quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Manhãs de minha janela



Bela manhã
Transcendendo as sensações passadas
Noites anteriores
Noites que suportam dores anunciadas
Dores já tão monótonas, que nem mais doem

Ainda assim, espera
Uma bela amanhã
Pois a noite que invade o quarto
Atravessa a janela, as cortinas
Alcançam a mente
Transforma a tristeza em sono

O sono, ah o sono
Que conquista, alimenta e acalma minh’alma
Sonhos que sonham sozinhos
E remete à paz

É manhã outra vez
A janela me espera
Ávida pelo cheiro do ar
O tempo é curto
Entretanto o olhar se alonga
A procura de desenhos no céu
Pela forma a ser descoberta

Respira-se o ar daquela manhã
Manhã silenciosa
Ainda está silenciosa
Calma e em paz
Aguardando o novo
Ou apenas o tudo de novo

Neide Madeira

Nenhum comentário: