sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Descendência



Eu sou descendente
De uma mulher que, ao mesmo tempo,
Era forte e submissa,
Dona-de-casa e independente,
Que amava os sete filhos a seu modo,
Que trabalhava sem preguiça.

Eu sou descendente
De uma mulher sagrada
Que me achava moralista,
Mas de inteligente me chamava,
E me mostrava que ser Medina
Só isto já me bastava.

Eu sou descendente
De uma mulher comum,
Que, apesar dos três nomes que tinha (Maria, Ana e Rosa),
Somente Rose se ouvia (e atendia).

Eu sou descendente de uma flor!
Da Roseira sou o sétimo botão.
Vejo hoje com amor verdadeiro
Que, se toda Rosa tem espinhos,
Também tem perfume e Maria.
Não foi diferente coma ela.
Era assim minha mãe, Maria.

Sandra Medina Costa

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