terça-feira, 31 de maio de 2016

Entender


Eu
sou o protótipo da multiplicidade.
Tento entender e me aceitar,
perdoar e me amar,
sem perder a humildade.

O resultado são brigas homéricas,
em que fica evidente
a vontade de me trancar num quarto,
jogar fora a chave
e correr para bem longe!


Sandra Medina Costa

segunda-feira, 30 de maio de 2016

domingo, 29 de maio de 2016

Chuva no céu, chuva no mar...


Parque Marinho
Recife de Fora.
Balanço das águas
do verde alto mar.

Chuva no céu.
Chuva no mar.

Molhei-me nas águas
rodeada de peixinhos.
Perigos, ouriços...
de novo, arriscar.

Chuva no céu.
Chuva no mar.

Molhei-me nas águas
da chuva forte.
Milagre da véspera
do Natal a chegar.

Chuva no céu.
Chuva no mar.


Sandra Medina Costa.

sábado, 28 de maio de 2016

quinta-feira, 26 de maio de 2016

quarta-feira, 25 de maio de 2016

terça-feira, 24 de maio de 2016

Nossa Senhora Auxiliadora


E Agora


Meu poema adormeceu
Na estrada que não se vê
Dói em mim a sua ausência
Não sou mais eu sem você

Busco em letras e canções
Uma forma de lhe esquecer
Há em tudo sua presença
O que é que vou fazer?

E agora
Essa lágrima que você chora
Prova que o seu amor
Não era tão grande assim
E agora
Esse pranto que em meu rosto rola
Vem dizer que o meu amor
É algo que não tem fim

O poema acordou
E o caminho já se vê
Estou cada vez mais forte
pois sou mais eu sem você

Minhas letras e canções
Já saem sem timidez
Agradeço pela sorte
O bem que você me fez

E agora
Essa lágrima que você chora
Prova que o seu amor
Não era tão grande assim
E agora
Esse pranto que em meu rosto rola
Vem dizer que aquele amor
É algo que teve fim.


Sandra Medina Costa

segunda-feira, 23 de maio de 2016

domingo, 22 de maio de 2016

Santa Rita


Desodorizar


O odor
ardente
que ele
exala
denuncia:
passara o dia
a beber.
Agora
rescende
a álcool
num canto.
O odor
ardente
que rescende
acende
agora
na memória
minha
velhos e tristes
resquícios
em agonia.
Melhor fora
desodorizar
as lembranças.
Ah, quem me dera!
Ideia tola!


Sandra Medina Costa

sábado, 21 de maio de 2016

sexta-feira, 20 de maio de 2016

quinta-feira, 19 de maio de 2016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Esquecer é permitir, lembrar é combater.


DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Esquecer é permitir, lembrar é combater.
Denuncie. Disque 100.

Uma discussão prolongada


terça-feira, 17 de maio de 2016

Dandá


“Dandá!
Caminhá!
Pá ganhá
Vintém!”

Andar!
Caminhar!
Para ganhar
vintém.

Os pezinhos
sobre os pés da mãe.
As mãozinhas
(braços erguidos, esticados...)
seguradas no alto pelas mãos da mãe.
Passos
sobrepostos,
cadenciados
passos...

“Dandá!
Caminhá!
Pá ganhá
Vintém!”

Ultimamente tenho erguido e esticado os braços vãmente:
não há mãos que seguram, nem mães que aguentem,
e os braços doem, cansados.
Pés rotos, machucados...
“Caminhadura”. Difícil pisar o chão, sozinha.
Passos não mais cadenciados.
Música perdida no ar.


Sandra Medina Costa

Individualidade


segunda-feira, 16 de maio de 2016

sábado, 14 de maio de 2016

sexta-feira, 13 de maio de 2016

A bolição da escrava Tura


Tura, escrava maneira,
não bolia com ninguém.
Na lida sofrida,
senzala de vida,
havera de ter uns porém.
No 13 de maio,
disseram a Tura:
"És livre, escrava,
já pode ir-te embora!
Vai, criatura!"
E Tura, cismada,
saiu de mansinho
olhou de soslaio,
buscou seu caminho.
No mundo de brancos,
portas fechadas,
punhos cerrados,
mãos abertas
só pra bolinar.
"Atura, Tura,
que a vida é dura,
ou voltas pra lá."
Calor de verdade
só o do borralho
do fogão velho
da casa grande.
À abolição legal
da escravidão
preferiu Tura
a bolição de antes.
Ainda não era de verdade
o fazer parte da sociedade.

Sandra Medina Costa


Imagem: ama-de-leite-ilustracao-ivan-wasth-rodrigues-para-casa-grande-e-senzala-em-quadrinhos

Gato preto


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dadinho de Rosa


Violão na mão,
galanteio nas palavras,
melodia de perdão,
voz tremida, embargada.
Rosa era só coração.

Canções para os filhos?
Não me lembro de ouvi-las.
Hoje sei, entretanto,
que de nós houve uma agraciada,
Sônia, segunda filha,
que dormia ao som da balada
“Sua Majestade o Neném”,
e certamente sonhava...

Violão na mão,
coisa de artista,
serenatas de amor,
poesia e prosa.
Mas Dadinho era só de Rosa.
“A Cigarra e a Formiga”
em moderna versão.
Mãe lapidava pedra preciosa.
Pai lapidava coração.


Sandra Medina Costa

quarta-feira, 11 de maio de 2016

terça-feira, 10 de maio de 2016

Bolinha de pelo


Bolinha de pelo
a rolar pela casa,
rodinha de xixi
a cada parada.
Ganhou liberdade
no canil quarto / sala,
na privacidade
e no banho de sol.
Cresceu fofo, bonito,
correndo pelo quintal.
Não aceitava qualquer planta:
era temperamental!
Sabia onde eu estava
(na sala, quarto ou cozinha),
baixinho choramingava
pra ver seu eu respondia.
Em silêncio, eu sorria!
Depois eu perguntava alto:
- Por que chora o meu cachorro?
Daí, ele latia bem alto,
reclamava a falta do pão.
E ele entendia
quando eu dizia
que só havia biscoitos...
Aceitava-os e saía cabisbaixo.
Quando estava gripado,
não havia melhor remédio
que a “deliciosa” mistura de
café, água, leite e própolis!
É mole?! Ele adorava!

Sandra Medina Costa

segunda-feira, 9 de maio de 2016

domingo, 8 de maio de 2016

MÃE


Você me quis um dia
e vim em sua direção.
Em seu ventre brotei energia,
fruto de amor, alegria.
Cansaço nenhum, dor nenhuma.
Em seus braços me vi criança
e ainda hoje me vejo.
Sensação de amor.
Esperança.


Sandra Medina Costa

sexta-feira, 6 de maio de 2016

quinta-feira, 5 de maio de 2016

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Deus do Céu


Para acalmar meu coração
Tua verdade vem de imediato.
Sei que quando meus pés vacilam,
o Senhor se põe ao meu lado.
Teu consolo eu experimento,
se as angústias são retiradas:
a fragilidade de outrora
esvaiu-se, foi arrancada.


Sandra Medina Costa

terça-feira, 3 de maio de 2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016