A
mulher no ônibus
é
a cópia fiel de mãe.
Vejo-a
de perfil.
Dói-me
o peito,
a
alma.
Os
olhos se turvam.
Quero
a magia daquele momento.
A
mulher do ônibus,
sentada
no primeiro banco,
vez
por outra vira o rosto
a
mostrar seu perfil,
seus
trejeitos,
sua
face,
seu
cabelo amarrado.
Tudo
é retrato de mãe.
Num
pedaço de papel
me
arrisco a uns rabiscos,
numa
sôfrega tentativa
de
fazer o seu retrato.
Queria
eternizar aquele momento.
Mas,
de repente, o sinal.
A
mulher se levanta e...
acabou.
Ponto final.
Desce
do ônibus
levando
minha saudade.
Vai
embora
e
não me olha.
De
novo, estou sozinha.
A
imagem, na memória.
Sandra Medina Costa.
2 comentários:
Queria poder ter o poder de viajar no tempo somente para ver mais uma vez a mais linda, maravilhosa e importante pessoa que distribuía muito carinho e alegria em minha vida. Saudades da eterna Dona Rosa ou como eu chamava simplesmente de Vó.
Hoje mais uma Rosa que enfeita o jardim de Deus.
Queria poder ter o poder de viajar no tempo somente para ver mais uma vez a mais linda, maravilhosa e importante pessoa que distribuía muito carinho e alegria em minha vida. Saudades da eterna Dona Rosa ou como eu chamava simplesmente de Vó.
Hoje mais uma Rosa que enfeita o jardim de Deus.
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