Os olhos de
Lita
me deixam
aflita.
São negros,
são tristes,
doçura
infinita.
O corpo que
sonha
é magro e
esguio.
As mãos ela
esconde.
Coração por
um fio.
Na cabeça
as ideias
encaracoladas
por mil fios
de cabelo
pintado.
Os pés de
Lita,
quem diria,
já andaram
descalços,
um dia.
Hoje eles a
sustentam,
conduzem,
levam e
trazem-na
silenciosamente,
ensimesmados,
presos nos
sapatos.
Sandra
Medina Costa
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