O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Os três homens
É noite.
A despeito da chuva fina que cai, os três homens seguem firmes rumo ao local informado no telefonema anônimo. Buscam uma criança que, segundo os relatos, encontra-se envolta em panos maltrapilhos e chora baixinho num casebre à beira da estrada.
Vez por outra, os homens buscam no alto algum sinal que os confirme estarem no caminho certo. Mas a fina garoa dificulta a visão. Também, seria um milagre ver uma estrela naquele momento!
Mas milagres acontecem. E numa fração de segundos, um deles avista um brilho rápido no céu. A chuva parara. Sorri feliz. Já estavam próximos.
Avistam o casebre e apertam o passo. Trazem consigo leite, roupas secas e limpas, cobertor, o alimento e a promessa de uma noite feliz, de vida nova.
Adentram e se deparam com algo de que jamais esquecerão.
Sobre a tosca cama, uma jovem mãe acalenta seu filho; ao lado, o pai ora.
E os três homens prostram-se em adoração. Percebem, naquele instante, que o milagre da vida ali acontece diante de seus olhos. Vêem que verdadeiramente são eles a receberem a promessa de uma noite feliz, de vida nova.
O menino já não chora e, ao vê-los, sorri feliz. São homens de boa-vontade.
Paz na terra.
Sandra Medina Costa
[imagem da web]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário