Meu
poema adormeceu
na
estrada que não se vê.
Dói
em mim a sua ausência.
Não
sou mais eu sem você
Há
opacidade
no
olhar que já foi luz num dia vago.
Vago
pela cidade.
Já
não tenho mais a idade nem o brilho que seduz.
A cidade me
espreita ou me ignora.
Não sei.
Talvez continue
esperando
o sorriso de
luz que acalma e desarma.
Pois os
gritos de minh’alma,
na agonia da
solidão,
se fazem ver
na cara,
afastam
aqueles que eu amo,
expressam
apenas um não.
Há opacidade
na alma
traduzida em teu olhar,
em meu olhar,
em nossa
vida.
Sei que tudo
irá mudar quando a estrada,
que ora não
se vê,
transformar-se
de novo em meu caminho
formado de
fragmentos de luz.
Caminho
mágico
que só
aparece na manhã que me seduz:
quando os
raios de sol
atravessam os
espaços criados,
entrecortados
pelas folhas da mata
do lado
direito da rua direita
que me conduz
à rua de pedras.
E agora
tua lágrima
que rola
mostra que
teu sentimento
não era tão
grande assim.
E agora
minha lágrima
que rola
vem provar
que o que sinto
é um amor que
não tem fim.
Sandra
Medina Costa
[Imagem Google]
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