terça-feira, 14 de abril de 2009

Família Sagrada


Pai.
Mãe.
Sete filhos
(três pais e
quatro mães).

Que missão é essa?
Vejo o William –
filho, irmão, pai de família,
viveu recentemente a estranha experiência
de ser filho da sua própria família.
O sentido da palavra “pai”
está em seu próprio nome –
é assim que os filhos o chamam.
Qual o segredo dessa missão?
Ser Adilson, Chiquito ou Chicão?
“Diferença nenhuma”, diz ele.
Já ouvi ele mesmo se chamar de Francisco,
Francisquinho...
Dos irmãos, o mais enigmático!
Sistemático.
O mais calado. O mais coração.
Mais filhos, mais netos...
Menos sorrisos, menos compreensão...
Talvez, quem sabe?
a ele não importa o nome,
importa os irmãos juntos, em paz.
Do destino a ironia: Nelson,
somente filhas teria
(e os que não vieram?),
mas para compensar-lhe, decerto,
os filhos homens vieram
na figura de seus netos.

Rosely – mãe de nós todos,
desabafou numa noite, nervosa:
- Tive que ser mãe de mim mesma!
(era a primeira filha mulher de sua mãe Rosa)
Sônia – família grande, constituída...
Mas desfalcada depois
num desses golpes da vida...
Célia – perdeu o primeiro filho,
por descuido dos médicos.
Felizmente, Deus a presenteou com Fausto e Lívia.
Sua última gravidez, na qual Alice chegaria,
não vingou. Vem-me à lembrança um texto que li:
Vende-se par de sapatinhos de bebê, sem uso”.
Eu, Sandra, agradeço desde sempre
a missão a mim concedida:
trazer Paulinho à Vida.
Quanto ao mais, não sei...

Sandra Medina Costa

[imagem da web - site da Obvious]

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