O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Pescaria
Mar.
Riacho.
Luz.
Sinto
na pele o vento
que
sopra suave a esmo,
sob
a luz do firmamento,
e
conduz as águas do riacho
sobre
as pedras, num enlevo.
Sereno
caminho
que
o leva ao mar.
O
vento esconde o segredo
das
águas que sobem,
que
descem,
que
caem, correm,
avançam,
morrem
e
ressuscitam no grande mar.
O
vento conhece o segredo
da
luz sagrada que clareia,
esconde-se,
incendeia,
ilumina
o caminho
daquele
que está sozinho
no
riacho, no mar,
nas
águas do oceano.
É
calmaria.
Pescaria.
Sandra
Medina Costa
Marcadores:
História-Infância-Pessoas,
Sentimento
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Por falar em aniversário...
Por falar em
aniversário, volta-me à lembrança uma situação inusitada, acontecida em julho
de 2003. Era meu aniversário, no meu primeiro ano de Colégio Santa Rita. Eu já
morava no Residencial Paineiras, num apartamento do segundo andar.
Por volta de
meia-noite, já dormíamos – eu, meu marido e meu filho, quando fomos sendo
despertados aos poucos por uma música suave, vinda de longe...
A música se
aproximava, a melodia ficava mais forte, ouvia-se um violão e aquelas vozes suaves,
maviosas...
Acordamos.
"Sandra,
Diga
ao menos boa noite
Abra
ao menos a janela
Pois eu canto é pra você..."
Pensei cá com meus
botões: “Puxa vida! Será que a Ir. Maria reuniu meus colegas e todos vieram me
fazer tão agradável surpresa? Uma serenata no meio da noite?!”
― Mãe, acho que são seus colegas, sim! É o seu
nome que estão dizendo. Parece que estão no rumo da janela de seu quarto!
Puxei as cortinas e...
qual não foi minha surpresa!
Havia, sim, um grupo
de pessoas no rumo de minha janela. Só que... de costas para mim e de frente
para a janela do prédio ao lado, fazendo uma bela serenata para a vizinha do
segundo andar do prédio ao lado, que também se chamava “Sandra”!
Também, né? Era muito
pra mim. Melhor dormir. Quem sabe, um dia...
Sandra Medina Costa
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Diante das dores do mundo
Diante das dores do mundo, recolhe-te em prece, e cala o teu ego.
E pede a Tua Alma que vibre pelo Bem de todos.
E, em silêncio, abrace o mundo com energias serenas e amistosas.
(Tagore)
domingo, 25 de janeiro de 2015
MEUS HERÓIS
"Meus heróis
morreram de overdose
Meus inimigos estão no
poder
Ideologia, eu quero uma
pra viver".
(Cazuza)
Atualmente
(pode
até ser coisa de momento, viu?),
tenho
me sentido herói de mim mesma,
frente
à dura realidade que se nos apresenta.
Tenho
conseguido o que me parecia, antes, impossível:
sobreviver
a mim mesma!
Eu
e meus medos e coragens
Eu
e minhas encucações, meus “grilos”, meus “fantasmas”
Eu
e meus anjos, de perto, de longe...
Eu
e meus “espelhos”, minhas perfeições e imperfeições.
Sobrevivi.
E
olhe que é difícil. Isso não tem preço.
Sandra
Medina Costa
sábado, 24 de janeiro de 2015
Paizinhos
O
que são Padrinhos?
Paizinhos
Mãezinhas
Que
apoiam meu filho
Na
vida cristã
Paizinhos
Mãezinhas
Que
acompanham meu filho
Na
fé no amanhã
Paizinhos
Mãezinhas
Amizade
e presença de Deus
No
coração, na alma sã
dos
tantos filhos seus...
Sandra
Medina Costa
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Preta (minha madrinha)
Mãe Preta.
Preta – madrinha-mãe.
Sonhei com ela esta noite
Seu colo de mãe-rainha
O primeiro sonho com ela
na primeira noite do ano
Não a vi de verdade
Vi seu filho, moreno faceiro,
Um jovem rapaz a me dizer
Fatos, coisas de outrora,
Explicações e esclarecimentos
Dos quais não me recordo agora.
