sexta-feira, 30 de maio de 2014

quarta-feira, 28 de maio de 2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

Que sintonia perfeita é essa?


Que sintonia perfeita é essa
que me deixa extasiada?
Olhar doce, sorriso faceiro,
de pequeno ou por inteiro...
E eu fico feliz à beça
aqui, emocionada.
Será que só eu olho e sorrio de volta?


Sandra Medina Costa

segunda-feira, 26 de maio de 2014

FECHA-A-PORTA-MARIA...


“Fecha-a-porta-maria-que-o-boi-invém!”
A frase era dita com imensa alegria
e, ao mesmo tempo, a mão batia, escorria,
pelas folhas verdes da moita da planta,
a que dávamos o mesmo nome.
E a mágica acontecia:
uma a uma,
as folhas iam se fechando
sozinhas!
Mesmo o boi não aparecendo,
elas não se abriam...

Quis o destino mais tarde,
que eu já madura
(Criança adormecida na alma)
fosse morar numa linda e colorida casa
construída naquele mesmo pedaço de terra,
onde, outrora, havia pés e mais pés de
fecha-a-porta-maria-que-o-boi-invém...


Sandra Medina Costa.

domingo, 25 de maio de 2014

Olhar


"O ouvido é mudo, a boca é surda; mas o olho ouve e fala. Nele se reflete de fora, o mundo, de dentro, o homem." GOETHE

Chega a noite


sábado, 24 de maio de 2014

Essência


"Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa..."
Rubem Alves

sexta-feira, 23 de maio de 2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Santa Rita


Rita
          de Cássia
          de Minas
          santa, mulher, mãe...
Que mistérios divinos
          teus olhos vislumbram
          em tão franca adoração?
Creio ser o amor do Pai
          bondoso a sinalizar-te
          que nem a pesada cruz
          poderá desviar-te
          do teu caminho de luz.
Pois em Cássia ou em Minas,
          nós – mulheres, mães, meninas –
          sentimos forte o teu chamado
          para caminhar lado a lado
          crendo na Luz Maior, luz divina
          que a tudo e todos ilumina.

Hoje, 22 de maio,
comemoramos o dia
a ti, então, dedicado.
Trazemos singelas rosas
com fé, carinho e alegria,
e o coração de amor enlevado.


Sandra Medina Costa

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Praia de Apuã

Que nada mais me surpreenda, Senhor,
a não ser a beleza de Tua Criação.

Diante de mim
uma praia de corais (não há areia)
e um mar que se divide em dois

Primeiro, a água do rio, represada
por uma barreira de corais.
Vem depois a outra parte:
um imenso oceano ciano
(seria esta a palavra a definir
a mistura de verde e azul?)

O vento que sopra em meu rosto
se mistura à minha respiração.
Será uma ruptura?
Criador – criatura...
vento – respiração.;..
ou mistura?

Na praia de corais (não de areia!)
me deparo com uma caverna.
Por Deus, será eterna?!
Os raios do sol da tardinha
deixam entrever uma água
            cristalinha,
            cristalinda,
            cristalina,
que balança, estremece,
conforme a maré que chega,
ou a gota d’água que desce.

A cada olhar, uma descoberta!
E a coisa mais certa
é que essa caverna
magicamente criada
por formações rochosas de cristais,
meu Deus, é demais!

As grandes pedras se sobrepõem
de tal forma e encantamento,
que sumiram no ar os problemas...
Acabou-se o meu tormento?

Contrastando com a praia, na beira,
uma pequena castanheira,
meu olhar fixa, esguelha:
pois ela ostenta entre o seu verde
três ou quatro folhas vermelhas.

Sandra Medina Costa
Santa Cruz Cabrália – BA, 21 de dezembro de 2008

terça-feira, 20 de maio de 2014

Eu, prendedor de roupa


Eu, prendedor de roupa,
Exposto que sou nas manhãs
De tempo nublado ou de sol,
Sei, sou coisa pouca:
Apenas um prendedor de roupa
Preso à toalha, ao lençol,
Estendido num varal qualquer
Frente às intempéries da vida,
Vento, sol, cachorro, mulher...

Às vezes, ali permaneço
Sofrendo a ação do tempo.
Noutras, me desconheço,
Destroçado, jogado ao relento.
Bom mesmo se bem cuidado
Sou recolhido e guardado.

