sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Marias


Maria Carolino Costa
Maria Alves Medina (houve também a Maria dos Anjos...)
Maria Ana Rosa Medina
            enquanto menina;
            depois, já casada e no papel,
Maria Medina Costa –
            tiraram Rosa, tiraram Ana;
            mas a dona, de teimosa,
            quis ser só Rosa.

Era a Era das Marias,
das muitas que eu viveria.
A palma da mão já mostrava:
um M perfeito se via.

Maria Fumaça – monstro ameaçador, capaz de tirar a fome.
            sua bocarra gritava soltando fumaça,
            ao surgir na curva ao longe,
            abafando os gritos agudos
            do choro que explodia na forma de pavor.
            Nenhuma explicação pr’aquilo. Nenhuma lição de amor.
Maria Capeta – lição de medo, mesmo no doce que se come
            entre lágrimas e o coração descompassado,
            junto à Maria que já era Rosa,
            que se esquecera de fechar a porta
            para livrar a criança do medo do escuro.

Maria José – lição de trabalho;
Maria Feiosa – lição de risos;
Maria das Graças (ou Maria do William)– bênção da vida;
Maria de Nerval (ou Maria do Petrolândia) – lição de persistência;
Maria Imaculada – lição de mãe;
Maria das Graças Coimbra – lição de humildade;
Irmã Maria – lição de fé; Sandra Maria – espelho da dor;
Maria Clemência e Maria Elena – dualidade de almas, essência do paradoxo
(e outras Marias que estão por vir – à lembrança ou à vida).

A Maria que mais amo
é a importante e sagrada
Maria de Nazaré,
que aprendi a amar,
consagrar-me e a meu lar,
aumentando minha fé
na Santíssima Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo –
Caminho, Verdade e Vida,
força, refúgio e bondade.


Sandra Medina Costa.

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