Mãe Preta
Mãe boa
Mãe carinho e bom humor
Que não me deixava nunca
Os pés, no chão, pôr...
Acordei do sonho saciada
Saudade esvaziada
Pelas palavras que ouvi do filho de Preta.
Sandra Medina Costa
Vila Velha - ES, 01
de janeiro de 2008.
[Foto arquivo pessoal]
Marcadores:
História-Infância-Pessoas,
Sentimento
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Luz divina
Luz divina,
Luz maior
Que a tudo
ilumina:
Permiti
que somente o amor
Emane
do meu coração,
Livrando-me
de toda dor.
Sandra Medina Costa
[Imagem: www.reflejosdeluz.net]
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Disparate
O país
dispara
O
ladrão diz “para”
O
soldado dispara
Ninguém
sabe o que diz
No
entanto, o tempo não para.
domingo, 18 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
Grampo
Grampo – Objeto
metalizado que foi criado, inicialmente, com o objetivo de prender os cabelos. Com
a evolução tecnológica, o grampo foi assimilando novas e importantes funções,
dentre as quais destaca-se a de “tirador de cera do ouvido”.
Entretanto, importantes pesquisas
realizadas nos campos científico e psico-socio-emocional vêm comprovando que o
uso indiscriminado do grampo para prender os cabelos, na verdade é uma maneira
inconsciente de o indivíduo prender as ideias que teimam em brotar fora de
hora.
A conclusão mais aterradora e
surpreendente, porém, é com relação ao hábito de tirar a cera do ouvido com o
grampo. Importantes pesquisadores do assunto comprovaram ser essa uma tentativa
inconsciente de extrair ideias naqueles cruciais momentos em que o indivíduo
precisa escrever algo e está sem inspiração.
Moral da história:
“Estou com tédio. Quero ir pra casa.”
Sandra Medina Costa
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Desenhos no ar
Viagem longa.
No ônibus, os dois irmãos inventavam brincadeiras para passar o
tempo.
― Vamos brincar de desenhar?
― Claro. Essa parte aqui é minha! O outro lado é seu.
E desenhavam figuras mil num quadro imaginário à sua frente.
De repente, ele estende a mão para a esquerda e, em círculos confusos,
movimenta a mão no ar.
― Você apagou meu desenho! – choramingou a garota.
Estava desfeita a brincadeira...
Sandra Medina Costa
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Você acredita na Paz entre os homens?
“Acredito
na paz entre os homens. É possível, sim. É tudo uma questão de consentimento,
no sentido de se entender e entender o outro” – enfatizou Rejane.
Fiquei matutando a palavra
“consentimento”... Consulto o dicionário. [Consentir
v.t. Permitir; anuir; concordar. / Consentir
= com-sentir ou sentir com o outro. Permitir-se a paz. / Concordar. Lat. cor (d). Coração. Dar, doar com o
coração.]
Peço, então, para que ela me
estabeleça uma relação direta com o conceito que faz de sua mãe. Ela teima em
dizer que não, não tinha nada a ver uma coisa com a outra. Mas eu insisto, pois
a ideia me instiga. “Paz brota de mãe! Não tem como ser diferente!”
Surpreende-me a reação de minha
amiga. Inicialmente, começou a falar dos aspectos físicos, de maneira comum,
usual. Aos poucos, num tom carregado de poesia e emoção, disse. “Ela me teve... Agora sou do mundo. Sou
propriedade dela; ainda que pretenda deixar de ser, isso só acontecerá
financeiramente. Sinto que somos propriedade uma da outra. Não sei explicar por
quê. O que sei é que não pretendo deixar de ser propriedade dela no outro
sentido”. Vi, nos espaços invisíveis de suas palavras, uma relação de amor
e paz muito profunda e não dita entre elas.
Essa conversa foi há quase dez anos
e guardo-a até hoje. Penso em minha mãe. Penso na paz.
