terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Poema da Amizade

A amizade torna os fardos mais leves
porque os divide pelo meio.
A amizade intensifica as alegrias,
elevando ao quadrado, na matemática do coração.
A amizade esvazia o sofrimento
porque a simples lembrança do amigo
acalma com jeito de talco na ferida.
A amizade ameniza as tarefas difíceis
porque a gente não as realiza sozinho:
são dois cérebros pensando e quatro braços agindo.
A amizade diminui distâncias.
Embora longe, o amigo é alguém perto de nós.
A amizade enseja confidências redentoras;
problema partilhado, percalço amaciado,
felicidade repartida, ventura acrescida.
A amizade coloca música e
poesia na banalidade do cotidiano.
A amizade é a doce canção da vida
e a poesia da eternidade.
O amigo é a outra metade da gente; o lado claro e melhor.
Sempre que encontramos um amigo,
encontramos um pouco mais de nós mesmos.
O amigo revê, desvenda, conforta.
É uma porta sempre aberta em qualquer situação.
O amigo, na hora certa, é sol ao meio-dia,
estrela na escuridão.
O amigo é bússola e rota no oceano,
porto seguro na tribulação.
O amigo é o milagre do calor humano
que Deus opera num coração.

Richard Djemyss


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domingo, 9 de dezembro de 2012

Família e Natal

Família
Laboratório de amor e de tolerância,
projeto divino.
Laboratório de união e respeito às diferenças,
projeto divino.
Lugar de comum-união,
comunhão fraterna.
Exercício do amor de Deus
para que o Natal se faça todos os dias.

Sandra Medina Costa

[Imagem Google]

domingo, 2 de dezembro de 2012

Mensagens

“Comecem o dia com Amor. Encham o dia com Amor. Passem o dia com Amor. Terminem o dia com Amor.”

“Ponha teto em seus desejos. Cultivar o contentamento (a melhor terapia contra a ansiedade) purifica o coração.”

“Quando alguém insultar, difamar e ignorar você, aceite-o com um sorriso.”

“Não vitrinize suas práticas espirituais na praça do mercado como fazem alguns tolos. Não anseie por aprovação e admiração partidas do público.”

“Se você critica a fé dos demais, sua devoção é falsa. Se você fosse sincero apreciaria a sinceridade dos outros. Você vê erros nos outros porque você mesmo os tem.”

“O primeiro sinal de vida espiritual é o desapego.”

“Nosso falar deve ser ameno, gentil, amoroso e sempre a serviço do bem, do amor e da verdade.”

“As formas devocionais de maior adequação a esta hora da humanidade são cânticos, que exaltem o Divino Nome e a Forma Divina que cada um eleja.”

“Utilize o mundo como uma área de treinamento para o sacrifício, serviços de expansão do coração e purificação das emoções. Este é o seu único valor.”

(Sai Baba)

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A oração de DEZEMBRO

Jesus, Deus Menino, com São Francisco de Assis quero celebrar seu santo Natal. Contemplá-lo no presépio, na família, no coração das pessoas. Cantar com os anjos glória a Deus nas alturas e pedir paz a toda criatura humana de boa vontade, por Ele amada. Menino Jesus, que todo lar se transforme em nova Belém, que o mundo inteiro sinta a ternura do seu amável Coração divino-humano e, neste Natal, elimine a discórdia, a tristeza, a violência, e semeie amorosamente a união, a alegria e a paz. Amém!

Frei Agostinho Salvador Piccolo, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Passa uma Borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro [FERNANDO PESSOA]

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O futuro do presente é ser passado

O futuro do presente é ser passado
a limpo
para trás
para frente
Coração distante destoa
no instante à toa
a razão se esvai
e as palavras gritam
e as pessoas sofrem
e o amor chora
O presente dói.
Mas o futuro do presente
é ser passado.
Afinal, como disse o poeta*,
“O que (se) foi é (s)ido”.
Natal por vir
Natal porvir
Advento
Há de vir
de viés
sem métrica
sem rima
Corações se distanciaram.
Por ora
há o consolo da esperança
de se fazer silêncio
pra se ouvir a voz que clama.
Paz. Perdão. Harmonia.

Sandra Medina Costa
Contagem, 22 de novembro de 2012.

* Arnaldo Antunes

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terça-feira, 20 de novembro de 2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SERENIDADE

Somos sementes
Somos momentos
Somos instantes
Brandura, candura pura
Face serena, escura
Olhar horizontemente perdido
No instante
Na mente
No momento
Serena idade

Sandra Medina Costa

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A oração de NOVEMBRO

Senhor, Deus de amor e de bondade. Neste mês de novembro agradeço pela graça da recordação. Recordar significa trazer novamente ao coração as lembranças marcantes da vida. Quero recordar, neste ano que já se aproxima do fim, todos os momentos vividos sob vosso olhar atento e cuidadoso. Muito obrigado, Senhor! Desejo lembrar também, com muito carinho e muita saudade, por ocasião do “Dia de Finados” que se aproxima, de todas as pessoas maravilhosas com quem tive a graça de conviver e que hoje habitam na glória da plenitude, junto de vós. Como é bom trazer no coração todas estas lembranças queridas, afinal: “Recordar é viver!”

