sábado, 2 de maio de 2009

Amor exigente


Lívia é um capítulo muito especial em minha vida.
É a filha do coração.
Desde pequena marcou presença,
eu grávida,
dormia sobre minha barriga horas e horas.
Era como se desde sempre acolhesse Paulinho.
Eles nasceram no mesmo ano – 1985.
Ela, em maio e ele, em novembro.
E continuou assim depois que ele nasceu.
Mas com um detalhe curioso:
convivia com o amor e o ciúme.
Cuidava para que Paulinho (tratava-o como filho)
não tropeçasse nem caísse.
Certa vez, quando estavam com dois anos de idade,
Lívia tentou carregá-lo no colo e... ploft!
Caíram os dois para trás, foi muito engraçado.
Ele já era bem maior,
mas ela insistia no papel de “mãe” dele. Fazer o quê?
E, ai dele, quando demorava a atender ao seu chamado!
- Vem, Catatau (era o apelido)! Vem almoçar!
E se ele não obedecia logo,
voavam chinelos, vassouras, o que houvesse.
E, ai de mim, se comesse chocolate escondido dela!
Me puxava, cheirava minha boca para confirmar
e a confusão estava armada.
Lívia. Amor exigente.

Sandra Medina Costa

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