O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
A ELOQUÊNCIA DO SILÊNCIO
É cedo.
A manhã clara me desperta e o
silêncio vai sendo quebrado por ruídos vindos de longe.
Oro. A claridade e a luz naquele
céu de um azul tão limpo me falam da eloquência do silêncio.
Silêncio.
Fecho os olhos e medito sobre a
competência do silêncio.
Confundo-me: competência do
silêncio... eloquência do silêncio... Como distinguir?
Concentro-me. Oro.
Oro. Se pronunciar em tom
fechado, remeto-me ao espanhol e vira “ouro”.
O ouro do silêncio.
Novas lembranças.
O coral de surdos-mudos
apresentando-se na quadra numa fria manhã, “cantando”, através de gestos, o
Hino Nacional Brasileiro... Lembra?
Foi lindo. Lembro-me de dizer ao
Pe. José Maria que havia sido indescritível, emocionante, ouvir o silêncio. Ele
riu aquela risada boa, feliz.
Sandra Medina Costa
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Batata não é feijão
Analisar como pensam as crianças é experiência deliciosa, e de
ensino profundo.
Duas meninas, uma de cinco, outra de sete anos, estavam na sua
mesinha jantando. A menorzinha encontrou um grão de feijão na sopa, e disse
para a outra:
- Quando eu tiver uma semente de feijão, vou plantar no meu
canteiro.
A outra acabou de engolir a sua colherada, passou o guardanapo
na boca, e replicou:
- Feijão não tem semente. A semente é ele mesmo.
A pequenina não entendeu, e tornou:
- Então, como é que ele pode nascer, sem semente?
A outra, depois de pensar um pouco, explicou:
- Eu acho que é mesmo a terra que, um dia, vira feijão.
- Mas sem ter havido nenhuma semente, antes?
- É, mesmo sem ter havido. Ela vai se juntando, juntando, juntando,
e fica assim... num grão. - E procurou pelo prato, para ver se encontrava mais
algum.
A menorzinha não se conformou muito com essa transformação
abstrata. Foi tomando a sopa, e pensando. Depois de um pedaço de silêncio,
reatou a conversa:
- Olha, também pode ser assim: um homem faz uma bolinha
pequenina, pequenininha de massa... Depois, pinta por cima. Fica o primeiro
feijão, então. Depois, os outros nascem...
A outra menina perguntou imediatamente:
- E com que é que ele faz a massa?
- Pode ser com... batata.
- Mas batata não é feijão! - concluiu a maior, voltando a tomar
sua sopa, pensando um pouco mais no tema proposto.
As duas continuaram ali, sentadas na mesinha, sem solução para
sua dúvida, e com as cabecinhas quentes, de tanto pensar, imaginar e
questionar.
...
Quem dera pudéssemos
manter, após a idade adulta, essa curiosidade saudável e investigadora, que não
se contenta com respostas superficiais.
Quem dera pudéssemos
guardar na alma o hábito de fazer perguntas, de querer saber mais sobre isso ou
sobre aquilo.
Quem sabe, se a idade
dos porquês nunca houvesse passado, teríamos evitado aceitar tantas verdades
fabricadas, através dos anos.
Muitos deixaram de
questionar, de inquirir, aceitando tudo sem o processo indispensável do
raciocínio.
Outros tantos foram
coagidos a não pensar, a simplesmente concordar com tudo, violentados naquilo
que há de mais belo no Espírito: a liberdade de pensamento.
Sócrates foi
proclamado um dos homens mais sábios de todos os tempos, e tinha o hábito de
questionar, de descobrir o que estava por trás das coisas e das ideias.
Precisamos nós,
conquistar esta sabedoria, e desvendar o mundo de forma madura, encontrando
assim as verdades eternas que nos farão cada vez mais felizes.
Se continuarmos
aceitando que feijões podem ser feitos de batata, estaremos condenados à
estagnação do intelecto, e por conseqüência, ao engessamento moral.
