O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
ÁGUA NA TERRA DOS PÉS
Sola dos pés.
Pontos vitais.
Todo o corpo ali se encontra.
Pés no chão.
Contato com a terra.
Toda a vida ali se encontra.
Carinho
do toque
no pêlo do cachorro.
Energia da terra
no toque dos pontos vitais.
no pêlo do cachorro.
Energia da terra
no toque dos pontos vitais.
“Não
fique descalça!” “E se pisar num prego enferrujado?! Dá tétano! Morre! Tem que
tomar injeção! E dói demais!”
“Não entre na enxurrada!” “Pode ter caco de vidro e cortar o pé! E se vier uma cobra?!”
Pés sempre cobertos.
O prazer de pisar na terra enlameada
pela enxurrada depois da chuva,
não pode!
“Não entre na enxurrada!” “Pode ter caco de vidro e cortar o pé! E se vier uma cobra?!”
Pés sempre cobertos.
O prazer de pisar na terra enlameada
pela enxurrada depois da chuva,
não pode!
Água
na terra, água nos pés.
(Não
me ocorre se, antigamente, bem antigamente, havia tanta preocupação com os pés
descalços...)
Penso
na alegria do meu cachorro
e agora o entendo.
Ele teve o melhor de mim:
coração, olhos... ao alcance dos meus pés.
Também compreendo sua alegria
após o banho, a correria
pelo quintal de terra,
a despeito de nossos gritos.
e agora o entendo.
Ele teve o melhor de mim:
coração, olhos... ao alcance dos meus pés.
Também compreendo sua alegria
após o banho, a correria
pelo quintal de terra,
a despeito de nossos gritos.
Agora,
não mais sentir o pêlo quente do cachorro,
suas costas, dorso, cabeça, barriga,
através da sola dos meus pés.
Agora,
não mais aquela terra boa,
vermelha, enlameada, lisa,
os pés mergulhando na água barrenta,
os pés deslizando com suavidade
na idade suave dos meus sete anos.
não mais sentir o pêlo quente do cachorro,
suas costas, dorso, cabeça, barriga,
através da sola dos meus pés.
Agora,
não mais aquela terra boa,
vermelha, enlameada, lisa,
os pés mergulhando na água barrenta,
os pés deslizando com suavidade
na idade suave dos meus sete anos.
Penso
na felicidade da terra.
“Do pó viemos. Ao pó voltaremos.”
A força da gravidade.
A força da fé.
Daí, o prazer dos pés no chão,
a revitalização dos pontos vitais.
Um dia, o corpo inteiro...
“Do pó viemos. Ao pó voltaremos.”
A força da gravidade.
A força da fé.
Daí, o prazer dos pés no chão,
a revitalização dos pontos vitais.
Um dia, o corpo inteiro...
(...)
Doloridos,
doentes,
cansados,
feridos,
os pés talvez sintam a falta da terra.
Eles não se acostumam mais aos cremes
esfoliantes,
hidratantes,
desodorizantes,
nem à borracha das sandálias
que não deformam nem soltam as tiras,
recusam o falso couro dos sapatos
e declaram guerra aos 98% poliamida + 2% elastano + 0% algodão
das meias soquetes.
doentes,
cansados,
feridos,
os pés talvez sintam a falta da terra.
Eles não se acostumam mais aos cremes
esfoliantes,
hidratantes,
desodorizantes,
nem à borracha das sandálias
que não deformam nem soltam as tiras,
recusam o falso couro dos sapatos
e declaram guerra aos 98% poliamida + 2% elastano + 0% algodão
das meias soquetes.
Surgem
as rachaduras, a sequidão,
tal qual acontece com o leito dos rios que vão se quebrando,
esturricando, secando,
perdendo vida.
tal qual acontece com o leito dos rios que vão se quebrando,
esturricando, secando,
perdendo vida.
Água
na terra é vida.
Água (e terra) nos pés, também.
Água (e terra) nos pés, também.
Sandra
Medina Costa
[Imagem Flickr]
domingo, 28 de janeiro de 2018
sábado, 27 de janeiro de 2018
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
"Lembrar para jamais repetir."
"O que é feito não pode ser desfeito, mas podemos prevenir que aconteça novamente." (Anne Frank)
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
domingo, 21 de janeiro de 2018
sábado, 20 de janeiro de 2018
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
domingo, 14 de janeiro de 2018
RELÂMPAGOS
Relâmpagos,
límpidas luzinhas
luzidias,
reluzentes.
Lâmpadas do céu
que reluzem de repente,
acendem-apagam-acendem-apagam,
fazem barulho,
estremecem o coração da gente.
límpidas luzinhas
luzidias,
reluzentes.
Lâmpadas do céu
que reluzem de repente,
acendem-apagam-acendem-apagam,
fazem barulho,
estremecem o coração da gente.
Relâmpagos.
Gotinhas de chuva
na minha janela.
Clarão de corisco
que vejo por ela.
O trovão soa longe...
Não tenho mais medo!
É a força de Deus!
já sei o segredo.
Gotinhas de chuva
na minha janela.
Clarão de corisco
que vejo por ela.
O trovão soa longe...
Não tenho mais medo!
É a força de Deus!
já sei o segredo.
Sandra
Medina Costa
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