domingo, 19 de outubro de 2008

Agostinianas Missionárias

Ano de 1883.

Na clausura de um convento,
Um espaço muito restrito,
Ali viviam as Irmãs
A orar ao Deus bendito.
Estavam em Barcelona
Com destino já escrito.

Tendo Cristo como norte
E o carisma de Agostinho,
Oravam, contemplavam,
Educavam com carinho.
Cuidavam de umas poucas crianças
Naquele sagrado ninho.

Os padres agostinianos,
Também naquela ocasião,
Lá nas Ilhas Filipinas
Cumpriam sua missão
E tinham diante de si
Grande flagelo e aflição.

A peste bubônica, monstro terrível,
Milhares de vidas ceifava,
Deixando órfãs muitas crianças
Que sofriam abandonadas,
Precisando urgente de ajuda
Para serem amparadas.

O Amor bateu à porta
Do Convento de Barcelona,
Pedindo o auxílio das freiras
Para sanar o drama.
Voluntárias se ofereceram,
Pois quem ama não abandona.

Como previra o destino,
Rumaram a um mundo distante,
Totalmente desconhecido
E agora mais desafiante.
Mudanças no estilo de vida.
Tudo novo num rompante.

O instinto materno pulsava
No sangue das educadoras
E, como mães missionárias,
Se fizeram acolhedoras
Daquelas inúmeras órfãs
Tão pequenas sofredoras.


Sabendo que a medida do amor
É amar sem medida,
Acolheram, cuidaram e educaram
Daquelas crianças queridas
E, com a bênção de Deus Pai,
Deram-lhes novo sentido à vida.

Mas outras doenças surgiram
Dificultando-lhes a sina.
Retornaram algumas Irmãs
(dentre elas, Mônica e Querubina)
para recuperar as forças
e, quem sabe, voltar às Filipinas.

Este retorno hora alguma
Representou abandono à missão.
E já em 1890
Pensou-se na formação
De novas irmãs-professoras
Com carisma e vocação.

Uma nova comunidade
Abriu-se logo em Madri
Com a mediação dos padres
Agostinianos a servir.
A missão fora ampliada!
Novo horizonte a surgir!

Para esta comunidade,
Como servas voluntárias,
Lá vão Mônica e Querubina
Para a missão solidária.
Com elas, a pedido dos padres,
Segue também a Ir. Clara.

Abre-se, assim, em Madri,
A primeira comunidade:
Um importante serviço
Com duas finalidades:
Formar irmãs para a missão
E cuidar da orfandade.


Sandra Medina Costa

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