Bruna
Moreira
Era uma
vez um ponto. Era uma vez uma vírgula. O ponto, firme e conclusivo. A vírgula,
entrecortada e cheia de pausas. Um dia, se esbarraram em uma frase. Ela olhou
meio incerta. Ele olhou nos olhos. A vírgula não sabia como agir, tinha se
perdido entre as palavras. O ponto não queria que aquela frase tivesse um
final. E assim ficaram. Ela já havia se embaraçado entre verbos, substantivos,
artigos e afins. Ele se declarou. Foi direto ao ponto. A vírgula enrolou,
demorou a dizer o que tinha que falar. Ele então tomou a iniciativa:
– Eu te amo vírgula e não quero colocar um ponto final nessa frase.
A vírgula, envergonhada disse-lhe:
- Esse tempo todo eu fiquei esperando você.
O ponto com toda a sua finalidade declarou:
- Quero você ao meu lado. Entre tantas vírgulas é com você que eu quero dar o meu ponto final.
Ao ouvir essas palavras, a vírgula, cheia de tantas pausas foi ao ponto:
- Casa comigo?
O ponto, todo emocionado, com a fala pausada lhe diz:
- Sim, aceito.
Depois de algum tempo, a vírgula se juntou ao ponto. Todos compareceram ao casamento. As interjeições, os verbos, as conjunções, os artigos. Era tanta gente que quase não cabia na gramática.
A ortografia não se demorou no casório. Tratou de juntar aquele ponto com a vírgula. A festa foi tamanha. Todos os acentos comemoravam a união. Até o Til da vírgula que achava o ponto “curto e grosso” parabenizou o casal.
Após muitos pretéritos perfeitos o casal “ponto e vírgula” tiveram seus filhinhos – várias reticências, para a felicidade do papai ponto.
E assim termina a história
E novas histórias virão
Pois há várias vírgulas e pontos espalhados neste mundo.
Essa não é mais uma história de amor,
Essa é a história de amor
Entre um ponto,
E uma vírgula.
– Eu te amo vírgula e não quero colocar um ponto final nessa frase.
A vírgula, envergonhada disse-lhe:
- Esse tempo todo eu fiquei esperando você.
O ponto com toda a sua finalidade declarou:
- Quero você ao meu lado. Entre tantas vírgulas é com você que eu quero dar o meu ponto final.
Ao ouvir essas palavras, a vírgula, cheia de tantas pausas foi ao ponto:
- Casa comigo?
O ponto, todo emocionado, com a fala pausada lhe diz:
- Sim, aceito.
Depois de algum tempo, a vírgula se juntou ao ponto. Todos compareceram ao casamento. As interjeições, os verbos, as conjunções, os artigos. Era tanta gente que quase não cabia na gramática.
A ortografia não se demorou no casório. Tratou de juntar aquele ponto com a vírgula. A festa foi tamanha. Todos os acentos comemoravam a união. Até o Til da vírgula que achava o ponto “curto e grosso” parabenizou o casal.
Após muitos pretéritos perfeitos o casal “ponto e vírgula” tiveram seus filhinhos – várias reticências, para a felicidade do papai ponto.
E assim termina a história
E novas histórias virão
Pois há várias vírgulas e pontos espalhados neste mundo.
Essa não é mais uma história de amor,
Essa é a história de amor
Entre um ponto,
E uma vírgula.
Fonte: http://www.opovo.com.br/app/jornaldoleitor/noticiassecundarias/cronicas/2014/02/17/noticiajornaldoleitorcronicas,3208000/um-ponto-uma-virgula.shtml
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