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus
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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SOLIDARIEDADE


Rubem Alves
“Se te perguntarem quem era essa que às areias e gelos quis ensinar a primavera...”: é assim que Cecília Meireles inicia um dos seus poemas. Ensinar primavera às areias e gelos é coisa difícil. Gelos e areias nada sabem sobre primaveras... Pois eu desejaria saber ensinar a solidariedade a quem nada sabe sobre ela. O mundo seria melhor. Mas como ensiná-la? Será possível ensinar a beleza de uma sonata de Mozart a um surdo? Como? - se ele não ouve. E poderei ensinar a beleza das telas de Monet a um cego? De que pedagogia irei me valer para comunicar cores e formas a quem não vê? Há coisas que não podem ser ensinadas. Há coisas que estão além das palavras. Os cientistas, filósofos e professores são aqueles que se dedicam a ensinar as coisas que podem ser ensinadas. Coisas que podem ser ensinadas são aquelas que podem ser ditas. Sobre a solidariedade muitas coisas podem ser ditas. Por exemplo: acho possível desenvolver uma psicologia da solidariedade. Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, filosoficamente, uma ética da solidariedade... Mas os saberes científicos e filosóficos da solidariedade não ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a beleza da música e da pintura. A beleza é inefável; está além das palavras. Palavras que ensinam são gaiolas para pássaros engaioláveis. Os saberes, todos eles, são pássaros engaiolados. Mas a solidariedade é um pássaro que não pode ser engaiolado. Ela não pode ser dita. A solidariedade pertence a uma classe de pássaros que só existem em voo. Engaiolados, esses pássaros morrem. A beleza é um desses pássaros. A beleza está além das palavras. Walt Whitman tinha consciência disso quando disse: “Sermões e lógicas jamais convencem. O peso da noite cala bem mais fundo em minha alma...” Ele conhecia os limites das suas próprias palavras. E Fernando Pessoa sabia que aquilo que o poeta quer comunicar não se encontra nas palavras que ele diz: ela aparece nos espaços vazios que se abrem entre elas, as palavras. Nesse espaço vazio se ouve uma música. Mas essa música - de onde vem ela se não foi o poeta que a tocou? Não é possível fazer uma prova colegial sobre a beleza porque ela não é um conhecimento. E nem é possível comandar a emoção diante da beleza. Somente atos podem ser comandados. Ordinário! Marche!", o sargento ordena. Os recrutas obedecem. Marcham. À ordem segue-se o ato. Mas sentimentos não podem ser comandados. Não posso ordenar que alguém sinta a beleza que estou sentindo. O que pode ser ensinado são as coisas que moram no mundo de fora: astronomia, física, química, gramática, anatomia, números, letras, palavras. Mas há coisas que não estão do lado de fora. Coisas que moram dentro do corpo. Enterradas na carne, como se fossem SEMENTES À ESPERA... Sim, sim! Imagine isso: o corpo como um grande canteiro! Nele se encontram, adormecidas, em estado de latência, as mais variadas sementes - lembre-se da estória da Bela Adormecida! Elas poderão acordar, brotar. Mas poderão também não brotar. Tudo depende... As sementes não brotarão se sobre elas houver uma pedra. E também pode acontecer que, depois de brotar, elas sejam arrancadas... De fato, muitas plantas precisam ser arrancadas, antes que cresçam. Nos jardins há pragas: tiriricas, picões... Uma dessas sementes tem o nome de “solidariedade”. A solidariedade não é uma entidade do mundo de fora, ao lado de estrelas, pedras, mercadorias, dinheiro, contratos. Se ela fosse uma entidade do mundo de fora ela poderia ser ensinada. A solidariedade é uma entidade do mundo interior. Solidariedade nem se ensina, nem se ordena, nem se produz. A solidariedade, semente, tem de nascer. Veja o ipê florido! Nasceu de uma semente. Depois de crescer não será necessária nenhuma técnica, nenhum estímulo, nenhum truque para que ele floresça. Angelus Silésius, místico antigo, tem um verso que diz: “A rosa não tem por quês. Ela floresce porque floresce.” O ipê floresce porque floresce. Seu florescer é um simples transbordar natural da sua verdade. A solidariedade é como o ipê: nasce e floresce. Mas não em decorrência de mandamentos éticos ou religiosos. Não se pode ordenar: “Seja solidário!” Ela acontece como simples transbordamento. Da mesma forma como o poema é um transbordamento da alma do poeta e a canção um transbordamento da alma do compositor... Disse que solidariedade é um sentimento. É esse o sentimento que nos torna humanos. É um sentimento estranho - que perturba nossos próprios sentimentos. A solidariedade me faz sentir sentimentos que não são meus, que são de um outro. Acontece assim: eu vejo uma criança vendendo balas num semáforo. Ela me pede que eu compre um pacotinho das suas balas. Eu e a criança - dois corpos separados e distintos. Mas, ao olhar para ela, estremeço: algo em mim me faz imaginar aquilo que ela está sentindo. E então, por uma magia inexplicável, esse sentimento imaginado se aloja junto aos meus próprios sentimentos. Na verdade, desaloja meus sentimentos, pois eu vinha vindo, no meu carro, com sentimentos leves e alegres, e agora esse novo sentimento se coloca no lugar deles. O que sinto não são meus sentimentos. Foi-se a leveza e a alegria que me faziam cantar. Agora, são os sentimentos daquele menino que estão dentro de mim. Meu corpo sofre uma transformação: ele não é mais limitado pela pele que o cobre. Expande-se. Ele está agora ligado a um outro corpo que passa a ser parte dele mesmo. Isso não acontece nem por decisão racional, nem por convicção religiosa e nem por um mandamento ético. É o jeito natural de ser do meu próprio corpo, movido pela solidariedade. Acho que esse é o sentido do dito de Jesus que temos de amar o próximo como amamos a nós mesmos. Pela magia do sentimento de solidariedade o meu corpo passa a ser morada do outro. É assim que acontece a bondade. Mas fica pendente a pergunta inicial: como ensinar primaveras a gelos e areias? Para isso as palavras do conhecimento são inúteis. Seria necessário fazer nascer ipês no meio dos gelos e das areias! E eu só conheço uma palavra que tem esse poder: a palavra dos poetas. Ensinar solidariedade? Que se façam ouvir as palavras dos poetas nas igrejas, nas escolas, nas empresas, nas casas, na televisão, nos bares, nas reuniões políticas, e, principalmente, na solidão... O menino me olhou com olhos suplicantes. E, de repente, eu era um menino que olhava com olhos suplicantes...
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Plataforma Terráqueos

