segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Nascida a 4 de julho


GOIABEIRA (sob o signo das árvores) - Conceito-chave: conciliar leveza e responsabilidade. - GOIABEIRA - Expressivas e expansivas, as pessoas de goiabeira são românticas, sensuais e afetuosas. Vivem em função de amar e ser amadas. Sinceras e leais, elas nem sempre se sentem satisfeitas em seus relacionamentos. Detestam rotina em qualquer circunstância da vida e tendem a mudar de parceiro ao menor sinal de monotonia.
ORQUÍDEA (pelo signo das flores) - A orquídea é uma planta que depende das outras para sobreviver, pois suas raízes não se prendem ao solo. Mesmo assim, ela consegue manter sua independência e é dotada de beleza exuberante. As pessoas que nascem sob o signo da Orquídea lutam para ser livres e para viverem com independência e autonomia. Mas, para alcançarem seus objetivos, precisam perder o medo da solidão e não devem se preocupar tanto com as opiniões dos outros. Apreciam o luxo, o conforto e a harmonia. Podem enriquecer com um golpe de sorte e tendem a ser muito favorecidas pelo destino.

ASSOCIAÇÕES - Elemento - Água / Regente - Lua / Metal - Prata / Pedras - Pérola / Perfume – Lírio, calêndula... / Plantas - Flor de laranjeira; Flores silvestres; gerânios, rosas / Animais - Gato; Caranguejo, meu cachorro Duque / Países - China; Escócia; Holanda; Nova Zelândia / Cores - Branco; Cinza-pérola / Personagem - Madame Butterfly , de John Lang (?) / Órgão - Estômago e útero / Dia – Segunda / Verbo - "Eu sinto" / Atrações - Escorpião; Aquário; Peixes.

PERFIL ASTROLÓGICO - Tímidos e misteriosos, os cancerianos são muito ligados a tradições. É o mais feminino e delicado entre todos os signos. É o signo do sonho, da ternura, imaginação e da memória tenaz que fixa e idealiza as recordações, acontecimentos e sentimentos do passado para se proteger contra as incertezas do futuro. São belos e sensuais. O amor de Câncer tem sempre algo de contos de fadas, com a sua princesa, o seu príncipe encantado, mas também com uma maldição a combater monstros ameaçadores. É o amor puro das crianças, o amor maternal, o amor romântico, mergulhado num sonho ideal e inacessível ou definitivamente parado num rosto ou num nome. O humor do canceriano é extremamente mutável e em ocasiões tende a ser rabugento e ou até mesmo agressivo, uma vez que sua necessidade de auto-defensa (às vezes antes mesmo de ser atacado) é uma de suas características fundamentais. Oscila entre o júbilo e a depressão. Podem ser muito fechados. Possuem alta capacidade de compreensão portanto costumam ser muito capacitados intelectualmentes e extremamente ligados às artes e à poesia, especialmente a música, onde tem a capacidade de dar vida as suas mais secretas fantasias.

MITOLOGIA - Câncer representa o caranguejo que Hera, rainha dos deuses gregos, enviou para resgatar a hidra. O caranguejo mordeu os pés de Hércules quando este combatia o terrível monstro, mas foi esmagado. Para premiar o caranguejo, Hera transformou-o naquela constelação.

(pesquisa web)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Marias

Maria Carolino Costa
Maria Alves Medina (houve também a Maria dos Anjos...)
Maria Ana Rosa Medina
enquanto menina;
depois, já casada e no papel,
Maria Medina Costa –
tiraram Rosa, tiraram Ana;
mas a dona, de teimosa,
quis ser só Rosa.

Era a Era das Marias,
das muitas que eu viveria.
A palma da mão já mostrava:
um M perfeito se via.

Maria Fumaça – monstro ameaçador, capaz de tirar a fome.
sua bocarra gritava soltando fumaça,
ao surgir na curva ao longe,
abafando os gritos agudos
do choro que explodia na forma de pavor.
Nenhuma explicação pr’aquilo. Nenhuma lição de amor.


Maria Capeta – lição de medo, mesmo no doce que se come
entre lágrimas e o coração descompassado,
junto à Maria que já era Rosa,
que se esquecera de fechar a porta
para livrar a criança do medo do escuro.

Maria José (da Secretaria) – lição de trabalho;
Maria Feiosa – lição de risos;
Maria das Graças (ou Maria do William)– bênção da vida;
Maria de Nerval (ou Maria do Petrolândia) – lição de persistência;
Maria Imaculada – lição de mãe;
Maria das Graças Coimbra – lição de humildade;
Ir. Maria – lição de fé; Sandra Maria – espelho da dor;
Maria Clemência e Maria Elena – dualidade de almas, essência do paradoxo
(e outras Marias que estão por vir – à lembrança ou à vida).

A Maria que mais amo
é a importante e sagrada
Maria de Nazaré,
que aprendi a amar,
consagrar-me e a meu lar,
aumentando minha fé
na Santíssima Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo –
Caminho, Verdade e Vida,
força, refúgio e bondade.


