Não quero
mais falar de mim.
Me sinto tão
seca por dentro!
Agora já me
contento
com as rosas
que vejo ao lado,
a mangueira
toda verde a minha frente,
as montanhas
ao longe...
A sequidão da
alma fez evaporar as lágrimas
(ou será que
se cristalizaram?).
Longe, os
sinos dobram
e me conduzem
ao período
em que
discutíamos em sala de aula a questão
“Por quem os
sinos dobram?”,
até chegar
àquela resposta fatídica:
- Eles dobram
por mim, por ti, por todos nós
que morremos
a cada dia um pouquinho,
quando não
vimos a fome de amor e carinho do outro,
ou vimos e
ficamos impassíveis diante da morte...
Sandra Medina Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário