quarta-feira, 14 de setembro de 2016

JANELAS


Tenho janelas
de todas as cores,
de vários tamanhos,
de muitos amores.

Tenho janelas
nos olhos da alma,
no meu pensamento,
que nunca se acalma.

Tenho janelas
abertas, fechadas,
compridas e curtas,
de cortinas rendadas.

As minhas janelas
me mostram o infinito
de uma vida plena
que se cala no grito.

Tenho janelas
que são de madeira,
que incham e emperram
se a chuva é certeira.

Belas janelas
me enfeitam a noite,
emolduram-me nelas,
estou agora num quadro:
sou linda donzela
a olhar o céu
cheio de estrelas.

(...)

Lá fora
alguém bate na porta.
TOC! TOC! TOC! TOC! TOC!
Coincidência?
Não há acaso.
Por acaso ouviste
quem bateu a porta?

(...)

Portas não são tão belas
quanto as janelas.
Portas foram feitas
pra gente entrar e sair por elas.

Janelas, não!
Janelas têm a magia
dos sonhos que adentram
na alma.
Seja noite,
seja dia...
alvorecer,
entardecer,
(nem se fala!)

Janelas conduzem ao céu.

Sandra Medina Costa

[Imagem: Flickr]

Nenhum comentário: