sábado, 30 de maio de 2009

Amor e colo de mãe



Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.
Que nenhuma mulher seja mais a mesma depois que gerou sua criança.
Que seja meio pata-choca, meio coruja e meio águia. Pata-choca para viver pelos filhos, coruja para incentivá-los, águia para ensiná-los o valor das alturas.
Que seu colo tenha o tamanho da carência e da dor do filho.
Que as mães sejam sábias, serenas, exigentes e brincalhonas.

Nunca me esqueço daquela jovem mãe com um pequeno ao lado e uma barriga de sete meses.
Dei-lhe o meu lugar na fila do sorveteiro, porque é bom ser cortês com toda mulher, mais ainda com a mulher que espera um filho e carrega outro...
Ela agradeceu. Insisti. E ela disse:
"Por favor, padre. Estou educando meu filho a saber esperar a vez dele. Se ele aprender a furar todas as filas só porque é menino, vai crescer errado. Se eu precisar eu aceito, mas estamos bem..."
Gosto das mães que ensinam cidadania e convivência.

Que as mães sejam esta escola pequena, mas rica de ensinamentos.
Que o beijo das mães seja gostoso de estalar e o abraço gostoso de querer mais e o puxão de orelhas, suficientemente dolorido de a gente nunca mais repetir.
Que as mães saibam a hora de chamar para perto e de deixar ir.
Que as mães não sejam possessivas, neuróticas, medrosas, grudentas. É chato ter mãe chata, daquelas que falam demais e protegem demais.
Que as mães saibam a justa medida, como o tempero da cozinha!

Há duas coisas que fazem um país maduro: boa escola e bom colo de mãe. Quem não teve os dois tem mais dificuldade na vida!

Pe. Zezinho, scj - Do livro: Orar e pensar como família

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