 
Sou Terráqueos porque “nada do que é humano me é indiferente”, pois “todos somos próximos uns dos outros pela condição do nascimento terreno...”. Com essas palavras de Agostinho me vem a confiança neste espaço de mobilização pelas pessoas, pelo planeta, pelos animais.

Sandra Medina Costa

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Semear

[Fonte: Google]

A oração de OUTUBRO

O jovem Francisco, nos seus 23 anos, buscando pressuroso um ideal de vida, diante do Crucifixo da igrejinha de São Damião, nos arredores de Assis, rezou esta inspirada oração; que se torne também fonte de inspiração para nossa caminhada: “Altíssimo e glorioso Deus, iluminai as trevas do meu coração. Dai-me uma fé reta, esperança certa e caridade perfeita. Dai-me, Senhor, sensibilidade e discernimento. A fim de que eu cumpra [generosamente] a vossa santíssima vontade”. Amém!
Frei Agostinho Salvador Piccolo, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

[Imagem Google]

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cavalo e charrete

O som dos cascos

No chão de pedra.

Prazer nefasto,

Coração de pedra.

Sandra medina Costa
Em 28/08/2012

[Imagem Google]

terça-feira, 18 de setembro de 2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Não quero minh’alma morta


Não quero minh’alma morta
Na indiferença ao outro
Na diferença que inexiste
Nos gestos, olhares rotos.

Não quero minh’alma morta
No ego ferido e sangrado
Pelo enganoso orgulho
Que se julga inquebrantável.

Quero o exercício sublime
Das virtudes que embelezam
A um e a outro por igual

Meu coração se comprime.
Minha alma se redime.
Perdão. Não quero seu mal.

Sandra Medina Costa

[Imagem Google]

domingo, 9 de setembro de 2012

sábado, 1 de setembro de 2012

Lembrete

[Imagem Google]

A oração de SETEMBRO



Senhor, nosso Deus, o mês de setembro tradicionalmente é conhecido como o “Mês da Bíblia”. Por isso, ao iniciá-lo, venho pedir que possais semear em meu coração um amor incondicional e um interesse cada vez maior pela vossa Palavra. Eu possa, na minha vida cristã, trazer sempre a Bíblia nas mãos e no coração, buscando nela consolo na angústia, respostas nos momentos de dúvida e força nas horas de desânimo. Vossa Palavra seja luz a iluminar os meus caminhos, fonte inesgotável de ensinamentos a guiar meus passos e minhas decisões. Obrigado, Senhor, pelo dom de vossa Palavra de vida e salvação. “A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo”.

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM – Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

[Imagem Google]

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Dia de Santo Agostinho

Se dentro de ti está o amor, nenhuma outra coisa senão o bem poderá sair de tal raiz.
Santo Agostinho

[Imagem: reflejosdeluz.net]

Prazeres da “melhor idade”


Prazeres da “melhor idade”

RUY CASTRO

A voz em Congonhas anunciou: “Clientes com necessidades especiais, crianças de colo, melhor idade, gestantes e portadores do cartão tal terão preferência etc.”. Num rápido exercício intelectual, concluí que, não tendo necessidades especiais, nem sendo criança de colo, gestante ou portador do dito cartão, só me restava a “melhor idade” – algo entre os 60 anos e a morte.

Para os que ainda não chegaram a ela, “melhor idade” é quando você pensa duas vezes antes de se abaixar para pegar o lápis que deixou cair e, se ninguém estiver olhando, chuta-o para debaixo da mesa. Ou, tendo atravessado a rua fora da faixa, arrepende-se no meio do caminho porque o sinal abriu e agora terá de correr para salvar a vida. Ou quando o singelo ato de dar o laço no pé esquerdo do sapato equivale, segundo o João Ubaldo Ribeiro, a uma modalidade olímpica.

Privilégios da “melhor idade” são o ressecamento da pele, a osteoporose, as placas de gordura no coração, a pressão lembrando placar de basquete americano, a falência dos neurônios, as baixas de visão e audição, a falta de ar, a queda de cabelo, a tendência à obesidade e as disfunções sexuais.
Ou seja, nós, da “melhor idade”, estamos com tudo, e os demais podem ir lamber sabão.


