sábado, 13 de agosto de 2022

Pai (lembranças)

 


Pai

O café forte, amargo como a vida
O jornal, as letras miúdas
Palavras cruzadas, destinos traçados
A assinatura, autógrafo de artista
O violão pujante, a melodia
a dedilhar o perdão
O peixe, a pesca
O rio, a barragem
A aguardente, o passo dissonante
A alma embebida de amor
Água fria, resto de vida
O tempo se esvai pelas mãos.

Sandra Medina Costa


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