Sandra Medina Costa

(Imagem da web "agustinasmisioneras")

Praia de Apuã


Que nada mais me surpreenda, Senhor,
a não ser a beleza de Tua Criação.

Diante de mim
uma praia de corais (não há areia)
e um mar que se divide em dois

Primeiro, a água do rio, represada
por uma barreira de corais.
Vem depois a outra parte:
um imenso oceano ciano
(seria esta a palavra a definir
a mistura de verde e azul?)

O vento que sopra em meu rosto
se mistura à minha respiração.
Será uma ruptura?
Criador – criatura...
vento – respiração.;..
ou mistura?

Na praia de corais (não de areia!)
me deparo com uma caverna.
Por Deus, será eterna?!
Os raios do sol da tardinha
deixam entrever uma água
cristalinha,
cristalinda,
cristalina,
que balança, estremece,
conforme a maré que chega,
ou a gota d’água que desce.

A cada olhar, uma descoberta!
E a coisa mais certa
é que essa caverna
magicamente criada
por formações rochosas de cristais,
meu Deus, é demais!

As grandes pedras se sobrepõem
de tal forma e encantamento,
que sumiram no ar os problemas...
Acabou-se o meu tormento?

Contrastando com a praia, na beira,
uma pequena castanheira,
meu olhar fixa, esguelha:
pois ela ostenta entre o seu verde
três ou quatro folhas vermelhas.

Sandra Medina Costa

Imagem: clipart

Santa Rita


Rita
de Cássia
de Minas
santa, mulher, mãe...
Que mistérios divinos
teus olhos vislumbram
em tão franca adoração?
Creio ser o amor do Pai
bondoso a sinalizar-te
que nem a pesada cruz
poderá desviar-te
do teu caminho de luz.
Pois em Cássia ou em Minas,
nós – mulheres, mães, meninas –
sentimos forte o teu chamado
para caminhar lado a lado
crendo na Luz Maior, luz divina
que a tudo e todos ilumina.

Hoje, 22 de maio,
comemoramos o dia
a ti, então, dedicado.
Trazemos singelas rosas
com fé, carinho e alegria,
e o coração de amor enlevado.

Sandra Medina Costa

Imagem da web

Dia do Silêncio


Socorro!

Hoje é o DIA DO SILÊNCIO
e até agora eu não consegui calar a boca!
Já falei igual pobre na chuva!
Estou ficando sem voz, estou rouca...

Consegui ler um poema que diz
pra eu mergulhar no oceano,
renascer das ondas claras,
sentir o mistério da paz,
atingir a unidade profunda
com o dom do silêncio
no coração da alma.

Mas o meu oceano é feito de papel...
Mergulhei de cabeça
e não consegui voltar à tona.
Já estou cansada à beça.

Levanto meus braços à espera
de alguém que passe num barquinho,
e que, ao me ver sem prumo,
saiba que procuro meu rumo
e me puxe com carinho.




Sandra Medina Costa

07 de maio - Dia do Silêncio
Imagem: clipart

Canção do Exílio de Maria


Nós, Senhor, nós Te louvamos,
E, Senhor, Te confessamos:
Dói-nos a saudade de Maria,
Principalmente de estar com ela
Neste importante dia.

Na linguagem da Fé,
O coração traz Maria de volta
Na saudade longínqua, remota.
Na lembrança dos santos de Assis,
Na poesia de Gonçalves Dias...
Maria, Maria, Maria...
Sua clara voz a traduzir o melhor caminho
Na busca constante da harmonia.

Ainda te lembras, Maria?
Tua terra tem palmeiras
Onde sabiás gorjeiam feito loucos...
Aqui, tua rua tem castanheiras
E lindos bem-te-vis, como poucos!

Na linguagem da Natureza,
A castanheira te aguarda altaneira,
Quase em frente à tua casa,
Folhas verdes, amarelas,
E principalmente vermelhas...
No alto, os bem-te-vis olham, procuram, se confundem...
E principiam a gritar ali:
“Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!”
E não te vêem, Maria.

E na linguagem do Coração, o Senhor nos diz:
“Fechem os olhos,
Pensem em Maria,
Orem por ela,
Seja noite ou dia.
E hoje, aos oito de agosto,
Imaginem-na serena, calma,
Paz completa em sua alma,
Pois mais um aniversário celebra
Com sabedoria, humildade e arte,
Assumindo uma nova história
Da qual já vocês fazem parte.”


Sandra Medina Costa

(imagem da web)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Mea Culpa


“Minha culpa,
minha culpa,
minha máxima culpa...”
E o peito dói a cada pancada dada,
a cada palavra falada,
a cada palavra não dita,
a cada palavra mal dita.

Minha culpa que não acaba,
mas acaba comigo,
destrói minh’alma.
Uma culpa que nem sei de onde vem,
mas que parece habitar em mim
desde sempre,
há tempos e tempos idos
e na memória já perdidos.

Culpa que fácil desperta
a cada palavra incerta
na boca semi-aberta...
Quando dou por mim
já saiu a palavra morta,
palavra que não aborta
a si mesma no fim.
E a culpa ressurge.
E a culpa me maltrata.
E eu maltrato a quem
nenhuma culpa tem.

Culpa de ter nascido.
Culpa de ter vivido.
Culpa de mexer no rádio velho, tirando da estação.
Culpa de ser honesta, não aceitando a traição.
Culpa de trair a quem se disse amigo.
Culpa de não perdoar a nenhum amor fingido.

Culpa de urinar na roupa
por ser fraca e não conseguir segurar,
pois a vontade era forte,
a casa estava longe
e o lugar era sagrado...
(E se Deus não perdoar?)
A vergonha dos colegas.
A roupa molhada.
O que fazer? Como andar?

Culpa de, num dia distante,
urinar num vidro brilhante
e mentir à amiguinha na infância,
dizendo que era chá.
De onde veio a idéia?
Não sei.
Mas a culpa ainda me envergonha.

Culpa de ser a mais certa –
a filha moralista não erra!
Culpa de chamar a atenção
do irmão que, descompensado,
andava agindo errado.
“Isso não se faz!”,
pois o rapaz querido
era o filho preferido.

Culpa de sentir vergonha
de ter um pai “cachaceiro”,
ignorando as razões
que o conduziam ao atoleiro.

Culpa de ser inocente.
Culpa de não ter malícia, maldade,
não saber de amor,
não saber amar.

Culpa de ter medo do escuro.
Culpa de uma dor aguda
que me persegue a lembrança,
mas Deus não me deixa ver.

Culpa de lutar pelos próprios direitos.
Culpa de não discernir o que é direito.
Culpa de me sentir inútil.

Culpa.
Talvez por isso eu tenha tanto asco das lesmas.
Me vejo nelas. São nojentas, vermes rastejantes.
Culpa.
Já matei tantas lesmas, já gastei tanto sal...
E o sal? Serve pra quê?
Culpa.
Pavor de lagartas, por mais que me digam
que elas se transformam em lindas borboletas.
Quantas borboletas impedi de nascer, ao matar, esmagar,
tocar fogo em lagartas vivas (requintes de crueldade!)
São horrendas, rastejantes.
Sinto-me como elas.

Culpa que se derrama em lágrimas na cama, na chuva, no chão,
para minimizar um pouco esta ruim sensação.
Culpa que se mostra nas feridas dos meus pés, provocadas por mim mesma,
verme – lagarta – lesma.

Senhor Deus meu,
Se me vejo assim de forma tão negativa,
É porque mais do que nunca necessito de Ti, ó Pai.
Preciso me encontrar de novo No amor que vem de Ti.
Preciso me amar de novo, encontrar o caminho que perdi.

Preciso acreditar em mim,
me amar, me aceitar por inteiro,
pois Vós, ó Pai celeste,
já o fizeste primeiro.


Sandra Medina Costa


sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E Agora

Meu poema adormeceu
Na estrada que não se vê
Dói em mim a sua ausência
Não sou mais eu sem você

Busco em letras e canções
Uma forma de lhe esquecer
Há em tudo sua presença
O que é que vou fazer?

(refrão)

E agora
Essa lágrima que você chora
Prova que o seu amor
Não era tão grande assim
E agora
Esse pranto que em meu rosto rola
Vem dizer que o meu amor
É algo que não tem fim

O poema acordou
E o caminho já se vê
Estou cada vez mais forte
pois sou mais eu sem você

Minhas letras e canções
Já saem sem timidez
Agradeço pela sorte
O bem que você me fez

(refrão)

E agora
Essa lágrima que você chora
Prova que o seu amor
Não era tão grande assim
E agora
Esse pranto que em meu rosto rola
Vem dizer que aquele amor
É algo que teve fim.

Sandra Medina Costa

(imagem: folha UOL)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O Peso



12:20 h.
Espero você chegar.
Penso em você. Penso em você sem mim.

Penso-me.
Peso-me.

Lágrimas guardadas. Sentimentos não externados. Medos. Preocupações que se armazenam lá no fundo e que, vez por outra, brotam no pensamento.
Parece que tudo isso vai se acumulando dentro de mim e vai se cristalizando, virando pedra.
E isso pesa. Pesa a alma, pesa o corpo.
(O que pesa-me a alma pesa-me o corpo.)

A gente não devia conduzir a própria vida assim.

Quero me sentir mais leve. Quero reaprender a ser mais leve. A não acumular nada dentro de mim, a não ser amor.

O amor é o meu peso. Pra onde quer que eu vá, é ele que me conduz.” (Santo Agostinho)

Verdade.
Ao invés de lágrimas, medos, sentimentos ruins, preocupações, “acumular” amor.
Isso transforma a gente. A alma fica mais leve, ficamos mais flexíveis. Ele nos conduz a qualquer parte, sem dificuldades.

Vou meditar diariamente sobre isso. Quero reaprender.
Quero ser mais leve.
Quero estar mais leve.

Quero a leveza do ser.


Sandra Medina Costa.


(imagem web - agustinasmisioneras)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como me são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

(Autor: Vinícius de Morais)

Raquel



Minha primeira sobrinha,
ainda pequenininha,
tão linda e sorridente
sapeca, quebrou seu carrinho,
e ainda assim, todo mundo
ficou pra lá de contente!

Só não entendi até hoje,
por que essa mente bacana
(pra não dizer sacana!)
Me chamava com carinho,
nos lábios um sorrisinho:
- Ô minha tia SHANA!

E eu, é claro, respondia:
- Que foi Quequel?
Tá com soninho?
E ela pedia, faceira:
- Me mostra, tia Shana,
você tem "biuguinho"?

E eu lá sabia o que era
isso que ela insistia
em saber se eu tinha,
esse tal de "biuguinho"?
Sua mãe logo esclareceu:
- Tia Sandra, é o seu umbiguinho!

(É mole?!)
Sandra Medina Costa
Para RAQUEL: (em 07/04/06):
A vida te espera ansiosa
Braços abertos para acolher-te
Mergulha fundo, com a fé a amparar-te
Recebe as bênçãos que o bom Deus concede
Tia Shana.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sob o signo de Câncer

Há mais de um ano, minha irmã Sônia me presenteou com um texto recortado do Jornal Estado de Minas: "SOB O SIGNO DE CÂNCER" (da autoria de Déa Januzzi). Ela me disse, na ocasião, que leu o texto e achou a "minha cara"!
É claro que A-DO-REI!


“Você sabe o que é nascer e viver sob o signo de Câncer? Não, então acompanhe essa mulher de sentimentos tão profundos quanto o mar e que, em noites de Lua cheia, pode uivar como uma loba. Dê a uma mulher de Câncer poemas, muitos poemas, para deixá-la embriaga de palavras densas. Pergunte aos amigos dessa mulher de Câncer quantas vezes ela leu Fernando Pessoa e Pablo Neruda? Quantas vezes devorou os poemas de Antônio Barreto madrugada adentro? Para quem quiser saber sobre uma mulher nascida sob o signo de Câncer, basta levá-la para jantar no japonês. Entre sushis e sashimis, uma canceriana pode transportar-se para o país de olhos puxados, ser gueixa e manter o ritual de comer, horas, com hashi. Até arroz que não gosta muito, ela consegue equilibrar nos palitos japoneses.
Dêem incensos de mirra, cravo e canela a essa mulher de Câncer, para livrá-la dos altos e baixos de sua vida. Das assombrações que vivem aparecendo para ela, em certas noites, quando o céu está aceso de tantas estrelas. Leve essa mulher de Câncer para se encontrar com sua amiga da montanha e voltar repleta de natureza. Ela se refaz a cada subida na montanha, com o canto mágico dos tambores, a fogueira acesa que exorciza todos os seus fantasmas.
Preste atenção que, neste momento, o vento de Moeda está sussurrando segredos ancestrais aos ouvidos dessa mulher de Câncer, que acaba de espantar a eterna melancolia, com banho de ervas em plena noite. Parece até que a amiga da montanha conhece a alma dessa mulher de Câncer ao oferecer um jantar com espumantes e alcachofras. Nada como presentear essa mulher de Câncer com presentes que lembram água, o elemento principal do seu signo, que corre nas veias, para lembrar o feminino do mundo e limpar a angústia que invade o seu ser demasiadamente nostálgico, que tem uma cor quase púrpura.
Com flores orvalhadas, águas de gerânio, capim limão, melissa e laranjeira se faz uma mulher de Câncer, principalmente se a fragrância for duradoura como uma conversa entre amigos. Essa mulher brava, quando provocada, pode explodir por pouco, mas se acalmar de repente e pedir perdão por tanta emoção.
Para conhecer uma mulher de Câncer é preciso não duvidar de sua dor, tão grande em certos momentos, que ela pode tornar-se vítima de si mesma e chorar com qualquer beijo de novela, com uma canção antiga, com a cor do vinho no fundo da taça de cristal. Tem dias, porém, que ela está tão bem que acolhe a todos. Como mãe do zodíaco precisa de filhos para exercer o seu poder de ajudar a construir uma outra vida, com ternura, como se estivesse fiando no tear das antigas tecelãs.
Para entender uma mulher de Câncer, é preciso decifrar os segredos da Lua, o astro que rege o signo e saber que o caranguejo é o símbolo de quem dá dois passos para a frente e três para trás. Uma mulher de Câncer precisa de pérolas para curar a concha machucada. Símbolo do feminino, a mulher de Câncer é transparente, mas pode ser furtiva, arisca e desconfiada quando fica magoada. Mas esquece todas as mágoas por nada. Perdoa tudo, mas fica ligada na família, na mãe, no filho, nas irmãs, no pai que já se foi, porque uma canceriana vive também do passado, apesar de ter olhos de lince para o futuro. Tem asas de águia e pode decidir jantar com Janaína na Carruagem do Vento, para vestir saias rodadas e escutar música cigana.
Uma mulher de Câncer não é perfeita e nem consegue terminar quase nada. Só gosta de começar, para mudar de rumo logo em seguida. Ela também pode dar uma canseira em que está perto dela, porque gosta de tudo perfeito. É forte também como a casca do caranguejo, para se proteger. Mas toda mole por dentro, quase derretida.
Uma mulher que nasce sob o signo de Câncer tem a ver com as marés revoltas, com as águas do oceano, mas às vezes, vira rio, cachoeira, nascente. Não precisa de muito, só de amar, mesmo sem ser amada.
Gosta de solidão repleta de significado, toalhas bordadas, casa cheirosa e bonita. Uma mulher de Câncer pode ser bem anos 70, alternativa, apesar de gostar de ficar em casa. Nada anima mais uma mulher de Câncer que uma boa massa na mesa cheia de flores e um vinho que dure a noite inteira. Ela, então, amanhece em paz. Não peçam a uma mulher de Câncer que acorde cedinho, porque ela gosta de dormir, em lençóis de algodão, num quarto que tem a harmonia das cores e o santo de sua devoção bem à vista. Porque uma mulher de Câncer sabe rezar, mesmo que não frequente igrejas. Mesmo que não comungue com a doutrina, ela tem fé na vida.”
Autoria: Déa Januzzi
Fonte: Jornal Estado de Minas - 01/07/2007

