sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Aprendizagem “quae será tamen”



Há alguns anos, eu, firme e confiante que estava em um projeto de excelência na prestação de serviços de uma instituição, me esforçava ao máximo para “dar o melhor de mim”. Eu ajudava na elaboração deste documento.
Certa feita, já após sua implantação, cheguei a repassar a um dos gestores, a frase (cujo autor não me lembro mais) “No próximo ano, precisamos de profissionais cada vez mais especializados no impossível!”, que foi imediatamente aceita e logo transformada numa mensagem e entregue a cada um dos trabalhadores daquela unidade. Na ocasião, não tive a sabedoria de analisar sob todos os ângulos a mensagem e tampouco a sua profundidade ou o impacto que causaria nas pessoas.
Hoje, com tristeza vejo que o sentido da frase foi completamente errôneo, pois, nas entrelinhas, pude ler: “precisamos de deuses, daqueles que realizam grandes milagres”. Entretanto, é preciso lembrar que qualquer empresa é formada por pessoas, não por deuses!
A lição que aprendi somente agora é a de que podemos e devemos “fazer o nosso melhor possível” e entregar o impossível nas mãos de Deus.
Misericórdia – é o que peço a Deus. Que Ele, com seu manso olhar, toque cada um dos dirigentes para que não se perca de vez a essência mais profunda que faz com que a instituição se mantenha firme e mais humana: a sua filosofia embasada nos ensinamento divinos. Caso contrário, será apenas mais uma empresa num mercado altamente competitivo.

Sim, acredito ser possível “fazer a diferença”, ter um diferencial neste mercado de trabalho. Um primeiro passo talvez seja retomar os princípios e valores que deram origem ao projeto e, a partir de então, reescrevê-lo e, se bem entendido por todos, cumpri-lo.

Sandra Medina Costa

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