segunda-feira, 9 de março de 2009

Amor (fragmentos)


“Infinito enquanto dure” por não “ser eterno, posto que é chama”. Depois de apagada a chama, fica a memória da sua luz. Como o crepúsculo. O amor é entidade crepuscular. Seu dia é curto.
(Rubem Alves)

“Ninguém a outro ama senão o que si há nele ou é suposto...”
(Fernando Pessoa)


Reescrevendo o passado
através desses fragmentos,
que, ao mesmo tempo, ressuscitam outras falas,
revivo
(na verdade, acho que quero reviver)
o passado,
e intertextualizo Rilke:
meu “amor”, transformado agora
em “um suspiro utópico que aponta
para o objeto último e inalcançável
do meu desejo” –
você.

Sandra Medina Costa

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