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Prendedor de Roupa


Prendedor de roupa é bicho doido:
só depois que a roupa suja é lavada,
ele “segura as pontas”.


Sandra Medina Costa
(imagem da web)

Setembro


Setembro...
Ar seco, muito seco.
Saudade da chuva.
Vento, ventania...
E a chuva veio.
Mansinha de começo. Forte, num repente que me assustou. Sumiu, foi-se embora como quem diz “volto depois”.
Saudade que veio.
Orgulho que veio.
Inveja que havia.
Há coisas que não voltam. Dentre elas, “a pedra depois de atirada, a palavra depois de proferida, o tempo depois de passado, a ocasião depois de perdida”.
Inútil dormir. A tristeza não se arranca do peito assim.
Inútil chorar. “A dor não passa.”


Sandra Medina Costa

(Eu) Prendedor de Roupa



Eu, prendedor de roupa,
Exposto que sou nas manhãs
De tempo nublado ou de sol,
Sei, sou coisa pouca:
Apenas um prendedor de roupa
Preso à toalha, ao lençol,
Estendidos num varal qualquer
Frente às intempéries da vida,
Vento, sol, cachorro, mulher...

Às vezes, ali permaneço
Sofrendo a ação do tempo.
Noutras, me desconheço,
Destroçado, jogado ao relento.
Bom mesmo se bem cuidado
Sou recolhido e guardado.

E foi numa tarde dessas,
Em que o vento castigava,
Que me ensinaram o valor
Que ali eu representava.

Olhe-me com atenção!
Veja bem o meu formato:
Sou só mais um objeto?
Ou duas pessoas de fato
Que estão de pé, frente a frente,
Bem juntas e se olhando,
Com um pequeno fio de arame
Que as enlaça, força lhes dando?

Essa força a que me refiro
(o fio do prendedor)
Nos torna fortes se o que nos une
É a fé, é o amor.

Se tirarmos o fio de arame,
O prendedor perde a função.
Se nos faltam os sentimentos,
A vida é vazia, sem qualquer razão.


Sandra Medina Costa


(imagem da web)

Eu, Mulher



Nasci mulher.
Alma feminina – divina graça de Deus.
Cresci menina, fiquei moça.
Me vi mulher “na luz dos olhos teus”...
Um filho veio
Cresceram os anseios de bem criá-lo.
Fui mãe, sou “mais mulher”,
Outra vez, de novo!
Bendito o Deus que assim me fez
Tão mulher, mãe, menina,
Namorada, esposa amante,
Pedra bruta, diamante,
Mas, simplesmente, Mulher.


Sandra Medina Costa

Costa Belém – Rua de Pedras




Subo agora
a rua de pedras
e o efeito é mágico.
Há tempos esse caminho
me seduz
querendo virar poema.

Viajo num tempo
que não existe.
Imagino os que ali estiveram,
agachados, suor em bicas,
colocando pedra por pedra
para formar a rua
que ora subo.
Alguns sentados ao chão.
O suor caindo em gotas
que, vez por outra,
caem sobre alguma
pedra.

E o sol forte incidindo
sobre aqueles homens,
sobre aquelas pedras,
sobre aquelas gotas,
cria o mistério do inefável.
Homens fazendo um caminho
que outros passarão um dia
e se deterão a olhar,
e se deleitarão ao ver,
a se encantar com as pedras
que parecem emergir
de um tempo mágico,
onde a gota de suor
sobre a pedra
vai desaparecendo lentamente,
evaporando, levando aos céus a oração
daqueles homens.
Homens árduos
porque árduo é o caminho,
porque árduas são as pedras,
porque árduo é o calor,
porque árdua é a vida.

Hoje,
subo inebriada a Costa Belém – rua de pedras
e vejo vida entre elas,
pois entre as gretas,
no fino vão que as separa,
há plantinhas que brotam, que resistem.
Subo agora a rua ladeada de árvores...
Mas não importa a beleza, a força, as flores...
O que me atrai são as pedras que formam a rua,
que formam meu caminho.


Sandra Medina Costa

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Os Doze Trabalhos


...E naquela manhã Deus chamou suas doze crianças e em cada uma delas plantou a semente da vida humana. Uma por uma, cada criança deu um passo à frente para receber o Dom e a função que lhe cabia.