Sandra Medina Costa
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Adeus
Ele esperou que a esposa adormecesse e, suavemente, se levantou. Por precaução não acendeu a luz do abajur. “Vai que a mulher acorda?!” Tateou a gaveta do criado à procura de uma caneta. O bloco de papel ficava sempre próximo ao telefone. “Pronto!”
Sentou-se devagar frente à penteadeira e, ali, às escuras, escreveu a longa carta de despedida. Não achava justo sair assim, sem deixar uma explicação. Não tivera coragem de falar cara a cara com a esposa.
Há tempos conhecera Dolores – mulher de pecados, e por ela se apaixonara. Agora fugiriam para longe. Ele estava perdido de amores pela Dolores.
Saiu sorrateiro pela porta dos fundos, qual ladrão de vidas alheias. Levava consigo apenas o velho guarda-chuva e a roupa do corpo. Deixava para trás um passado insosso vivido com Maricotinha e seis filhos. A mesmice do dia a dia já transformara tudo em paisagem.
João agora sonhava com Dolores – mulher-dama, senhora de muitos amores. Ia montar casa para elas lá pras bandas do norte. Pensava. Sorria-lhe a sorte.
O sol já ia alto quando Maricotinha acordou. Sobre o móvel viu uma folha de papel em branco e a caneta sem tinta...
Sandra Medina Costa
domingo, 4 de janeiro de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
O homem da cabeça de algodão
- Lá vem o homem da cabeça de algodão!
Era
o alerta que eu dava. E todos corríamos para a janela para vê-lo passar:
cabelos pretos, mas atrás da cabeça, um chumaço branco.
- É algodão! – gritava alguém. E
justificava que o homem, ao se trocar pela manhã, para ir ao trabalho, não vira
quando caíra uma bola de algodão que ficara grudado na cabeça.
- Não, não! É neve!
- Mas, como?! Aqui não cai neve!
- Então só pode ser alguma cinza ou
farinha de trigo! A mãe dele estava fazendo bolo – explicava a menininha.
E
por aí a estória rolava. Cada criança tinha uma explicação a dar para aquela
bola branca. E eu me deliciava com todas aquelas fantasias. Nunca tive coragem
de dizer que era apenas uma mecha de cabelos brancos, coisa comum.
E
ríamos e éramos muito felizes.
O
homem da cabeça de algodão nunca saberá que freqüentou durante muitos anos o
nosso imaginário. Ele não faz idéia de que era o nosso protagonista favorito
nas manhãs, quando íamos para a escola.
A
vida precisa ser assim: alimentada de sonhos e fantasias.
Sandra
Medina Costa
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Pra você
Pra
você:
Feliz
Ano Todo!
pois
nós já sabemos
que
o Ano é Novo
(de
novo!).
Logo,
nova
deverá ser
a
forma escolhida
para
o Ano Novo
a
gente viver.
Então,
Feliz
Ano Todo!
Feliz
Ano Sempre!
Sandra Medina Costa
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
A Oração de JANEIRO
Senhor Deus, Pai Misericordioso,
agradecemos pela bênção de mais um ano que se inicia, que esperamos ser
venturoso e marcado pela paz.
Relembrando as palavras
sempre atuais de Santo Agostinho ao nos exortar que "Não basta ser pacífico. É necessário ser 'promotor da paz'. Não basta
estar disposto a perdoar ou ignorar os inimigos, é preciso amá-los e ter
compaixão.", suplicamos ao divino Espírito Santo que nos inspire em
nossos caminhos e instrua as
pessoas de diferentes tradições religiosas e todos os homens de boa vontade para
que colaborem na promoção da paz.
Na intenção destinada à
evangelização, neste ano dedicado à vida consagrada, oramos para que as consagradas e os consagrados descubram a
alegria de seguir a Cristo e se dediquem zelosamente ao serviço dos pobres.
Juntamente com o Santo
Padre, rezemos por uma realidade de convivência pacífica para que os cristãos
possam viver livremente a sua fé. Amém.
[Imagem www.reflejosdeluz.net]
Assinar:
Postagens (Atom)