Outra característica da “melhor idade” é a disponibilidade de seus membros para tomar as montanhas de Rivotril, Lexotan e Frontal que seus médicos lhes receitam e depois não conseguem retirar.

Outro dia, bem cedo, um jovem casal cruzou comigo no Leblon. Talvez vendo em mim um pterodáctilo da clássica boemia carioca, o rapaz perguntou:

- Voltando da farra, Ruy? Respondi, eufórico:
- Que nada! Estou voltando da farmácia!. E esta, de fato, é uma grande vantagem da “melhor idade”: você extrai prazer de qualquer lugar a que ainda consiga ir.


Primeiro, a aposentadoria é pouca e você tem que continuar a trabalhar para melhorar as coisas.
Depois vem a condução.
Você fica exposto no ponto do ônibus com o braço levantado esperando que algum motorista de ônibus te dê uns 60 anos.
Olha… a analise dele é rápida. Leva uns 20 metros e, quando pára, tem a discussão se você tem mais de 60 ou não.


No outro dia entrei no ônibus e fui dizendo:

- Sou deficiente.

O motorista me olhou de cima em baixo e perguntou:

- Que deficiência você tem?

- Sou broxa!

Ele deu uma gargalhada e eu entrei.

Logo apareceu alguém para me indicar um remédio. Algumas mulheres curiosas ficaram me olhando e rindo… Eu disse bem baixinho para uma delas:

- Uma mentirinha que me economizou R$ 3,00, não fica triste não.

Bem… fui até a pedra do Arpoador ver o por do sol.
Subi na pedra e pensei em cumprir a frase. Logicamente velho tem mais dificuldade. Querem saber?
Primeiro, tem sempre alguém que quer te ajudar a subir: ” Dá a mão aqui, senhor!!! ”
Hum, dá a mão é o cacete, penso, mas o que sai é um risinho meio sem graça.
Sentar na pedra e olhar a paisagem.
É, mas a pedra é dura e velho já perdeu a bunda e quando senta sente os ossos em cima da pedra, o que me faz ter que trocar de posição a toda hora.


Para ver a paisagem não pode deixar de levar os óculos se não, nada vê.
Resolvo ficar de pé para economizar os ossos da bunda e logo passa um idiota e diz:


- O senhor está muito na beira pode ter uma tontura e cair.

Resmungo entre dentes: … “só se cair em cima da sua mãe”… mas, dou um risinho e digo que está tudo bem.

Esta titica deste sol esta demorando a descer, então eu é que vou descer, meus pés já estão doendo e o sol nada.
Vou pensando – enquanto desço e o sol não – Volto de metrô é mais rápido..


Já no metrô, me encaminho para a roleta dos idosos, e lá esta um puto de um guarda que fez curso, sei eu em que faculdade, que tem um olho crítico de consegue saber a idade de todo mundo.
Olha sério para mim, segura a roleta e diz:


- O senhor não tem 65 anos, tem que pagar a passagem.

A esta altura do campeonato eu já me sinto com 90, mas quando ele me reconhece mais moço, me irrompe um fio de alegria e vou todo serelepe comprar o ingresso.

Com os pés doendo fico em pé, já nem lembro do sol, se baixou ou não dane-se. Só quero chegar em casa e tirar os sapatos…

Lá estou eu mergulhado em meus profundos pensamentos, uma ligeira dor de barriga se aconchega… Durante o trajeto não fui suficientemente rápido para sentar nos lugares que esvaziavam…
Desisti… lá pelo centro da cidade, eu me segurando, dei de olhos com uma menina de uns 25 anos que me encarava… Me senti o máximo. Me aprumei todo, estufei o peito, fiz força no braço para o bíceps crescer e a pelanca ficar mais rígida, fiquei uns 3 dias mais jovem.


Quando já contente, pelo menos com o flerte, ela ameaçou falar alguma coisa, meu coração palpitou. É agora…
Joguei um olhar 32 ( aquele olhar de Zé Bonitinho) ela pegou na minha mão e disse:


- O senhor não quer sentar? Me parece tão cansado?

Melhor Idade???

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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Nossa Senhora Rainha


Nossa Senhora Rainha,
Doçura de mãe tão minha,
Bendigo a Deus por teu amor.
Ó mãe de Nosso Senhor!
 
Nesta tarde abençoada,
Rogo-te saúde e paz na lida.
Agradeço por ser amada.
Agradeço por ser ouvida.
 
Sandra Medina Costa

[Imagem reflejosdeluz.net]

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A oração de AGOSTO

Os evangelistas Mateus (17,1-5), Marcos (9,2-7) e Lucas (9,28-35) narram o episódio da Transfiguração de Jesus no Monte Tabor diante dos seus discípulos Pedro, Tiago e João. Jesus, Mestre e Amigo, seu rosto brilhou como o sol e suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Faça que ouçamos a sua voz – como o Pai Celeste recomendou. Que sintamos como é bom estarmos na sua companhia, que nos transfiguremos, encontrando-o na Sagrada Escritura, recebendo-o na Eucaristia, acolhendo-o no amor aos nossos irmãos e irmãs. Renove, transfigure, Senhor, este mundo que é seu. Amém!
Frei Agostinho Salvador Piccolo, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus
[Imagem Google]

domingo, 29 de julho de 2012

Meu abraço, minha bênção.