E foi numa tarde dessas,
Em que o vento castigava,
Que me ensinaram o valor
Que ali eu representava.

Olhe-me com atenção!
Veja bem o meu formato:
Sou só mais um objeto?
Ou duas pessoas de fato
Que estão de pé, frente a frente,
Bem juntas e se olhando,
Com um pequeno fio de arame
Que as enlaça, força lhes dando?

Essa força a que me refiro
(o fio do prendedor)
Nos torna fortes se o que nos une
É a fé, é o amor.

Se tirarmos o fio de arame,
O prendedor perde a função.
Se nos faltam os sentimentos,
A vida é vazia, sem qualquer razão.


Sandra Medina Costa

segunda-feira, 19 de maio de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

sábado, 17 de maio de 2014

RECADO


            O frio

            O olhar
            O beijo
            O sorriso
            O olhar...

            Manhã fria de sábado.
            O sol meio tímido também parecia sentir o frio daquela manhã, lançando uns raiozinhos tímidos de luz.
            Vez por outra, uma pequena rajada de vento me invadia, arrepiando o corpo, o coração... As suas batidas, nessa hora, confundiam-se com o tremor do corpo, ávido pelo calor da alma.
            E ele veio. Parecia a Luz em pessoa. Ladeado do amor de mãe e de pai, a princípio meio indiferentes ao frio que eu, cá no fundo, imaginei que ele estivesse sentindo.
            “Mãe dele, Pai dele! Esse neném precisa ficar no colo. Está muito frio!” – clamei silenciosamente.
            Como a ler meu pensamento, ele me olhou com ar divino, lá do carrinho onde estava, lançou-me um beijo (daqueles que só os anjos sabem dar!) e sorriu pra mim de um jeito que não sei descrever. Um sorriso que me pareceu eterno.
            Ficamos nos olhando e sorrindo um para o outro, enquanto ele passava em seu carrinho de bebê, até perder-se ao longe.
            Quando dei por mim, estava ali, no ponto do ônibus, as lágrimas escorriam soltas, suaves, como a me lavar a alma.
            Era um recado de Deus: um amor gratuito, tão natural como viver e respirar, é assim. Mexe com a gente, balança, traz à vida. Precisa ser prática mútua e diária. Obrigada, Senhor!


Sandra Medina Costa

[Imagem Google]

quinta-feira, 15 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Tenho uma coisa pra contar...


Bendita Língua: Uma palavra, alguma polêmica

Bendita Língua: Uma palavra, alguma polêmica: Walter Rossignoli *  “Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem-feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida...

terça-feira, 13 de maio de 2014

segunda-feira, 12 de maio de 2014

MEUS PÉS


Nara Rúbia Ribeiro

Aquieta-te.
Há uma estrela a morrer nos céus.
Pingos de chuva escorregaram da nuvem
E a flor do jardim das eras
Desbotara
Senil.
Ouça o silêncio que paira
E sinta a respiração ofegante dos pássaros
E o desalento dos pirilampos
E a serenidade das borboletas mortas.
Os meus pés o sentem,
Andarilhos a sangrar o passado.
Eles gotejam o infinito:

Saudade.

[Imagem Google]

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das Mães


Sou teu, mãe!


Sou teu, mãe!
E, para ter certeza,
seguro com firmeza
o que meus dedinhos alcançam!

Passei meses na espera
de ver o teu rosto, eu juro!
Divina aliança de amor

que me mantém tão seguro.

Sandra Medina Costa

[Imagem: Ana Paula e Henrique]

Flor Mamãe


Composição: Júlio Louzada - Jorge Gonçalves

Andei por todos os jardins
Procurando uma flor pra te ofertar
Em lugar algum eu encontrei
A flor... perfeita pra te dar

Ninguem sabia onde estava
Essa flor mimosa perfeição
Ela se chama flor mamãe
E só nasce no jardim do coração

Enfeita, nossos sonhos
Perfuma, nossa ilusão
Flor divina, que eu suponho
Faz milagres em oração


Nesse dia, de carinho
Quero sentir lá no peito
Inebriando minha alma
Flor mamãe, amor perfeito

Só um dia?


sábado, 10 de maio de 2014

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O que amo quando amo?


O que amo quando amo?
Se aos quatro ventos proclamo
Que casar é bom,
Não reclamo.

Amei seus olhos
Quando eram verdes
Ou cor de folha seca
Amo ver seus olhos negros
Esperando que amadureçam
Em mim a criança escondida,
Desencantada da vida
Que por vezes a faz chorar.

