, sorrisos, olhares
brilhantes e inquietos à procura do esquilo. Meu Deus! De onde viera? Estaria
perdido? Haveria mais esquilos por ali? Correria. Todo mundo queria ver o
bichinho que “roubara” a cena naquele domingo. Que coisa mais linda! Presente
dos céus!
Beatriz em meu colo...
Carregar
minha sobrinha-neta no colo foi outra bênção. Mais tarde, ela me deu algumas
lições, digamos, de determinação, persistência, alegria e fé. Na sala, eu
sentada no chão assistindo a um filme. Ela se aproximou e estendeu-me um DVD, dizendo
uma frase que eu não compreendia, pois ela estava com o bico na boca. Pedi que
tirasse o bico e me dissesse o que queria. E a frase ela insistentemente
repetia. Tive a impressão de que ela dizia algo como “Coloca o DVD da Aline
Barros!”, mas duvidei. “É impossível que ela saiba quem seja essa cantora, talvez
queira apenas que eu troque o filme”, pensei. Quando sentiu a demora em ser
atendida, não se fez de rogada, foi atrevida. Encaminhou-se decidida rumo ao
aparelho para ela mesma resolver a questão. “Por
acaso você está querendo que eu coloque o DVD da Aline Barros?”, perguntei.
Qual não foi minha surpresa ao ver sua alegria, abrindo aquele sorriso e
entregando-me o filme. E ficamos ali: eu, ela e a Júlia, sua irmã, assistindo
alegres aos clipes das músicas. Elas dançaram o tempo todo. Para completar,
Beatriz, ao me ver suspender os braços espreguiçando, achou que eu estava
tentando dançar e imediatamente passou a me ensinar os passinhos, como eu deveria balançar os
braços, essas coisas... Foi muito bom! Coisas de crianças.
Crianças
se entendem. Eu havia me esquecido disso.
Sandra
Medina Costa
Belo Horizonte, 07 de
setembro de 2008.
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