quinta-feira, 12 de maio de 2016

Dadinho de Rosa


Violão na mão,
galanteio nas palavras,
melodia de perdão,
voz tremida, embargada.
Rosa era só coração.

Canções para os filhos?
Não me lembro de ouvi-las.
Hoje sei, entretanto,
que de nós houve uma agraciada,
Sônia, segunda filha,
que dormia ao som da balada
“Sua Majestade o Neném”,
e certamente sonhava...

Violão na mão,
coisa de artista,
serenatas de amor,
poesia e prosa.
Mas Dadinho era só de Rosa.
“A Cigarra e a Formiga”
em moderna versão.
Mãe lapidava pedra preciosa.
Pai lapidava coração.


Sandra Medina Costa

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