Amo o caminho que traço
Fragmentos de luz
Em pedaços
Que o sol por vezes traduz
Em minhas manhãs tão claras.

O que amo quando amo?

Amo as flores da Av. Olinto Meireles,
Beijo-as em pensamento,
Agradeço pela beleza
Que desfaz o meu tormento.

E o milagre ali acontece
Num mágico revés
A flor se despenca do alto
Voa suave,
sozinha
E vem cair aos meus pés.


Sandra Medina Costa

quinta-feira, 8 de maio de 2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mar


Mar revolto
          ondas remotas
          eu de volta
Pensamento solto,
Sorridente, maroto...
          Saudades mortas

Amoras perfeitas,
Amores-perfeitos,
Sonhos desfeitos
          Amores sem rumo,
          navios a prumo
          me mostram um resumo
          do que vem sendo minha vida.

E o ar fica leve
A brisa sopra suave
O mar encontra o céu
e me confunde, meu Deus!

Caminho na areia revolta
pelas ondas que vêm e se vão.
Minha estrada, sob os pés tão solta,
passa depressa, acelera meu coração.

Volto à praia e
me certifico que ele está lá: o mar.
Ora verde, ora azul,
ora calmo, ora agitado.
O mar ora, ora!
E essa descoberta me surpreende.
Também oro.

Porque o mar, nessas horas, me lembra meu pai
(eu nunca soube se meu pai orava).
Sei que gostava de mar, de rio...
de água... gostava tanto
que, de tanto amar,
um dia uniu-se de vez a ela.
É uma constatação que me surpreende.
De novo.
Quero amar o mar,
mas não a ponto de a ele me entregar.
Mar é só pra ser visto,
admirado, sentido, tocado,
reverenciado como uma das grandes criações divinas.
Assim me sinto mais menina.

Aquela menina que um dia
viu o mar, sentiu a maresia,
comeu camarão seco
espalhado numa peneira ou bacia,
entrou no mar e se encantou.
− O mar é bom! pensava.
− O mar é meu amor! disse um dia,
quando voltou, depois de adulta,
a pisar a areia fria.
− O mar é bom! pensou de novo.


Sandra Medina Costa

[Imagem Google]

segunda-feira, 5 de maio de 2014

domingo, 4 de maio de 2014

sábado, 3 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Perfeição


Vila Velha / ES, 10 de julho de 2008.

Hoje, 10/07/08...
Somados de qualquer jeito
para se chegar ao número perfeito,
número de um só algarismo,
o resultado se repete:
é sempre o número sete!
            Perfeição que se faz presente hoje
            diante daquele mar imenso,
            no horizonte se encontrando com o céu.
Orei a Deus.
Agradeci por toda aquela imensidão de vida.
Perfeição indomável
que nos coloca tal qual grão de areia
que se deixa levar
pelas mãos de Deus.
            Ah, mar,
            que me atrai, grandioso,
            banhando meus pés, amoroso,
            como se fora um batismo de Deus.
A cada vez que aqui venho,
toda vez que tímida adentro
a beirada de suas águas espumantes,
o reflexo do contato
me sobe à mente.
            E é nesse momento que louvo,
            que agradeço a Deus
            e peço sua bênção.
Ah, mar, me ensine
a amar de novo,
reaprender a ser forte,
acordar meus sonhos de outrora
e realizá-los quando for a hora...
A hora de meu Deus.

Sandra Medina Costa.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

A oração de MAIO


Senhor, que a ressurreição de vosso Filho suscite em mim ânimo e compromisso. Que a alegria pascal encha-me de coragem e profecia para levar a Boa-Nova em todos os cantos deste mundo. Que neste mês terno e materno a vossa Mãe e Virgem Maria ajude-me a fazer a travessia para novos tempos, sem separar espírito e afeto. Que todas as mães sejam percebidas como o próprio Deus arrumando a casa. Que na ladainha de minha devota prece, São Filipe, São Tiago Menor e São Matias sejam intercessores de meu apostolado, para que eu leve uma palavra de fé, de justiça, de esperança, de paz. Que eu leve ao mundo, a todos os seres e a toda humana criatura a palavra da verdade!  Amém!


Frei Vitório Mazzuco, OFM - Petrópolis/RJ - Folhinha do Sagrado Coração de Jesus