Sim, eu te vejo.
Sim, te respeito.
Sim, te perdoo.
Assim, eu me vejo.
Assim, me respeito.
Assim, me perdoo.
A mão fechada,
a pancada na mesa:
gestos que falam.
Não há surpresa.
“Que vês? Que vês quando me vês?”*
O que amas quando amas?
Amo o que de bom existe em mim
e que vejo refletido em ti.
És meu espelho. Sou teu espelho.
Na mesma proporção, rejeito em ti
aquilo que desconheço.
Reparo-me.
Reparo em ti.
Espero que tu me repares.
Dizem que essa é a melhor forma
de o ser humano conhecer a si
mesmo.
Sandra Medina Costa
(* Tihuana in “Que ves?”)
[Imagem Google]
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