terça-feira, 26 de abril de 2016

Chalana


Ao longe, a piroga avistada
provoca risos, coitada...
Apenas um nome à toa
dado a uma canoa
feita de um só tronco
de uma jaqueira qualquer.
E a chalana, sem perigo,
sobe o Rio João de Tibo,
mansamente, sem balanço,
desliza na maciez do remanso.
Rio manso.
Revoada de gaivotas azuis
num céu azul de dar gosto!
E somente três gaivotas brancas.
Na maciez do rio
os peixes brincam de pular.
Região de manguezal.
E lá vai a chalana
parando devagarzinho
para o banho de lama...
As águas serenas do rio
nos levam à Ilha do Sol –
santuário dos caranguejos
e depois à Praia de Santo André.
Banho morno
nas águas mornas.
Lá adiante o mar espera...


Sandra Medina Costa.

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