O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
domingo, 30 de agosto de 2015
Aplicado em Matemática
No exemplo de conjunto vazio, o garoto
foi rápido: “Conjunto de dentes da boca da vovó!” Ela não gostou muito...
Sandra
Medina Costa
sábado, 29 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
A palavra vírgula vem de longe
A palavra
vírgula vem de longe. Nasceu no latim. Lá, queria dizer varinha. Também
significava pequeno traço ou linha. Depois, virou sinal de pontuação. Indica
pausa rápida, menor que o ponto.
A mocinha
atravessou os séculos. No caminho, suscitou discussões. Alguns afirmam que seu
emprego é questão de gosto. A gente põe o sinalzinho onde tem vontade. Outros
dizem que basta ler a frase. Parou pra respirar? Pronto. Taca-lhe a vírgula.
Aí surge um problema. Como os gagos e os asmáticos se viram?
Outros,
ainda, acham que devem usar todas as vírgulas a que têm direito - as
obrigatórias e as facultativas. É o caso do amanuense Borjalino Ferraz. O homem
estudou o assunto anos a fio. Aprendeu tudo. Esnobava o saber em ofícios e
memorandos. Não deixava passar uma.
O chefe
reclamou do exagero. "Desse jeito", disse ele, "o amigo acaba
com o estoque. O município não tem dinheiro pra comprar vírgulas novas". O
puxão de orelhas entrou por um ouvido e saiu por outro. O prefeito não pôde
fazer nada. Borjalino tinha estabilidade.
[Desconheço a autoria]
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quarta-feira, 26 de agosto de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
SENTAR-SE À JANELA DO AVIÃO
Alexandre
Garcia
Era
criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião. A ansiedade de voar era
enorme.
Eu
queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o voo desde o
primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a
decolagem.
Ao
olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao
céu azul. Tudo era novidade e fantasia.
Cresci,
me formei, e comecei a trabalhar. No meu trabalho, desde o início, voar era uma
necessidade constante.
As
reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois
lugares num mesmo dia.
No
início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino,
fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais
para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal.
O
tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar
à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer
paisagem que fosse.
Perdi
o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido.
As
poltronas do corredor agora eram exigência. Mais fáceis para sair sem ter que
esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com
tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por
um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São
Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido
possível..
O
voo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última
poltrona. Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o
embarque.
Embarquei
no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu
não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar.
E,
num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti
novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o
avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o
céu.
Era
de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como
se tivesse acabado de nascer.
Naquele
instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um
pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista..
Pensei
comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não
havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das
minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio
que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa
vida.
A
vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de
melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o
que nos mantém vivos.
Se
viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá
aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos
oferece.
Se
você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor,
para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita
sobre aonde você quer chegar. A aeronave da nossa existência voa célere e a
duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo
ainda nos resta. Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não
perder nenhum detalhe. Afinal, 'a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não
destinos'.
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Senha
Cenho franzido,
Punhos fechados,
Coração cerzido,
Ouvidos tapados.
A moça que passa,
olha e sorri.
E ele a vê nua.
Cenho franzido.
Senha, sorriso.
E ele flutua.
Sandra Medina Costa
Punhos fechados,
Coração cerzido,
Ouvidos tapados.
A moça que passa,
olha e sorri.
E ele a vê nua.
Cenho franzido.
Senha, sorriso.
E ele flutua.
Sandra Medina Costa
sábado, 22 de agosto de 2015
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Quem parte com o parto?
Quem
parte
com
o
parto?
Parte a menina sapeca
que brincava de boneca
e sonhava em virar gente grande.
Parte a moça namoradeira,
despreocupada, faceira,
que olhava a infância já longe.
Parte a mulher amante
que, agora, "gente grande",
tem nos braços sua infância.
Sandra Medina Costa
parte
com
o
parto?
Parte a menina sapeca
que brincava de boneca
e sonhava em virar gente grande.
Parte a moça namoradeira,
despreocupada, faceira,
que olhava a infância já longe.
Parte a mulher amante
que, agora, "gente grande",
tem nos braços sua infância.
Sandra Medina Costa
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
Pés que doem
Já há muito
nossos pés não andam juntos
e aqueles pezinhos de outrora,
agora,
já caminham sozinhos.
Nós vamos a passos lentos,
pés que doem,
que não se aguentam.
Porque não andam mais juntos
agora mancam,
cada qual no seu rumo.
Anjos de uma só asa
que agora estão quebradas.
As nossas estavam nos pés.
Sandra Medina Costa
nossos pés não andam juntos
e aqueles pezinhos de outrora,
agora,
já caminham sozinhos.
Nós vamos a passos lentos,
pés que doem,
que não se aguentam.
Porque não andam mais juntos
agora mancam,
cada qual no seu rumo.
Anjos de uma só asa
que agora estão quebradas.
As nossas estavam nos pés.
Sandra Medina Costa
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
O outro
A verdade dói,
mas não mata.
Costuma demorar,
é abstrata.
Um incômodo pungente.
Situações cruéis
descobertasrevelando amizades
incertas...
“Quem é este à minha frente?”
