“Não serei o poeta de um mundo caduco”,
pois, se antigamente, jogava-se
pedras na lua,
hoje, em nome da ciência crua,
provoca explosões na mesma algum
maluco.
Tampouco serei salvador da pátria,
com gestos de uma grandeza nobre
e o irmão cada vez mais pobre...
“... tenho mátria e quero frátria”.
Não serei pedra de tropeço. Já fui
alicerce, pilar,
fui ponte, fonte de arrimo, motivo de
riso e destino.
Disso não mais preciso. Sou pedra de
recomeço.
Se mudo, não envelheço.
Não sou mais dona da verdade,
nem a marionete do jogo, ou a mão do
gato no fogo
a tirar a pipoca caída num dos
revezes da vida.
Vou viver a fundo o meu dia, antes
que seja tarde.
Sandra
Medina Costa
(Ref.:
“Não serei o poeta de um mundo caduco” – C. D. Andrade; “... tenho mátria e
quero frátria” – C. Veloso.)
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