Descobri que nunca me verei. Por
mais espelhos que existam, por melhor que meus olhos sejam, nunca me verei por
mim mesma.
No espelho contemplarei minha face
invertida.
Descobri que nunca me verei e isso
me assusta!
Percebo, então, a sutileza da
sabedoria divina: deu-me olhos, fez-me enxergar, entretanto só posso ver-me,
verdadeiramente, através do olhar do outro.
O outro é meu espelho, aquele que me
mostra quem sou, como sou, porque sou.
Mesmo “digerindo” com alguma
dificuldade essa descoberta, não há como contestar: eu me reflito inteira nesse
“espelho”, minhas luzes, minhas trevas.
Vou descobrindo, aos poucos, porque
amo o que amo. Amo o que de mim há no outro e que reflete minha luz.
Igualmente, rejeito o que há de escuridão ali refletido.
Preciso ter maior clareza disso,
para não incorrer no risco de tentar dissipar as trevas no outro, não as
reconhecendo quando forem minhas.
Quero a Luz. Sempre.
Quero ser luz.
Quero me ver luz.
[Imagem Google]
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