Madrugada lá fora
a chuva cai suavemente
mansa e morna, certamente.
Cá dentro, a cama fria
acolhe o corpo da gente.
Lá fora, no chão de terra
as raízes da grama
(a natureza não erra!)
faz brotar suas folhas
na escuridão da noite chuvosa.
A chuva morna e silenciosa
aos poucos meu sono embala,
com aquele barulho repetidamente manso
qual tic-tac do relógio da sala.
O sono vem.
Oro. O sono é ouro.
Os sonhos me confundem pois chove lá fora
e minha solidão se povoa de imagens, sons...
e mansamente adormeço.
É madrugada lá fora.
Sandra Medina Costa
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