terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

AMOR E GESTÃO


            O que é a arte de viver?
            Você já reparou que um simples passeio pela rua nada mais é do que um encontro de destinos, histórias de vidas que vêm e vão.
            Viver hoje é uma grande correria. Desejamos tudo para ontem, para agora, já. Uma simples espera na linha telefônica já pode ser a causa de uma grande irritação, uma sensação de agonia. Definitivamente, nós desaprendemos a esperar, queremos desesperadamente mais tempo. Recentemente a Fundação Dom Cabral divulgou uma pesquisa realizada com 626 executivos e o resultado foi alarmante: nada menos que 74,5% dos funcionários estão infelizes com o trabalho e a empresa em que atuam.
            Esta infelicidade toda poderia ser sensivelmente reduzida com apenas duas questões importantes: Amor e Gestão. Temas tão diferentes, tão interdependentes, mais próximos do que imaginamos.
            Na crescente luta por maior competitividade, produtividade, por um lugar ao sol, estamos nos esquecendo de pequenos atos que se praticados podem fazer uma grande diferença no ambiente de trabalho.
Ato nº 1 – o ato de tolerar – tolerância genuína ao erro, às diferenças, aos obstáculos, ao novo, às mudanças. Compreender que a sua velocidade, nem sempre será a mesma do seu próximo.
Ato nº 2 – o ato de aceitar – aceitar a si próprio, com suas qualidades, deficiências, limitações, potencialidades, olhar mais para si e parar de julgar o próximo. Aceitar a vida como ela é e não ficar brigando diariamente com o cotidiano, complicando o fácil, tornando tudo mais difícil.
Ato nº 3 – o ato de perdoar – primeiro perdoar a si mesmo por não ser o “Super Homem” ou a “Mulher Maravilha” que você pensa que é. Por não conseguir ter tudo no tempo em que você quer. Perdoar ao próximo, porque assim como você, ele também comete erros e está na roda viva organizacional. Míopes não enxergamos ou distinguimos pressa de ansiedade, agilidade de falta de educação. Perdoar é uma dádiva, uma das melhores armas contra o estresse ou depressão é estar em dia com seu próprio coração e suas convicções.
Ato nº 4 – o ato de ouvir – ouvir atentamente, valorizar seu interlocutor. Como é bom falar com alguém que realmente escuta, valoriza o outro, não ao celular, ao Messenger, ao Palm, olhando nos olhos, demonstrando interesse, sendo sincero. Incrível que a maioria dos grandes líderes não eram excepcionais somente nas técnicas, mas sim na capacidade de se relacionar. A base do relacionamento é falar e ouvir. Lembre-se que temos dois ouvidos e uma boca e não deve ser à toa.
Ato nº 5 – o ato de compartilhar – compartilhar vitórias, sucessos, e fracassos. Dificilmente alguém erra ou faz tudo sozinho. Compartilhar sentimentos com a equipe, dividir responsabilidades, ser o criador da constelação e não só a estrela principal.
Ato nº 6 – o ato de doar – doar seu tempo e suas habilidades a outras causas. Parar de pensar que tudo gira em torno de si, olhar ao próximo e perguntar: “Como posso ajudar?” E fazer. Ação, meu amigo, afinal boas intenções todos temos. Não basta somente doar dinheiro, precisamos aprender a doar um pouco de nosso tempo, conhecimentos e aptidões, sem esperar nada em troca.
Ato nº 7 – o ato de amar – Amar no dia a dia. Amar é uma palavra forte, por vezes constrangedora. Como é difícil amar, mas pode ser fácil tolerar, aceitar, perdoar, ouvir, compartilhar, doar e sem quase nem perceber você já está amando o que ou quem quer que seja.
            Foram 7 os atos que me vieram à mente, coincidência ou não dizem que o 7 é o número de Deus. Tenha Deus no coração, não estou falando de religião, mas sim de religiosidade, afinal o apóstolo João, definiu de uma forma bem simples que “Deus é amor”. Só temos que praticar mais amor na gestão. Gestão tem a ver com gente, com alma, com coração, com fé e dedicação, assim, com certeza, daremos a nossa contribuição para melhorar o atual ambiente do mundo corporativo.

Paulo Araújo
 
[Imagem Google]

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