domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ode a uma barriga feia




Quando a vi dentro do ônibus
De blusa curta e de calção,
Sua terrível barriga à mostra,
Tal qual massa crua de pão,

Feito esperto espermatozóide,
A imaginação logo voara.
Acreditei que o inventor do pão
Sua inspiração dali tirara.

Pus-me a rir, descontroladamente,
Os olhos fixos na barriga crua.
E a mulher, irada, chamou-me demente.

“Imbecil! Você já viu a sua?”
Olhei para a minha, imediatamente,
E a vi feito a cheia lua.



Sandra Medina Costa


Nenhum comentário: