segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Meu Presente - Meu Perdão









Hoje, seis de julho,
me lembro que me dei de presente.
Uma flor
no computador:
uma Catléia
Escolhida entre
ninféias, azaléias e outras flores...
Seria saudade de amores?

A idade 49 – quarenta e nove –
me fez somar quatro mais nove
e me traz o treze da sorte,
Mas não o trevo de quatro folhas.
Também, pouco importa.
Mesmo assim, consigo o quatro
ao somar um mais três
de imediato.
Sete vezes sete, total 49.
Resolvo, então, buscar
novos presentes, novas flores, mas todas de sete letras.

A Ninféia se apresenta
seguida da branca Azaléia,
que representa romance.
Prefiro, então, minha catléia
(variação de orquídea).
Mas vem de novo a Azaléia.
desta vez chega rosada
a defender o amor à natureza,
mais nada.

Camélia branca – beleza perfeita.
Camélia rosada – grandeza da alma.
Camélia vermelha – reconhecimento.
(Será que Camélia sabia também que era flor de verdade?)

Busco então outras flores.
Gerânio,
(lembranças de meu jardim...)
Hibisco, Narciso...
(este último, vaidade, mentira, egoísmo).
Prefiro admirar a Papoula –
sinônimo de sonho, ressurreição, fertilidade!
E o que dizer da Violeta?
Modéstia, lealdade, simplicidade.
Antúrio, aquela do “Jorge Tadeu”,
lembrança sensual de outrora,
numa novela de TV,
(e o nome não me vem agora).

Cravina, de cheiro tão doce!
Gérbera, que não conheço...
Jacinto, Liatris... (eu mereço!).

Sinto que a hora querida
é voltar aos 49 – quarenta e nove,
e me confundo 69 – ?
Seis da Tulipa, minha flor preferida
e o nove da Calêndula,
tão linda, tão esplêndida,
perfume inconfundível na vida.

Sete vezes sete igual a 49 – quarenta e nove.
Sete vezes setenta igual a 490 – quatrocentos e noventa.
“O perdão genuíno se esquece das ofensas.”
Uma frase de sete letras...
As flores de sete letras...
49 – quarenta e nove anos de idade
biblicamente me levam a Mateus,
à conversa de Pedro e de Cristo,
à importância que Deus
coloca a nós, filhos teus,
sobre o valor do perdão.
O perdão que minh’alma


pouco entende, mas se acalma.


Sandra Medina Costa









O perdão genuíno não se lembra das ofensas. A Bíblia diz em Mateus 18:21-22 “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.”

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