Sandra Medina Costa
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Lápis
Lápis
lapiseira
cor grafite
grafite na cor
preto-cinza
cinza-escuro
quebra a ponta
a mão bruta
pesada
que não dá conta
do escrever suave
já nem sabe
o que é lápis
lapiseira
com ponteira
de grafite
e a mão insiste
em escrever.
Sandra Medina Costa
lapiseira
cor grafite
grafite na cor
preto-cinza
cinza-escuro
quebra a ponta
a mão bruta
pesada
que não dá conta
do escrever suave
já nem sabe
o que é lápis
lapiseira
com ponteira
de grafite
e a mão insiste
em escrever.
Sandra Medina Costa
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segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Amizade
A amizade verdadeira é algo que não compramos, não vendemos, não
medimos, ou sequer podemos comparar com coisa mensurável. É construída ao longo
do tempo, com atitudes imbuídas dos melhores sentimentos.
domingo, 16 de agosto de 2015
O avesso do avesso do avesso do avesso...
Chegou
ao escritório irritado, cara amarrotada. Acordara pelo avesso e se esquecera de
desvirar. Demitiu a secretária.
Sandra
Medina Costa
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Sacolas plásticas
Nos ciclos de
minha vida
reciclo
conhecimento,
reciclo
sabedoria,
em puro
entretenimento:
natureza e
terapia.
Na minha
primeira lição
de respeito à
Natureza,
encontrei
simplicidade
mesclada à
força e beleza.
Vovozinha nos
pedia
saquinhos de
leite vazios.
Lavava-os,
cortava-os em tiras,
tecia pontos
macios.
Daí a pouco
surgiam
sacolas
fortes, resistentes,
que encantavam
tanto a gente
e todo mundo
uma queria.
No final de
mais um ciclo,
lembrei-me da
antiga lição.
Cortei
sacolinhas plásticas
e pus-me a
tecer, então.
Minhas mãos
seguem frenéticas
tecendo
sacolas a fio.
Tecem sonhos,
reciclam a vida
num emaranhado
vazio.
Sandra
Medina Costa
terça-feira, 11 de agosto de 2015
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
domingo, 9 de agosto de 2015
Pai
Seu nome pode
não ter sido
a primeira
palavra que eu disse,
mas meus
primeiros passos
certamente
foram para seguir os seus.
Sandra Medina Costa
sábado, 8 de agosto de 2015
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Domingo de surpresas
Saí
do Barreiro e fui para Bernardo Monteiro encontrar meus irmãos, passar uns
dias. Fomos para a casa da Sônia. Só o Chiquito não apareceu. Dia muito
especial. Tocar violão. Cantar como antes. Alegria. Aniversário de Lia.
Surpresa do dia:
O
aparecimento de um esquilo no quintal, subindo nas árvores, certamente à
procura de alimento. Foi um alvoroço geral! Alegria da criançada e das
“crianças” grandes também. Havia algumas amoras, romãs e também umas poucas
mangas nas árvores. E o esquilinho saltava entre os galhos com tamanha
agilidade que encantava a todos nós da maior e da melhor idade. E o equilíbrio
nos galhinhos finos? Deve ter se assustado com tanta gente e tanto barulho... Gritos
a cada aparição, a cada salto de uma árvore a outra, risos, sorrisos, olhares
brilhantes e inquietos à procura do esquilo. Meu Deus! De onde viera? Estaria
perdido? Haveria mais esquilos por ali? Correria. Todo mundo queria ver o
bichinho que “roubara” a cena naquele domingo. Que coisa mais linda! Presente
dos céus!
Beatriz em meu colo...
Carregar
minha sobrinha-neta no colo foi outra bênção. Mais tarde, ela me deu algumas
lições, digamos, de determinação, persistência, alegria e fé. Na sala, eu
sentada no chão assistindo a um filme. Ela se aproximou e estendeu-me um DVD, dizendo
uma frase que eu não compreendia, pois ela estava com o bico na boca. Pedi que
tirasse o bico e me dissesse o que queria. E a frase ela insistentemente
repetia. Tive a impressão de que ela dizia algo como “Coloca o DVD da Aline
Barros!”, mas duvidei. “É impossível que ela saiba quem seja essa cantora, talvez
queira apenas que eu troque o filme”, pensei. Quando sentiu a demora em ser
atendida, não se fez de rogada, foi atrevida. Encaminhou-se decidida rumo ao
aparelho para ela mesma resolver a questão. “Por
acaso você está querendo que eu coloque o DVD da Aline Barros?”, perguntei.
Qual não foi minha surpresa ao ver sua alegria, abrindo aquele sorriso e
entregando-me o filme. E ficamos ali: eu, ela e a Júlia, sua irmã, assistindo
alegres aos clipes das músicas. Elas dançaram o tempo todo. Para completar,
Beatriz, ao me ver suspender os braços espreguiçando, achou que eu estava
tentando dançar e imediatamente passou a me ensinar os passinhos, como eu deveria balançar os
braços, essas coisas... Foi muito bom! Coisas de crianças.
Crianças
se entendem. Eu havia me esquecido disso.
Sandra
Medina Costa
Belo Horizonte, 07 de
setembro de 2008.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
No vale do eco
da mente
in sana
ecoam lembranças
afiadas,
enferrujadas,
ecoam gritos
insanos.
Insônia.
Sandra Medina Costa
domingo, 2 de agosto de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
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