Maria-mole
Marcou minha
infância.
Adoçou minha vida
Eu ainda criança.
O coco cobria a
massa branca e macia,
Enquanto o gosto da
vida me levava
a um mundo de
gente grande.
Maria-mole
Deu nome a uma prima
Maria
Que eu não
conhecia,
Mas que um dia
desenhei.
Tão feia ficou
Que a surra foi
inevitável!
Maria, minha mãe,
tomou as dores da Maria, prima,
e me corrigiu com
umas boas chineladas.
(Minha primeira
lição de caricatura)
Chorei. Óbvio.
Ainda choro as
águas que pela vida afloram
n’alma,
e só se calam
diante de uma
maria-mole branquinha,
coberta de coco.
Sandra Medina Costa.
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