Eu me
amo, eu me aceito,
eu me
acolho por inteiro.
Pois
Vós, meu bondoso Deus,
já o
fizestes primeiro.
Ainda
no ventre de mãe, que me acolhia incerta –
“seria
menino ou menina?” – se perguntava inquieta.
“Com
certeza era um menino e Rômulo” se chamaria.
Depois
de três meninos e três meninas, outra opção não havia.
E
Vós, meu glorioso Senhor,
acompanhava
meu desenvolvimento
imprimindo
em mim Teu amor, fé, dons e talentos,
que
brotariam um dia na vida, quando fosse o melhor momento.
Hoje
entendo um pouco melhor minhas tristezas e tormentos,
a
sensação de abandono me traz lágrimas e lamentos.
Reconheço
que agora, já passado tanto tempo,
ainda
é possível tentar um autoapaixonamento.
Eu me
amo, eu me aceito,
eu me
acolho por inteiro.
Pois Vós,
meu bondoso Deus,
já o
fizestes primeiro.
E
me mostrais através de vossos anjos
que
houve um ventre materno
que
me acolheu, aceitou e amou,
e
que o mundo também me acolheu,
mas
não sei se foi tão fraterno.
Sei
que mais importante que isso
é
eu me acolher, aceitar e amar,
pôr
meus dons a Vosso serviço
e
para sempre Vos adorar.
Sandra Medina Costa
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