É cedo.
A manhã clara me desperta e o
silêncio vai sendo quebrado por ruídos vindos de longe.
Oro. A claridade e a luz naquele
céu de um azul tão limpo me falam da eloquência do silêncio.
Silêncio.
Fecho os olhos e medito sobre a
competência do silêncio.
Confundo-me: competência do
silêncio... eloquência do silêncio... Como distinguir?
Concentro-me. Oro.
Oro. Se pronunciar em tom
fechado, remeto-me ao espanhol e vira “ouro”.
O ouro do silêncio.
Novas lembranças.
O coral de surdos-mudos
apresentando-se na quadra numa fria manhã, “cantando”, através de gestos, o
Hino Nacional Brasileiro... Lembra?
Foi lindo. Lembro-me de dizer ao
Pe. José Maria que havia sido indescritível, emocionante, ouvir o silêncio. Ele
riu aquela risada boa, feliz.
Sandra Medina Costa
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