Fonte:
www.reflexao.com.br (com base em
trecho da crônica Como as crianças pensam, de Cecília Meirelles, do livro
intitulado Crônicas de educação, ed. Nova Fronteira)
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Parto – a dor-alegria
Outro nome mereceria
posto que não é partida, é chegada.
Milagre do corpo em meus braços.
Sandra
Medina Costa
[Imagem Google]
sábado, 21 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Sou um mistério - Escolhas
Sou um
mistério.
(O outro é
mistério).
Deus é
mistério.
A única
certeza é a de que Ele é a força interior que
anima
(no mais
profundo significado da palavra)
a minha vida.
Por vezes me
ponho a pensar...
qual é a
força propulsora que atua em cada indivíduo
justificando
gestos e atitudes,
ações e
palavras, comportamento...
Comportamento
que revela
por
vezes suas grandezas,
por
vezes suas misérias
(como
alguém já me disse um dia).
Assusta-me
pensar,
como
indivíduo que sou,
que eu também
possa
estar sendo
alvo
de reflexões
semelhantes.
Sou mistério.
A única
certeza é que,
a cada
segundo,
devo fazer
minha escolha:
grandezas ou
misérias?
maravilhas ou
pequenez?
visto que
Deus,
sendo a força
interior a animar-me a vida,
em sua
infindável sabedoria
concede-me o
livre arbítrio.
Felicidade?
Agonia?
Sandra Medina Costa
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
Desistir?
"Desistir... eu já pensei
seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos
meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos,
do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na
minha cabeça."
Geraldo Eustáquio de Souza
domingo, 15 de fevereiro de 2015
sábado, 14 de fevereiro de 2015
A vitória mais difícil
É mais valente quem vence seus desejos do que quem vence seus inimigos; pois a vitória mais difícil é sobre si mesmo.
(Aristóteles)
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Pretérito (tão) Presente Imperfeito
Vi
de novo o brilho em seus olhos.
A
dúvida pairou no ar:
seria
eu mesma, meu reflexo?
ou
sua luz a brilhar
em
sintonia quase perfeita
com
a luz do meu olhar?
Senti
falta desse brilho,
senti
falta desse toque,
senti
falta de você.
Ouvi
sua voz em outras vozes...
Vi
você em cada canto...
Sonhei
você o tempo todo...
Vivi
você no pensamento...
(Cheguei
a ponto de ignorar propositalmente
as
concordâncias e regências verbais.)
Sandra Medina Costa
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Miniconto da madrugada
Frustrante. Seu beijo foi mais rápido que a
fala do rapaz da TV em "Este medicamento é contraindicado em casos de
suspeita de dengue".
Sandra Medina Costa
Marcadores:
História-Infância-Pessoas,
Miniconto-Haicai-Poetrix
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Vento no litoral
De tarde quero descansar, chegar até a praia
Ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui, dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
Quando vejo o mar
Existe algo que diz:
- A vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
- Ei, olha só o que eu achei:
Cavalos-marinhos
[Legião Urbana]
sábado, 7 de fevereiro de 2015
"DESTRALHE-SE"
(por
Carlos Solano)
"-Bom
dia, como tá a alegria"? Diz dona Francisca, minha faxineira rezadeira,
que acaba de chegar.
"-Antes
de dar uma benzida na casa, deixa eu te dar um abraço que preste!" e ela
me apertou.
Na
matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver;
oito ajudam a nos manter vivos; 12 fazem a vida prosperar".
Falando
nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".
Já
ouviu falar em toxinas da casa?
Pois
são:
-
objetos que você não usa,
-
roupas que você não gosta ou não usa há um ano,
-
coisas feias,
-
coisas quebradas, lascadas ou rachadas,
-
velhas cartas, bilhetes,
-
plantas mortas ou doentes,
-
recibos/jornais/revistas, antigos,
-
remédios vencidos,
-
meias velhas, furadas,
-
sapatos estragados...