ÁRIES - A ti, Áries , dou a primeira semente para que tenhas a honra de plantá-la. Para cada semente que plantares, mais outro milhão de sementes se multiplicará em suas mãos. Não terás tempo de ver a semente crescer pois tudo o que plantares criará cada vez mais e mais para ser plantado. Tu serás o primeiro a penetrar o solo da mente humana levando Minha Idéia. Mas não cabe a ti alimentar e cuidar dessa Idéia, nem questioná-la. Tua vida é ação, e a única ação que te atribuo é a de dar o passo inicial para tornar os homens conscientes da Criação. Por este trabalho Eu te concedo a Virtude do Respeito por Si mesmo.

TOURO - A ti, Eu dou o poder de transformar a semente em substância. Grande é a tua tarefa, e requer paciência; pois tem que terminar tudo o que foi começado, para que as sementes não sejam desperdiçadas pelo vento. Não deves assim questionar, também não deves mudar de idéia no meio do caminho, nem depender dos outros para a execução do que te peço. Para isso Eu te concedo o Dom da Força. Trata de usá-la sabiamente.

GÊMEOS - A ti, Gêmeos , Eu dou as perguntas sem respostas, para que possas levar a todos um entendimento daquilo que o homem vê ao seu redor. Tu nunca saberás porque os homens falam ou escutam. E em tua busca pela resposta encontrarás o Meu Dom reservado a Ti: O Conhecimento.

CÂNCER - A ti, Câncer , atribuo a tarefa de ensinar aos homens a emoção. Minha idéia é que provoques neles risos e lágrimas, de modo que tudo o que eles vejam e sintam desenvolva uma plenitude desde dentro. Para isso, Eu te dou o Dom da Família, para que sua plenitude possa me multiplicar.

LEÃO - A ti, Leão ,atribuo a tarefa de exibir ao mundo Minha Criação em todo o seu esplendor. Mas deves ter cuidado com o orgulho, e sempre lembrar que é Minha a criação e não tua. Se o esqueceres serás desprezado pelos homens. Há muita alegria em teu trabalho, basta fazê- lo bem. Para isso, Eu te concedo o Dom da Honra.

VIRGEM - A ti, Virgem ,peço que empreendas um exame de tudo o que os homens fizerem com Minha Criação. Terás que observar com perspicácia os caminhos que percorrem, e lembrá- los de seus erros, de modo que através de ti minha Criação possa ser aperfeiçoada. Para que assim o faças, Eu te concedo o Dom da Pureza.

LIBRA - A ti, Libra ,dou a missão de servir, para que o homem esteja ciente de seus deveres para com os outros, para que ele possa aprender a cooperação, assim como a habilidade de refletir o outro lado de suas ações. Hei de te levar onde quer que haja discórdia. Por teus esforços te concederei o Dom do Amor.

ESCORPIÃO - A ti, Escorpião ,darei uma tarefa muito difícil. Terás a habilidade de conhecer a mente dos homens, mas não te darei permissão de falar o que aprenderes. Muitas vezes te sentirás ferido por aquilo que vês e em tua dor te voltarás contra Mim, esquecendo que não sou Eu, mas a perversão de Minha Idéia, o que te faz sofrer. Verás tanto e tanto do homem quanto animal, e lutarás tanto com os instintos em ti mesmo, que perderás o teu caminho. Mas, quando finalmente voltares, terei para ti o Dom Supremo da Fidelidade.

SAGITÁRIO - A ti, Sagitário , eu peço que faças os homens rirem, pois entre as distorções da Minha Idéia eles se tornam amargos. Através do riso darás aos homens a esperança, e por ela voltarás seus olhos novamente para Mim. Chegarás a ter muitas vidas, ainda que só por um momento, e em cada vida que atingires, conhecerás a inquietação. A ti darei o Dom da Infinita Abundância, para que te possas expandir o bastante, até atingir cada recanto onde haja escuridão e levar aí a luz.

CAPRICÓRNIO - De ti, Capricórnio ,quero o suor de tua fonte, para que possas ensinar aos homens o trabalho. Não é fácil tua tarefa, pois sentirás todo o labor dos homens sobre teus ombros. Pelo jugo de tua carga, te concedo o Dom da Responsabilidade.

AQUÁRIO - A ti, Aquário dou o conceito de futuro, para que através de ti, o homem possa ver outras possibilidades. Terás a dor da solidão, pois não te permito personalizar o Meu amor. Para que possas voltar os olhares humanos em direção a novas possibilidades, Eu te concedo o Dom da Liberdade, de modo que, livre, possas continuar a servir a humanidade onde quer que ela esteja.

PEIXES - E finalmente, a ti, Peixes ,dou a mais difícil de todas as tarefas. Peço- te que reúnas todas as tristezas dos homens e as traga de volta para Mim. Tuas lágrimas serão, no fundo, Minhas lágrimas. A tristeza e o padecimento que terás de absorver são o efeito das distorções impostas pelo homem à Minha Idéia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo. Por esta tarefa eu te concedo o Dom mais alto de todos: tu serás o único de Meus doze filhos que Me compreenderá. Mas este Dom do Entendimento é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi- lo entre os homens, eles não te escutarão.

