O amor é meu peso, é ele que me conduz pelo solo sagrado. O Amor é meu amparo, meu refúgio consolador. Sou manhosa e, por isso mesmo, filha de rosa com pescador. Gosto do mar, de amar, de sonhos e do amor.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Lita
Os olhos de Lita
me deixam aflita.
São negros,
são tristes,
doçura infinita.
O corpo que sonha
é magro e esguio.
As mãos ela esconde.
Coração por um fio.
Na cabeça
as idéias encaracoladas
por mil fios
de cabelo pintado.
Os pés de Lita,
quem diria,
já andaram descalços,
um dia.
Hoje eles a sustentam,
conduzem,
levam e trazem-na
silenciosamente,
ensimesmados,
presos nos sapatos.
Sandra Medina Costa
[imagem da web]
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