segunda-feira, 15 de junho de 2015

A chave certa


Sonhos de ontem.
Chaves.
A chave certa para a porta certa.
Eu num cubículo, quadrado; quatro paredes;
cada parede era uma porta com uma fechadura.
A chave abria a porta que dava acesso a outro cubículo quadrado,
igual ao anterior, e, assim, sucessivamente,
até chegar à última (e certa!) porta que conduzia à liberdade – um amplo espaço que lembrava o andar térreo ou subsolo de um prédio.
Enfim, o ar de liberdade respirado.
Mas eu não estava só.
Lembro-me de Neide, Sônia e mais uma ou duas pessoas.
Cada um de nós deveria passar pelo mesmo processo e nos encontrarmos naquela saída.
(...)
Flashes de sonhos que não sei quando sonhados.
Imagens, cenas, pessoas conhecidas ou não.
Não há uma sequência de tempo.
(...)
Viagens de trem, ida, volta.
Barrancos.
Águas cristalinas. Mar.
Suavidade e descanso para os pés na água.
Noutra cena, altas ondas, revoltas, violentas – tsunami (?) –
e eu e mais alguém vendo de longe, protegidos, assistindo à arrebentação;
a água vindo alta, rumorosa, violenta...
(...)
Viagens no alto do morro.
A cidade no morro.
Subidas íngremes, difíceis.
Lá do alto a visão da cidade.
É noite.
(...)
Portas.
Chaves.
Fuga.
Águas calmas.
Águas violentas.
Córregos.
Natureza.
Trem.
Noite.
Desafios.
Passagens difíceis até encontrar o refrigério da alma.
Sentar no chão, na pedra grande, molhar os pés na água cristalina.


Sandra Medina Costa

[Imagem Google]

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