Vergonha
Vergonha dos meus pésDe tê-los escuros
Maltratados
Pois representam unicamente
A minha incompetência
Diante das inúteis preocupações da vida
Pois tudo é vaidade
Nada há de novo sob o sol
Vaidade das vaidades, diz o profeta
Vergonha
Vaidade
Inutilidade de pensamentos
Que não me conduzem a lugar algum
Não existe lugar em que me esconda
A não ser os velhos sapatos rotos
Redundantemente velhos e rotos
Tênis usados e sem graça
Úteis para esconder os pés
Pra que ninguém os veja assim
Maltratados
Culpa que corrói não a alma, mas os pés
Quero ser livre
Sarada, curada no sangue de Jesus
A lágrima que me escorre dos olhos
Não me alivia a dor que me vai cá dentro
Meus pés
O que fiz com eles
Por que a incompreensível necessidade de
Expressar neles as frustrações
Meu Deus
Quero apenas que meus desejos sejam positivos e benéficos
Que eu possa sentir e expressar somente alegria, luz e paz
Pois sei que Teu amor e Tua misericórdia estão comigo
A cada sopro de vida
Alivia-me a certeza de Tua presença constante ao meu lado
Sandra Medina Costa
[Imagem Google]
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