Cada um de vós é perfeito, mas não compreendereis isso até que vós doze sejais Um. Agora vão....E as doze crianças foram embora executar suas tarefas entre os homens.

(desconheço a autoria)

Elaine


Já há algum tempo, Elaine conversava com uma criança (adotiva como ela), em mais uma de suas tarefas onde trabalhava. Naquela manhã, ouviu do aluno:
- Ora, Elaine, mas você é uma filha adotiva feliz; eu não!
Aquilo bateu fundo na alma. Numa fração de segundos, sem que se desse conta, ela repensou toda a sua trajetória de vida.

“Eu, filha de Raimunda – protetora e poderosa,
que me trouxe à luz outrora
e me teve nos braços até os 8 meses de idade.
Não sei do seu rosto, mas sinto saudade.
Mesmo doente,
junto ao meu pai José Vicente,
decidiu de forma sábia, cabeça fria,
e me entregou à Maria.
Lourdes Maria, minha segunda mãe,
a mais fiel das amigas,
a que merece todo louvor,
junto ao marido José Nego (meu segundo pai),
recebeu-me soberana, serena,
a mim, Elaine pequena,
com carinho pleno de amor.
Acredito hoje,
que meu papel foi ser semente,
naquele lar tão contente,
pois novos filhos vieram e,
desta vez, do próprio ventre de Maria,
Lourdes Maria, a segunda mãe
que me acolhera um dia.”

Ouvir a história de Elaine foi um dos melhores momentos que tive com ela. Penso que isso só pode ser coisa de Deus! Dois pais de mesmo nome: JOSÉ. Ambos sensíveis, confiantes, generosos...
Ah, Senhor, desta forma nos conduzes ao caminho da fé, pois me vejo a refletir sobre a oração de São José e seu ensinamento maior “florescer onde a vontade do pai me colocou”.

Sandra Medina Costa

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

7 de janeiro, Bruno!

1549 - É criado um governo central no Brasil, o chamado Governo-Geral, sendo Tomé de Sousa o primeiro Governador-Geral.
1610 - Galileu Galilei observa pela primeira vez três das luas de Júpiter através de seu telescópio: Calisto, Europa e Io.
1927 - É realizada a primeira ligação de telefone transatlântica, entre Nova Iorque e Londres.
1979 – Vinha ao mundo o segundo filho da Sônia e do Otacir: BRUNO: lindo, moreno. Os céus já indicavam que seríamos presenteados com uma pessoa calma e diplomática, que conseguiria tudo o que desejasse pela capacidade de convencer, nunca pela força e que a liderança que revelaria viria mais da sua capacidade de analisar corretamente cada situação do que de um talento inato. Nome de origem germânica com um significado verdadeiramente abençoado: "luminoso, brilhante".



Nasceram neste dia...
1502 - Papa Gregório XIII.
1796 - Princesa Carlota de Gales.
1921 - Josué Guimarães, escritor brasileiro.
1979BRUNO MEDINA NUNES, engenheiro mecatrônico brasileiro.


Hoje, dia 07/01/2009, além de parabenizar-lhe pelos seus 30 anos de juventude acumulada, oro a Deus para que lhe abençoe sempre pela linda família que formou:
ÉRICA (esposa) - Significa sempre poderosa e indica uma pessoa perseverante, que realmente se dedica ao que faz. Tímida por fora, no íntimo se orgulha dos seus inúmeros talentos e da sua romântica sensualidade. Do norueguês "constantemente possante".
JÚLIA (primeira filha) - Latim, significa cheia de juventude e indica uma pessoa de memória prodigiosa, muito senso de organização e um dinamismo contagiante. Excelente amiga, dedica-se totalmente às pessoas que estima.
BEATRIZ (segunda filha) - Significa aquela que faz os outros felizes e indica uma pessoa bem disposta, capaz de fazer piada com tudo, para alegrar a si própria e para dar nova luz aos ambientes que freqüenta. Mas isso não impede que ela tenha um espírito crítico, capaz de distinguir com muita clareza o certo e o errado. Do latim "bem -aventurada".

Imagem do dia...
Vista panorâmica do Loch Fada, na ilha de Skye, arquipélago das Hébridas, Escócia


Sandra Medina Costa

Parabéns pra você
Nesta data querida!
Com Jesus ao seu lado
Muitas bênçãos na vida!


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A Pessoa Bela encontra a Estrela

Olá, Ênia Dára!

Que bom que você gostou do poema.
Mas acho que homenagem maior foi feita por sua mãe, ou pela vida, ou por Deus... Pois sabe o que descobri ontem olhando minha “folhinha”? Vi que o dia 04/01 foi dia da Epifania do Senhor* (quando também se comemora o Dia da Liberdade de Culto e o Dia da Gratidão).
Há, na pequena página, a frase “Quando viram a estrela, encheram-se de grande alegria” e, logo abaixo, o desenho dos três Reis Magos olhando para o alto, para a estrela de Belém que os guiava em direção ao Menino Jesus. Lembrei-me da Iraê imediatamente! E isso não me sai mais da cabeça, pois me lembro de seus pais dizerem que significava “estrela” (mas, no tupi, o sentido é “doce como mel” ou gosto de mel”).
Há quem não acredite em milagres, mas eles acontecem! Só isso pode explicar a alegria que você transmite às pessoas. Dizem que criança vê aquilo que o adulto (por já ter adormecido em si mesmo a sua criança) não vê. Acho que você, ao nascer, viu a Iraê, a estrela...


Sandra Medina Costa

*EPIFANIA DO SENHOR
(Mt 2,1-12)
Epifania é Deus que se manifesta à humanidade. E sua manifestação se dá de modo tão simples, tão pobre e tão próximo, na pequena cidade de Belém – a casa do pão da vida -, deitado em uma manjedoura, dependente dos cuidados de Maria e José. Lá o Menino é encontrado pelos Magos que tiveram de deixar sua terra e partir à procura do Messias esperado. Guiados pela estrela, eles se colocam a caminho. Neles se revela a predileção de Deus por toda a humanidade e a salvação oferecida a todos os povos. E nossa vida, quotidianamente somos convidados a colocar-nos a caminho, a deixar-nos guiar pela estrela da fé, do amor, do perdão, da fraternidade, da igualdade, pois são nestes gestos que mais encontramos o Senhor e o manifestamos aos irmão e irmãs.
(Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus – Ed. Vozes)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Ênia Dára (Pessoa Bela)



Ênia
Dára
Carisma em pessoa
Beleza tão rara

Desde o ventre
Da mãe singela,
Sempre pessoa,
Sempre bela.

Seu nome, tão forte,
Contém o segredo
De quem sabe viver
A vida sem medo.

Receba de coração
Os nossos “Parabéns”!
De Deus virão bênçãos
E os melhores presentes também!

Sandra Medina Costa

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Recado



O frio

O olhar
O beijo
O sorriso
O olhar...

Manhã fria de sábado.
O sol meio tímido também parecia sentir o frio daquela manhã, lançando uns raiozinhos tímidos de luz.
Vez por outra, uma pequena rajada de vento me invadia, arrepiando o corpo, o coração... As suas batidas, nessa hora, confundiam-se com o tremor do corpo, ávido pelo calor da alma.
E ele veio. Parecia a Luz em pessoa. Ladeado do amor de mãe e de pai, a princípio meio indiferentes ao frio que eu, cá no fundo, imaginei que ele estivesse sentindo.
“Mãe dele, Pai dele! Esse neném precisa ficar no colo. Está muito frio!” – clamei silenciosamente.
Como a ler meu pensamento, ele me olhou com ar divino, lá do carrinho onde estava, lançou-me um beijo (daqueles que só os anjos sabem dar!) e sorriu pra mim de um jeito que não sei descrever. Um sorriso que me pareceu eterno.
Ficamos nos olhando e sorrindo um para o outro, enquanto ele passava em seu carrinho de bebê, até perder-se ao longe.
Quando dei por mim, estava ali, no ponto do ônibus, as lágrimas escorriam soltas, suaves, como a me lavar a alma.
Era um recado de Deus: um amor gratuito, tão natural como viver e respirar, é assim. Mexe com a gente, balança, traz à vida. Precisa ser prática mútua e diária. Obrigada, Senhor!

Sandra Medina Costa
(imagem web)



quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

A Oração de Janeiro



Senhor,
quando ouvimos nestes Tempos
cantar “glória a Deus e paz Na Terra”
nos perguntamos onde está
a vossa Glória
e onde está a paz sobre a Terra.
Sabemos que a Paz está conosco
graças à vossa mãe Maria.
O Messias, vosso Filho,
por ela veio emergir
um tempo de Deus sobre a Terra.
Fazei que a paz seja
uma fome insaciada,
a fim de que seja erradicada
a violência da nossa civilização.
Por Maria, vos pedimos o dom da fé,
uma fé que anula do nosso falar
palavras como ódio, inimigo.
Pedimos o dom de caminhar
até o outro, o dom de saber
reconhecer sua dor e socorrê-lo,
o dom da paz do coração
neste momento e para sempre.
Maria, neste recomeçar do tempo,
nos recomendamos à vossa ternura
e maternidade. Santa mãe de Deus,
humilde e silenciosa, dá ao mundo inteiro
a verdadeira Paz.
Amém.

(Fr. Luiz H. F. de Aquino, OFM. São Paulo / SP)
Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

Eu Te Saúdo, 2009!



Eu te saúdo, ó Ano Novo!
Como a lua nova
que, nesse momento,
escondida brilha
em algum canto do firmamento
encoberto por nuvens
trazidas pela chuva e pelo vento,
assim o novo ano vem.
Acolhido sob fogos de artifício,
orações, louvores e muita esperança
nos corações de gente grande
e de crianças,
ávidas pela paz.
Eu te saúdo, ó Ano Novo,
por mim, pelo povo,
por Maria que nos guia
neste novo caminhar.


Sandra Medina Costa