Sonhos de ontem.
Chaves.
A chave certa para a porta certa.
Eu num cubículo, quadrado; quatro paredes;
cada parede era uma porta com uma fechadura.
A chave abria a porta que dava acesso a outro
cubículo quadrado,
igual ao anterior, e, assim, sucessivamente,
até chegar à última (e certa!) porta que
conduzia à liberdade – um amplo espaço que lembrava o andar térreo ou subsolo
de um prédio.
Enfim, o ar de liberdade respirado.
Mas eu não estava só.
Lembro-me de Neide, Sônia e mais uma ou duas
pessoas.
Cada um de nós deveria passar pelo mesmo
processo e nos encontrarmos naquela saída.
(...)
Flashes de sonhos que não sei quando
sonhados.
Imagens, cenas, pessoas conhecidas ou não.
Não há uma sequência de tempo.
(...)
Viagens de trem, ida, volta.
Barrancos.
Águas cristalinas. Mar.
Suavidade e descanso para os pés na água.
Noutra cena, altas ondas, revoltas, violentas
– tsunami (?) –
e eu e mais alguém vendo de longe, protegidos,
assistindo à arrebentação;
a água vindo alta, rumorosa, violenta...
(...)
Viagens no alto do morro.
A cidade no morro.
Subidas íngremes, difíceis.
Lá do alto a visão da cidade.
É noite.
(...)
Portas.
Chaves.
Fuga.
Águas calmas.
Águas violentas.
Córregos.
Natureza.
Trem.
Noite.
Desafios.
Passagens difíceis até encontrar o refrigério
da alma.
Sentar no chão, na pedra grande, molhar os
pés na água cristalina.
Sandra Medina Costa
[Imagem Google]
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