Era chegada a hora.
Há dias esperara com ansiedade a comemoração do seu aniversário. A mãe,
como sempre fizera em todos esses anos, preparava a modesta casa com
simplicidade e ternura para receber os amigos-irmãos para, juntos, comemorarem
o aniversário de seu maior bem – o filho Jesus.
O menino completava agora 7 anos, e crescia em graça e beleza.
Envolvida nos preparativos, Maria não percebera a inquietude do filho,
seu entra-e-sai na cozinha, à procura do delicioso bolo de chocolate que lhe
fora assegurado em meio a uma infinidade de promessas de bom comportamento dias
antes.
Ali estava. Bem ali, ao lado do filtro de barro. O cheiro inconfundível
da felicidade atraiu o menino que, sem pestanejar, lançou mão do bolo e
esgueirou-se pela porta dos fundos. Foi direto encontrar-se com um grupo de
crianças que o aguardavam ansiosas lá no campinho, onde costumavam brincar
sempre.
Eram 4h da tarde e o sol, ainda forte, parecia iluminar com especial
esplendor aquele lugar.
Rapidamente, um deles forrou o chão com uma velha toalha e o bolo ali
foi colocado.
Uma cena rara, de indescritível fascínio e beleza, ali podia ser vista,
mas apenas Jesus e as crianças usufruíram daquele mágico momento. Se Maria ali
estivesse, certamente teria se emocionado ao ouvir a singela oração que as
crianças faziam, com as mãos erguidas sobre seu filho: “Papai do Céu, toma
conta de Jesus. Abençoa-o sempre, pois Ele é a nossa luz!”
...
- Filho! Cadê você?
Ainda saboreando o bolo, pôs-se em retirada, rumo à voz da ternura que o
chamava a compartilhar a vida, a alegria, na inocência de criança que tinha uma
missão de luz a cumprir no mundo.
Já há muito habitava entre nós o Filho de Deus...
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