Recebi teu carinho,
teus braços me buscando,
tua cabeça repousando
docemente em meu ombro esquerdo.

Suave descanso de Deus.

Minutos? Durou quanto tempo
a magia daquele momento?
Inocente o calor
do amor puro de criança
inebria-me a lembrança.

Suave bênção, aconchego de Deus.

Bruno
de Priscila
de Maria.
(Nunca me viu...
sempre me amou?)

Teus bracinhos ao redor do meu pescoço,
o breve sono em meu ombro,
mais me pareceu
saudade de um tempo distante,
longínquo que, decerto,
a gente viveu.

Que Deus te abençoe e ilumine teus caminhos!

Sandra Medina Costa
Contagem, 20 de junho de 2012 – Dia do Amigo

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Fale ao motorista somente o indispensável




Perdi o 402. Um tempo longo até vir outro. Lá na frente a mulher de sempre fala ao motorista. Nunca entendi o aviso. Quem é o indispensável?

Sandra Medina Costa
Contagem, 11 de maio de 2012

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Coração inquieto

Coração inquieto
mente ávido de sonho.
Anseia por libertar-se
do autoengano.

Coração inquieto.
Mente ávida de sono
anseia por libertar-se
do desengano.

Sandra Medina Costa
Contagem, 13 de junho/25 de julho de 2012

[Imagem Google]

"Se creres, verás a glória de Deus."

Eu vi, Senhor,
minhas preces ouvidas,
atendidas, realizadas,
intercedidas.

Eu vi, Senhor,
Teu amor no semblante,
no riso, no abraço,
na palavra confiante.

Eu vi, Senhor,
Tua luz na luz do dia,
no brilho espalhado, espelhado,
no céu noturno de outono.

Sandra Medina Costa
Contagem, 13 de junho de 2012.

[Imagem Google]

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O que significa AMIZADE?

Um professor perguntou, certa vez, a um de seus alunos qual era o significado da palavra amigo. O menino não soube, de pronto, responder. Ficou, por alguns momentos, em silêncio e, por fim, repetiu a palavra amigo separando devagar as sílabas O professor, porém, insistiu:
- Vamos! Responda-me. Que significa a palavra amigo?
Ao fim de dois ou três minutos, então, o jovem respondeu:
- Penso que amigo é uma pessoa que nos conhece perfeitamente, sabe da nossa vida e, apesar de tudo, ainda nos quer muito bem!
- Bravo! – exclamou o mestre – eis uma resposta que me parece simples e perfeita! Um dos tesouros mais preciosos na vida é a boa amizade! – terminou dizendo ele com vibração.

"A amizade redobra as alegrias e reparte as penas em duas metades. A amizade é um raio de sol que ilumina a vida. Não há rosto por mais imperfeito, nem espírito por mais sofredor, que um relâmpago da verdadeira amizade não possa tornar encantador. A amizade é um sentimento raro; só são capazes de senti-lo aqueles que são capazes de inspirá-lo."
Eis as palavras do escritor Malba Tahan, elevando à sublimidade este laço bendito que nos une ao próximo.

Talvez apenas a arte, tocada pelo condão da espiritualidade, consiga trazer em versos pronunciáveis, o que a amizade significa para o espírito. Eis um poema de autor desconhecido:

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar.
Mas enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de uma forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos, e nos lembraremos para sempre."

A dádiva de um coração amigo é sempre acolhida com benevolência. Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida. A amizade pura é uma flor que nunca fenece.

Talvez tenha sido por isso que o filósofo francês Voltaire disse:
"Todas as glórias deste mundo não valem um amigo fiel.”

Fonte: http://www.momento.com.br/
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Dia Internacional da Amizade

"Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito, e, mesmo assim, ainda gosta de você"
Kim Hubbard

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Namorados


[Fonte: Google]

... para energizar

"Sinto o calor da minha alma em cada célula do meu corpo. Meu corpo vibra em uníssono com a minha alma, com a força da vida. Coloco minha força de amor e inteligência em tudo que eu faço, na minha casa, na minha vida pessoal, no meu trabalho. Eu mereço, Eu quero, Eu posso, Eu sou!"
(De "A Busca" – Lúcia Helena Cortez)


[Imagem Google]

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alegrias

Desperta-as!
Estão adormecidas
em ti
as alegrias da vida.
Ora, tu oras fora.
Será, portanto, em vão
tua oração.
Medita.
Contempla.
Escuta
em meio ao calor da labuta.
Ouve do palpitar a emoção
de permitir-se
a vivaz idade
dos bem-te-vis que te saúdam
quando passas rente às árvores
da barulhenta avenida.
A vida te chama.
Chama-te à vida.
Desperta!

Sandra Medina Costa
Contagem, 26 de junho de 2012.

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pseudomater

Te olho de longe,
mas não me olhas.
Escanchada na cintura
da outra criança
(seis anos mais velha),
choro sua falta.
Medo da lua.
Mas me ignoras,
absorta que estás
em teu trabalho.
Parto.
Trabalho de parto.
Parte de mim ficou pra trás.
A criança que me traz escanchada
já se entorta para o lado.
Peso dobrado.
O peso do corpo que empurra
o peso de assumir uma maternidade
que não lhe pertence.
Ela também te olha de longe,
sem entender,
mas não a olhas,
alheia que estás.
- Olha a lua!
Não olho.
Choro sua ausência.
Medo da lua.