Ufa,
que peso! "O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi
com dona Francisca.
"Saúde
é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a
'destralhar', ou liberar as tralhas da casa...
O
'destralhamento' é a forma mais rápida de transformar a vida e ajuda as outras
eventuais terapias.
Com
o destralhamento:
-
A saúde melhora;
-
A criatividade cresce;
-
Os relacionamentos se aprimoram...
É
comum se sentir cansado, deprimido, desanimado, em um ambiente cheio de
entulho, pois "existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que
possuímos".
Outros
possíveis efeitos do "acúmulo e da bagunça":
-
sentir-se desorganizado;
-
fracassado;
-
limitado;
-
aumento de peso;
-
apegado ao passado...
No
porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo
da vida; empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima de nós, são dores de
cabeça;
"Sob
a cama, poluem o sono".
"Oito
horas, para trabalhar; Oito horas, para descansar; Oito horas, para se cuidar."
Perguntinhas
úteis na hora de destralhar-se:
-
Por que estou guardando isso?
-
Será que tem a ver comigo hoje?
-
O que vou sentir ao liberar isto?
...e
vá fazendo pilhas separadas...
-
Para doar!
-
Para jogar fora!
Para
destralhar mais:
-
livre-se de barulhos,
-
das luzes fortes,
-
das cores berrantes,
-
dos odores químicos,
-
dos revestimentos sintéticos...
e
também...
-
libere mágoas,
-
pare de fumar,
-
diminua o uso da carne,
-
termine projetos inacabados.
"Se
deixas sair o que está em ti, o que deixas sair te salvará. Se não deixas sair
o que está em ti, o que não deixas sair te destruirá", arremata o mestre
Jesus, no evangelho de Tomé.
"Acumular
nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz
a sabedoria oriental.
O
Ocidente resiste a essa ideia e, assim, perde contato com o sagrado instante
presente.
Dona
Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e, no pé, vão ficando
docinhas com o tempo".
A
gente deveria de ser assim, ela diz: "Destralhar ajuda a adocicar."
Se
os sábios concordam, quem sou eu para discordar...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Pedaço de arco-íris
Ao longe
Não onde o sol se esconde
Brilha sublime arco-íris
Só parte dele eu bem sei
Mas para mim é o bastante
Reflete assim sua luz
Sandra Medina Costa
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Anjo
Anjo
da guarda,
Anjo
do amor,
guarda
o meu anjo
de
todo temor.
Ele
já sabe
o
que meu coração sente,
me
nega carinho
mas
seu olhar mente.
Me
toca de leve...
Me
olha de leve...
Me
ama de leve...
“subterfugiamente”.
Subterfúgia
mente
mente
subterfugiamente...
Mente
de leve.
Sorri
levemente.
E
o sonho corre solto...
E
o sono corre leve...
Sandra Medina Costa
domingo, 1 de fevereiro de 2015
A Oração de FEVEREIRO
Ó Deus,
Pai de amor e bondade, louvado seja vosso santo
e poderoso nome! Neste mês que nos introduz na Quaresma - período que
nos impele ao recolhimento em oração e
penitência -, oramos por aqueles que se encontram reclusos, especialmente os
jovens, para que, amparados pela conversão e arrependimento, recebam de vós o
perdão e tenham a
possibilidade de reconstruir a sua vida com dignidade. Suplicamos também pelos
corações que se encontram distanciados pela separação. Que recebam acolhimento
e apoio na comunidade cristã. Para que possamos testemunhar com leveza
vossa presença constante ao nosso lado, sustentai-nos, Senhor. Que estejamos
sempre firmes
no propósito de fazer de nosso coração um campo limpo, livre e seguro, onde vosso
Espírito de Amor possa pousar e permanecer. Amém.
Sandra Medina Costa
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