(Ivone Boechat)
Gosto de rever
a imagem forte do meu
pai,
tremendo o assoalho
ao caminhar.
É doce me lembrar
como se tremia
quando ele perdia
a abotoadura,
o guarda-chuva,
a chave de fenda!
Hoje é lenda
a figura enigmática,
a disciplina dura,
a rotina sistemática.
O pai não morre,
ele corre na frente
pra levantar o segredo
do véu
e guardar pra gente
o lugar mais estrelado
do céu.
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