Sandra Medina Costa

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Raiz Quadrada

Pequenina ainda, me entretinha
a brincar de aulinha no quintal lá de casa.
Alunos imaginários me ouviam encantados
a ensinar sobre "raiz quadrada"
(que eu nem entendia o que era, mas achava lindo e importante quando via meus irmãos mais velhos falando e resolvendo os exercícios.
Soava como música aos meus ouvidos.).
Mais tarde, a Matemática me gerou pesadelos.
Ainda me lembro de sonhar (eu disse sonhar?!)
a noite inteira,
tentando me lembrar daquela fórmula "não-sei-pra-que-serve":
"menos b + ou - raiz quadrada de b2 menos 4 a c sobre 2 a".
Cresci e enveredei pelo caminho das letras - mais maleáveis e sutis.
Descobri que de quadradas as raízes não têm nada.
E é bom que assim seja.
Raiz é origem, círculo, movimento, vida.
Minhas raízes, minhas origens.
Meu cerne. Eu, disforme.
Minha carne. Meu carma.
Minha calma. Minha alma. Minha luz.
Das raízes brotam vida. Por vezes, vida que não se vê.
Raiz quadrada. Início de tudo.
Ensaio para o caminho das letras que hoje me sorriem.

Sandra Medina Costa.
Contagem, 09 de maio de 2012.

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Silêncio e zumbido

Silêncio.
Zumbido no ouvido esquerdo.
Não sei identificar quando começou,
Foi tarde? foi cedo?
Não sei a origem, o porquê.
Mas há tempos convivo
acostumada ao zumbido.
Exames não deram nada.
Pode ser de fundo emocional...
(...)
Outono frio.
Ventos secos e gelados.
A pele já dá sinais do ressecamento.
E o ouvido
ininterrupto zumbido...
(...)
Quero o silêncio em meu interior
para ouvir a voz de Deus.
Agradeço pelas superações de hoje,
pela mensagem recebida, a revelação,
o pedido implícito de ajuda.
Agradeço, meu Deus,
pois sei que nos ouve de modo
assombrosamente maravilhoso.

Sandra Medina Costa.
Maio de 2012.

A oração de JULHO

Senhor da vida e da história, chegamos ao mês de julho, ao início da segunda metade do ano de 2012. Estamos exatamente no meio desta caminhada de 366 dias. Amparados por vossa graça chegamos até aqui, e queremos seguir em frente com força e coragem, garra e fé, amando e servindo nossos irmãos e irmãs. Muito obrigado, Senhor! Sabemos que tudo que temos e somos vem de vós: nossa vida, o arque respiramos, o sol que nos aquece, as pessoas que amamos. Por isso, renovamos nosso propósito de anunciar a todos o quanto vós sois bom e generoso. Dai-nos, Senhor, a graça de sermos autênticos evangelizadores! “Ide pelo mundo e anunciai a boa-nova a toda criatura!

Frei Gustavo Wayand Medella, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

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domingo, 10 de junho de 2012

Capelinha de melão é de São João...


Foi há algum tempo que encontrei na internet, no endereço http://testamenta.blogspot.com/2009/04/capelinha-de-melao.html, este divertido post que ora compartilho. Desconheço a autoria.

"Capelinha de melão “... é de São João, é de cravo, é de rosa, é de manjericão. Pois é, cantamos essa quadrinha popular todos os anos nas festas juninas e eu até hoje não entendi que capelinha é essa. Antes de continuar, uma explicação: sim, meu calendário interno é desajustado com o calendário solar, está desalinhado do calendário lunar e não tem nada a ver com nenhuma convenção temporal organizada pelo homem. Assim, embora não comemore, é capaz de um Jingle Bells me irritar profundamente em pleno Carnaval e no Rosh Hashaná eu posso me pegar cantarolando Coelhinho da Páscoa, Que Trazes Pra mim? (Já notaram que o pior é que ele responde?!), embora não seja judeu nem chinês, o que não me impede de cantar A-lá-lá-ô no ano novo chinês nem "E o Sanfoneiro Só Tocava Isso" no Natal. Mas, voltando à capelinha de melão. O primeiro problema já está no primeiro verso: "capelinha de melão". Alguém pegou um melão e esculpiu uma capela dedicada a São João? Fiquei pensando também que "capelinha-de-melão", assim mesmo, com hífen, fosse um substantivo comum, o nome de uma flor, ou fruta, ou até um prato típico, tradicional das festas juninas. Procurei em tudo quanto foi lugar, mas não encontrei nenhuma referência a nomes próprios para "capelinha-de-melão". Contudo, pode lá haver uma explicação. Para o vocábulo "capela", o dicionário Houaiss registra que pode ser "grupo de foliões em festas juninas", "enfeites femininos", "bando de macacos", "pequena povoação", "raminho de ervas aromáticas usado como tempero", "grinalda", "pequena capela", "loja de miudezas", "grupo de pessoas que gostam de fazer intrigas". Bom, por exclusão, e pela própria natureza "melônica" da capelinha, eu optaria pelo raminho de ervas aromáticas, afinal, "é de cravo" e "é de rosa" também. Ser de São João pode significar que essa capelinha é feita no dia de São João. Vejam vocês que falta faz conhecimento de cultura popular brasileira. Bom, então teríamos um raminho "de cheiro" feito para São João, com pedacinhos de melão, ou talvez o raminho fosse feitos dos cabinhos do melão e a ele se misturam cravo e rosa. Se bem que cravo e rosa são, também na cultura popular, metáforas para homem e mulher. Mas onde entra o manjericão? Ah, com certeza isso é nome típico de comida nordestina... A cantiga, como vocês sabem, não acaba aqui: "São João está dormindo / não acorda não / acordai, acordai, acordai João". Certo, então São João está dormindo (supondo que os santos dormem, o que é uma questão interessante se formos pensar a respeito, porque, se dormem, então acordam, ficam bravos, felizes, sentem fome, sono, sede...), e é melhor não acordá-lo. Por que é melhor não acordá-lo? — Ai, São João, preciso tanto de um milagre... Sabe o que é? Eu... — (anjo) São João está dormindo. — Hein? Como? É o senhor, São João?— Não, sou eu, o anjo Gabriel. — Oh! O anjo Gabriel! É que eu estava querendo fazer uma promessa para São João e... — São João está dormindo.— Hein? Santo dorme? — Ô!!! Mas não espalha... Bom, o fato de São João dormir já é estranho, pior é que ele tem o sono pesado! (não acorda não). Mas esse "não acorda não" pode ser uma advertência também! — E não dá pra acordar ele não, Gabriel? — Nem pensar! Da última vez voou auréola e pena pra todo o lado! Ninguém é besta de acordar São João não, rapaz, fica na sua e passa na igreja amanhã. De tarde, de preferência, que já passou a hora da sesta. Mas o povo é abusado, então canta-se o outro verso: "acordai, acordai, acordai, João". Bom, eu preferiria ouvir o anjo. Agora vamos analisar todo a quadrinha. Capelinha de melão é de São João.É de cravo, é de rosa, é de manjericão.São João está dormindo, não acorda, não. (existe uma variante regional: "não me ouve, não"). Acordai, acordai, acordai, João. Nossa tradução:— Ok, tudo certo com a capelinha: melão maduro, cravo, rosa, um pouquinho de manjericão. Não, melhor não economizar no manjericão. João? São João-ô! Trouxe uma capelinha pro senhor! Ô!!! Joãããão!!!! Oxe, será que ele não tá ouvindo? Vou gritar mais alto: SÃO JO... —Shhhhh!!! Tá maluco, rapaz?! O homem tá dormindo e não gosta de ser acordado! — Mas eu trouxe uma capelinha pra ele. Você e todo mundo, né? Hoje é dia dele, caramba! Deixa aí na mesa junto com as outras e coloca seu nome. Nossa segunda tradução:— Snif, snif... Que cheiro é esse? Ô Gabriel? Tá sentindo um cheiro estranho? — Snif, snif... Uai, isso é melão, não é não? — Melão? Será que jogaram casca aqui, é? — Ih, João, não é só a casca não! Ali no canto, ó! Um melão inteiro aberto! E ainda botaram uma imagenzinha do senhor lá dentro! Oh... que fofo! É uma capelinha! — Fofo nada, Gabriel! Imagem de santo dentro de fruta lá é fofo? Isso é macumba! Chuta que é macumba!!!” "


http://testamenta.blogspot.com/2009/04/capelinha-de-melao.html

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Decisão



Se a saudade é o amor que fica, devolvo-o agora a você. Cansei de ser sozinha.

Sandra Medina Costa
 
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sábado, 2 de junho de 2012

Capelinha de melão


Mario Zan
Composição: João de Barro / Alberto Ribeiro

Capelinha de Melão,
É de São João,
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão.

São João está dormindo,
Não me ouve não,
Acordai, acordai,
Acordai João.

Atirei rosas pelo caminho,
A ventania veio e levou,
Tu me fizestes com seu espinhos,
Uma coroa de flor.

Capelinha de Melão,
É de São João,
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão.

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A oração de JUNHO


Santo Antônio, neste seu mês de festa, uma prece pelos jovens, pelos namorados, por tantos que sonham com um mundo fraterno, de “solidariedade sustentável” – como dizemos hoje aqui na Terra.
Ajude, Santo Antônio, na sua simpática cordialidade, a juventude, os namorados, a cultivarem a delicadeza de coração, sentimentos respeitosos, um idealismo decidido que os conduza ao bem, à felicidade.
Obrigado, nosso Santo do Mundo Inteiro! Amém!

Frei Agostinho Salvador Piccolo, OFM – Folhinha do Sagrado Coração de Jesus

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lei da Existência


“Há uma só lei da Existência
sob a esfera luminosa:
partilham da mesma essência
homem, ave, estrela e rosa.”

(Augusto de Lima, Poesias, p. 55.)


domingo, 20 de maio de 2012

Sem filhos

Casados há mais de dez anos e sem filhos. Questionada, sorriu: “Incompatibilidade de genes”.
Sandra Medina Costa

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No letreiro, “garagem”...

Ponto de ônibus cheio. Ana deu sinal e o ônibus passou direto. Vergonha. Todo mundo viu: só ela se levantara.
Sandra Medina Costa

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quando a boca cala... o corpo grita!!!


Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.

A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.

O resfriado escorre quando o corpo não chora.

A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.

O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.

O diabetes invade quando a solidão dói.

O corpo engorda quando a insatisfação aperta.

A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.

O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.

A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.

As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.

O peito aperta quando o orgulho escraviza.

A pressão sobe quando o medo aprisiona.

As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.

A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.

O câncer mata quando não se perdoa e/ou cansa de viver.

E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?

A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.

O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado FÉ, abundante combustível chamado Paciência.

Mas principalmente um maravilhoso Condutor chamado DEUS.

(Desconheço a autoria)

Viagem à infância



Sensação de acordar pela manhã

Uma viagem à infância

Numa torta de maçã

Doce lembrança

Eu criança



A história em quadrinhos

O sonho na janela,

Cheiro de carinho

A inundar o ar

(Que torta era aquela?)



Sempre sonhei

Com aquela torta

Minha boca enchia de água

Só de imaginar o sabor.

Hoje eu já sei.

 
Sandra Medina Costa
 
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terça-feira, 15 de maio de 2012

Tudo acabado entre nós


“Vê se apaga essa luz que eu quero dormir!” grunhiu ele, virando-se para o outro lado. Amor em fase terminal.

Sandra Medina Costa
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domingo, 13 de maio de 2012

Paulinho, hoje

“Hoje, dia 10 de novembro [2009], descobri que é o Dia do Trigo.

Fiquei feliz. Não poderia haver data melhor para você, meu filho, ter nascido.

O sentido principal contido na palavra Trigo é TOLERÂNCIA e, decorrentes dela, a paciência, a esperança... O TRIGO é O BEM.

Sei que, com a bênção de Deus, em sua vida prevalecerão sempre a justiça, a honra, a verdade.

Infinitas bênçãos Deus lhe conceda.

Beijos de sua mãe

Sandra.”



Tanto tempo depois, em seus vinte e seis anos, para mim você continua Paulinho – um ser de muita luz que Deus me concedeu a honra de trazer ao mundo.

A cada dia que passa me convenço mais ainda de seus dons e talentos. Sua inteligência que se reflete na capacidade de ouvir e ser ouvido, de sonhar e acreditar, de levar alegria aonde quer que vá, na fé que o move a buscar a Deus em todos os momentos. Chama-me a atenção outras duas características de sua personalidade: tolerância e respeito ao outro, às diferenças. Isso me deixa orgulhosa, pois me mostra o quanto alguém pode ser grande no mundo.

Defeitos? Todos nós os temos (como você mesmo costuma me dizer). A dificuldade de concentração eu ainda não sei se é defeito ou sabedoria de estar atento ao que realmente interessa. Traçar e cumprir metas e planos: difícil, mas necessário que seja diariamente, pois diariamente o sol se mostra no horizonte, e é lá que é possível vislumbrar o futuro a você reservado. Coisas espalhadas, cama por fazer... bagunça “organizada” a seu modo, a mim sinalizando que o equilíbrio e a organização precisam estar internalizados.



Sandra Medina Costa

Contagem, 23 de março de 2012.

Como educar uma criança

(Vejam se identificam alguma coisa parecida.)
Tudo o que sempre necessitei saber aprendi com minha mãe:

Minha mãe me ensinou a apreciar um trabalho bem feito:
“Se vão se matar, façam isso lá fora. Acabei de limpar aqui!”

Minha mãe me ensinou religião:
“Melhor rezar pra que esta mancha saia do tapete!”

Minha mãe me ensinou lógica:
“Porque eu digo que é assim, por isso... e ponto!”

Minha mãe me ensinou previsões:
“Esteja certo de estar usando roupa íntima limpa e sem buracos, pois no caso de se ter um acidente...”

Minha mãe me ensinou ironia:
“Continua chorando e vou te dar uma boa razão pra chorar.”

Minha mãe me ensinou técnicas de odontologia:
“Volta a me responder assim e quebro todos os seus dentes.”

Minha mãe me ensinou osmose:
“Fecha essa boca e come!”

Minha mãe me ensinou contorcionismo:
“Olha o cascão que está em sua nuca!!”

Minha mãe me ensinou força de vontade:
“Vai ficar aí sentado até terminar este espinafre!”

Minha mãe me ensinou meteorologia:
“Parece que um furacão passou pelo seu quarto!”

Minha mãe me ensinou hipocrisia:
"Te disse um milhão de vezes para não ser exagerado!”

Minha mãe me ensinou modificação de padrões de comportamento:
"Deixa de agir como seu pai!”

Minha mãe me ensinou habilidades como vetriloquia:
“Não resmungue, cale a boca e me responde: porque você fez isso?”

Minha mãe me ensinou retidão:
“Vou lhe dar uma boa surra se voltar a fazer isso, vai ver!”

Minha mãe me ensinou o milagre da biotecnologia transgênica:
“Já prá dentro, ô seu porco branco, filho de uma zebra!!!”

Brincadeirinha...

Mães...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mimos de Jesus


Logo vi que o dia hoje
Amanheceu mais cheio de luz
Manhã de outono, flor de primavera
Deveras, mimos de Jesus
Para você que aniversaria
Todas as bênçãos a que faz jus

Sandra Medina Costa

[Imagem Googl]